❝Me dê um sinal, me diga o que devo fazer
Diga que você é meu e também está sentindo isso.❞×
Bartemius não tinha palavras para descrever quão emocionante e revolucionário Regulus Black o fizera se sentir nos últimos dias.
Após o período das férias ter passado, as coisas começavam a voltar ao normal na Universidade de Roehampton - o que significava que o colega de quarto de Barty iria retornaar em um futuro próximo e Regulus não conseguiria dormir com ele todas as noites. Mas isso não significava que eles iriam se afastar, muito pelo contrário.
Os horários das aulas estavam sendo ajustados aos poucos e graças a isso restava muito tempo livre para os dois jovens saírem juntos e aproveitarem a companhia um do outro e também para se conhecer da melhor maneira possível.
Bartemius até mesmo havia mostrado a Black um de seus poemas certa vez - um dos hobbies que ele escondera a sete chaves de todas as pessoas que conhecia, exceto sua mãe - e digamos que, no presente momento, juntos ambos estavam tornando-se, em um ritmo acelerado, seus próprios artistas favoritos.
E também aproveitaram aqueles momentos para conversar sobre a queixa que Black convencera Bartemius a prestar, o que acontecera alguns dias atrás de onde estamos.
Não foi um procedimento fácil. Crouch Jr sentia-se muito desconfortável em narrar os acontecimentos que narrara a Regulus aquela manhã em que tomavam café juntos para os oficiais, lhe faltava confiança para o fazê-lo e por esse motivo que Regulus insistiu ao policial para entrar com ele e segurar sua mão todo o tempo, o que acabou por funcionar, no fim das contas, para a felicidade de todos.
Com isso, ficou definido que no décimo segundo dia de fevereiro todas as pessoas envolvidas - o que implicava em Barty e o tal homem que publicou o vídeo - deveriam comparecer no tribunal para dar um fim naquele incidente que, na cabeça de Black, jamais deveria ter acontecido.
Bartemius estava aflito por ter que reviver aquele assunto que o assombrara por tantos anos e sentia-se mal por deixar Regulus Black - mais uma vez - encarregado com seus problemas. Mas o moreno não se importava de fazer aquilo para ajudá-lo e sempre que podia deixava isso claro para Bartemius. Acontece que Regulus já havia notado há um tempo quão inseguro o outro jovem era com tudo e estava sempre tentando deixar tudo mais confortável para ele.
- Estou assustado... - começou Crouch, sussurrando como se compartilhasse o maior segredo de sua vida, na noite da véspera do julgamento.
- Com o quê, amor? - Regulus retrucou, brincando com os cabelos castanhos dele.
O mais baixo então se mexeu desconfortável, assim que sentiu uma sensação esquisita em sua barriga.
- De dar tudo errado... de isso voltar contra mim de algum modo - começou ele - E se isso afetar a nós eu não sei o que irei fazer... - concluiu, com as pontas dos dedos traçando desenhos inimagináveis sobre a pele das costas (nuas) de Black.
- O que foi que você disse? - indagou, erguendo a cabeça somente para olhá-lo com um sorriso abobalhado com o que acabara de escutar.
- O quê? - Crouch retrucou, alarmado que tivesse falado alguma besteira.
- Você disse "nós"... - repetiu, usando o mesmo tom risonho e com os lábios sendo moldados por ele.
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𝘁𝗲𝗹𝗹 𝗺𝗲 𝗜'𝗺 𝗽𝗿𝗲𝘁𝘁𝘆 {bartylus}
Romance- A arte não é tipo um refúgio onde deveria mostrar suas características? - estalando os dedos, o menor começou - Por exemplo, Van Gogh expressava sua dor, Monet expressava suas paixões, mas... e você? - Barty perguntou, com as mãos cruzadas em suas...