GRÉCIA

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NURIEL HERONDALE

Eu não sabia a quanto tempo fiquei ali abraçada a Alec, mas sabia que seria a melhor pessoa para ter esbarrado no momento. Quando menos percebi, já havíamos soltado um ao outro e saímos andando. Pra onde íamos? Não sei, mas  logo estávamos as margens do lago lyn, observando a noite cair.

— Sinto muito por seu irmão — sussurrei depois de um bom tempo calada.

— Sinto muito por seu parabatai — sussurrou de volta.

Observei o lago e me lembrei da visão que tive um pouco antes, um anjo saindo dali com algo nas mãos. Era meu pai comigo.

A pergunta é — Um dia eu irei vê-lo?

— Acho que de todas as pessoas no momento, você é que mais entende o que estou sentindo — voltou a dizer — Willy era seu irmão. Claro que a ligação é muito maior que a minha e Max, mas ainda podemos comparar — sorriu fraco.

— Acho que a única coisa que está me mantendo de pé é que um dia irei reencontra-lo.

Pelo menos é o que deixem, não é? Quando morremos iremos reencontrar aqueles que já se foram e que amamos.

— Ainda sim, a morte dele foi muito cruel. Valentim o matou.

— E os soldados dele mataram Max — contou — Isso é mais um motivo para querermos ele preso.

— Sim, mais um motivo — sorri minimamente e encarei meu colar.

Eu queria tanto rastrear e encontrar a minha mãe. Ela pode morar na Grécia, mais um portal seria fácil.

— É um colar bonito e bem poderoso — comentou assim que percebeu para onde eu olhava.

— Alec — me inclinei e toquei sua mão. Seu olhar correu sobre mim até nossas mãos, isso me deu até um arrepio. Mas, não é hora pra pensar nisso — Eu quero muito fazer uma coisa, mas preciso de um apoio. Se eu te contar um segredo, irá precisar guardar. Estou dizendo isso porque é o único que confio no momento.

— Eu prometo que não irei contar — prometeu.

Suspirei e contei cada detalhe que Imogen havia me dito. Azrafael e Atena se apaixonando, meu nascimento e abandono. Os olhos de Alec pareciam que ia saltar das órbitas.

— Você é filha de um anjo? Por Raziel, isso te torna mais shadowhunter que a gente, eu acho. A clave sabe disso? — disse rapidamente.

— Não, a clave não sabe. Guarde apenas para você, não conte nem ao seu namorado, por favor — juntei as mãos para reforçar o pedido.

— Não irei contar nem a Magnus, eu prometo — levantou a minha mão e deu um beijo carinho nas costas dela, o que me fez sorrir com o gesto.

— Vou rastrear minha mãe — retirei o colar do pescoço.

Desenhei a runa de rastreamento na minha mão e segurei o colar. Me concentrei em tentar enxergar, quando as imagens se passaram por minha cabeça. Uma pequena casa em Atenas na Grécia.

— Já sei onde ela está, vem comigo.

Me levantei e Alec saiu ao meu lado. Andamos rápido de volta ao centro de Alicante e entrei na sede da clave. Procurei por todos os lados até que encontrei o feiticeiro Elliot, ele é quem trabalha pra clave.

— Elliot, foi me dado uma missão pela Clave para me distrair da morte do meu parabatai. Alec Lightwood irá me acompanhar, faça um portal para Atenas na Grécia.

— Isso é certeza, srt. Herondale? — perguntou um tanto desconfiado.

Na mesma hora, fiz a minha típica carranca.

𝘼𝙣𝙜𝙚𝙡𝙨 𝘽𝙡𝙤𝙤𝙙 ● 𝕬𝖑𝖊𝖈 𝕷𝖎𝖌𝖍𝖙𝖜𝖔𝖔𝖉 Onde histórias criam vida. Descubra agora