74. Você a ama - Parte II

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POV Rafa Kalimann

- Mãe - sentia meu coração palpitando, queria voltar pra São Paulo.

- Que cara é essa de quem viu fantasma? - minha mãe perguntou.

- E-eu... Que?! Que cara? - falei, tentando não gaguejar, nessa hora Gizelly repousou sua mão esquerda em meu ombro me olhando, em seguida olhou para minha mãe.

- Bom dia, senhora Fernandes! - proferiu.

- Senhora? O que houve com vocês? Não sabia que você vinha Gigi, vem cá - disse e foi abraçar Gizelly que me olhou confusa, eu realmente não havia dito que ela viria comigo.

- Me desculpa Gege, achei que a Rafaella tivesse dito que eu viria - disse ainda abraçando minha mãe.

- Ah, eu adorei te ver, aquela tua amiga não veio? - minha mãe disse desfazendo o abraço.

- Não, Tabata foi ficar com o namorado - ela respondeu.

- Que pena, mas que bom pra ela! - minha mãe falou olhando pra Gizelly - E você não vai me abraçar, Rafa? - disse ficando de frente para mim.

- Vem cá - disse puxando-a para um abraço.

Seguimos para minha chácara, meu pai, Tato, Dani e Soso já estavam por lá, organizando tudo. Quando chegamos, fui instalar Gizelly no quarto comigo, deixamos tudo em um canto, pois queria conversar logo com meus pais e Tato, antes que todos chegassem.

- Você tem certeza disso? - perguntou a capixaba.

- Se não for agora eu não conseguirei com mais pessoas aqui - fui sincera.

- Rafaella, eu não sei se você deveria... Digo, sua mãe tá toda animada com sua vinda, seu pai faz aniversário amanhã, talvez não seja o momento certo - ela disse e eu senti o nervosismo que a morena tinha.

Fechei meus olhos e respirei fundo, sentia o peso do olhar de Gizelly sobre mim, minha cabeça tava cheia demais, mas nenhum pensamento era claro o suficiente pra mim. Meu coração estava acelerado, minha boca seca, minhas mãos suavam.

- Preciso fazer isso, Gi. Eu não aguento mais ter que me esconder, ter que esconder a gente. Eu quero poder ir aos lugares com você, só com você, sem a Tabata. Almoçar juntas em um dia comum, andar com você de mãos dadas na praia, sei lá, fazer essas coisas, sabe? - disse ainda sem consegui organizar meus pensamentos.

- Tudo bem, meu amor. Então melhor a gente tá descendo logo e ter essa conversa. Assim teremos tempo de pensar no que fazer depois dela e do que rolar lá - ela disse se levantando e indo em direção à porta.

- Ei... - disse indo atrás dela e segurando em seu braço - Calma aí apressadinha, preciso me acalmar primeiro, tô bem nervosa - admiti.

- Ai que bom que cê tá nervosa - ela falou e pareceu relaxar.

- Bom, Gizelly?

- Eu tô com dor de barriga de tanto nervoso que eu tô aqui Rafaella. - eu ri com o comentário - Achei que fosse vomitar na tua mãe quando ela apareceu no aeroporto.

- Eu também achei isso - rimos.

Ela me beijou suavemente e aquilo me acalmou um pouco, sabia que o que quer que ocorresse lá em baixo, essa mulher estaria ao meu lado e eu ia passar por qualquer coisa, pois ela iria me apoiar.

- Tá bom, já estou melhor, vamos descer? - vi o rosto de Gizelly mudar.

- Mas já? - não pude deixar de rir do seu semblante.

- Já, vamos?

- Não temos como fugir disso, então bora logo - falou e me puxou em direção à porta do quarto.

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