Aonde tu fores, eu irei

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Todos se encontravam no quarto de hóspedes, acomodados em cantos aleatórios mantendo o cômodo estranhamente cheio. A mulher sentada entre os lençóis era o foco dos olhares e da atenção geral, ainda estavam assimilando a frase que ela soltou, e que os atraiu para lá. Helena e Amália trocavam um olhar de quem estava conversando sem que palavras fossem necessárias, o que os deixava desconfortáveis em certo nível ao presenciar um momento relativamente íntimo entre as duas que não costumavam trocar afetos por aí.

Magnus se remexeu na poltrona, que agora ele ocupava o assento e Alec se equilibrava no braço enquanto o usava de apoio.

_ Você poderia explicar melhor o que acabou de dizer para gente, querida?

Amália respirou fundo, antes de continuar.

_ Magnus, não preciso nem perguntar se você ou Catarina conhecem magias de ligação. Mas para os outros, é algo como uma ligação parabatai, porém, não permanente e que precisa ser fortalecido de tempos em tempos, porém, é necessário sentimentos entre as duas pessoas, de amizade, irmandade, confiança e lealdade. Não dá muito certo em casos de casais. – Olhou para Helena nostálgica. – Sentimentos românticos atrapalham o funcionamento, experiência própria.

_ E isso te deu um sinal de como encontrar Samantha? Por que não falou ou usou isso antes? – Isabelle perguntou.

_ Eu tentei, foi a primeira coisa que tentei já que criamos a ligação entre eu e ela justamente por esse motivo, mas assim como o rastreamento, algumas coisas podem impedir. Alguns encantamentos de bloqueios, colunas de água de grande profundidade, instabilidade mental.

_ Então, o que será que aconteceu para voltar a funcionar?

_ Como eu falei, precisa ser refeita de tempos em tempos pois perde o efeito, já fazia um bom tempo desde a última vez, o que acabou dificultando também, mas por algum motivo, talvez o descontrole da magia, junto com a inconsciência. Me mandou essa mensagem. Quando nosso corpo é gravemente afetado, a magia nos mantém inconsciente, para poder curar e intensifica seu poder, nossa mente permanece adormecida, mas não completamente desligada como em um sono comum, essa alteração na atividade pode ter ajudado.

_ Mas, vamos ao ponto chave, o que você viu? – Jace foi direto ao ponto.

_ É um lugar perto da água, tinha um rio perto, consigo ver algumas construções ao fundo que me fazem achar que consigo identificar a altura em relação ao rio. – Fechou os olhos para se concentrar.- Tem apenas dois acessos pela parte de cima, um pequeno portão e um como se fosse uma porta comercial, porém, não há nada na parte de cima, a instalação é subterrânea e avança um pouco para dentro da água, ela está presa em uma das celas desse lugar.

_ E como ela está?

_ Bom, essa é a desvantagem, conseguimos um mapeamento bem elaborado da localização, mas não conseguimos ver a pessoa em questão. - Magnus completou.

_ O importante, é que ela está viva. Isso é o que me importa.

***

Isabelle sentia as boas afundando no solo úmido das margens do rio, seus olhos atentos ao outro lado, buscando as construções que Amália descreveu como referência, ouvia os passos do namorado logo atrás de si. Apesar de ele estar entre a lista de suposto interesse dos que estavam na mira do grupo, por ser o único a não ser afetado pela substância desconhecida, todos concordaram que era melhor que ele acompanhasse para auxiliar caso outro ataque fosse efetuado.

The Way Back to Each OtherOnde histórias criam vida. Descubra agora