57. Você gosta dela?

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POV Narradora

Os dias que se sucederam aquela noite calma e tranquila para Rafa e Gizelly foram tensos e puxados.

Rafa Kalimann focou em sua loja e mal ficava em suas redes sociais, ela seguiu o conselho de Gizelly e não ficava lendo os comentários que faziam sobre o assunto. Ela também estava começando a aceitar o fato de está ficando completamente apaixonada pela capixaba, porém, ainda tinha medo de tudo o que podia vir a acontecer por causa disso, sabia que mesmo que tivessem pessoas que, sem nem saberem, apoiavam e shippavam Girafa, tinham muitas que não e era isso que dava medo na influencer.

Já Gizelly Bicalho passava seu tempo com Rafaella e tentava não pensar no sentimento envolvido, mas essa já sabia que ele estava lá desde Goiânia. Sua carreira em São Paulo estava indo muito bem e seu chefe a tinha como braço direito, sempre confiava os casos mais importantes à ela e isso tornou o resto de sua semana corrida, mas ela sempre dava um jeito de se comunicar com a mineira, fosse quando acordasse deixando uma mensagem em seu WhatsApp, fosse em uma ligação na hora do almoço ou a noite. Ela sabia que Rafa havia parado de ler as mensagens sobre o caso, mas ainda sentia algo estranho com a mineira, mas ela não queria falar o que era.

Neste dia específico, iria haver uma reunião no apartamento de Rafa a noite e ela pediu para Gizelly aparecer, mas sem comentar o que estava rolando e o que iria rolar, apenas disse "Vem aqui hoje a noite, precisamos conversar", Gi concordou e avisou à Tabata que ia resolver assuntos com Rafaella sobre seu caso, mas que voltaria pra casa pra dormir.

A noite que poderia ser agradável seria tensa e algumas pautas até então não discutida surgiriam, será que dessa vez o futuro daria um jeito de consertar?!

POV Rafa Kalimann

- Já podemos começar a reunião? - Marcella falava.

- Ainda não - eu disse.

- Rafaella, já tá todo mundo aqui - ela falou.

- Nem todo... - a campainha tocou - Agora tá todo mundo.

Fui até a porta e abri, Gizelly ouviu as vozes e então só me cumprimentou formalmente.

- O que tá rolando aqui Rafaella? - perguntou baixinho e me olhava confusa.

- Reunião, vem - a puxei pra dentro, a levei até a mesa e a fiz sentar perto de mim, sabia que não deveria fazer isso, mas precisava de Gi aqui, ela me olhava assustada e em reprovação à minha atitude e eu não a culpava.

- Bom, temos algumas pautas pra discutir e já que Gizelly está aqui, vamos começar por esta. - Marcella tava séria, pegou seu celular e eu gelei - Dr. Carvalho, boa noite, estamos aqui em reunião e o senhor está no viva-voz. Queremos saber como anda o processo? - ufa foi sobre isso.

- Boa noite Sra. Ribeiro e a todos que estão aí. Tá tudo indo bem, em algumas semanas teremos uma resposta, a queixa-crime escrita pela Dra. Bicalho estava muito boa e o início da defesa também, gostaria de falar com ela, mas depois você me passa o contato da doutora.

- Ela tá aqui doutor, pode falar com ela - Gizelly tava com os olhos arregalados e ainda sem entender.

Dra. Bicalho, boa noite.

- Boa noite, doutor - ela disse.

- O trabalho que você fez foi muito bom, fiquei impressionado, não é atoa que o Dr. Bottini apostou em você. Temos que ver alguns detalhes da defesa e eu quero articular melhor contigo esses detalhes, pois não estarei por aqui em São Paulo nos próximos meses, mas isso poderemos ajeitar depois, você me informa o melhor dia e maneira pra fazermos isso. Se não tiver problemas eu posso passar no escritório que você trabalha.

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