CIDADE DOS ANJOS

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EPÍLOGO — CIDADE DOS ANJOS

"Ela acreditava em anjo e, porque acreditava, eles existiam."
                                   — Clarice Lispector






NURIEL HERONDALE

A escuridão pairava sobre a noite inquieta de Alicante, diretamente da floresta ouvimos barulhos estranhos que nos deixava alarmados.

Não sabíamos exatamente o horário em que estariam aqui, mas sabíamos que seria pela noite devido a minha visão.

Cada um estava devidamente preparado com suas armas, os licantropes transformados e ....Magnus e Simon não precisavam de nada disso.

Clary estava temerosa com isso, não queria voltar a olhar para o pai e nem para o irmão, mas ela ainda é uma grande chance nossa contra ao menos Jonathan.

Jace vinha até mim uma hora ou outra para saber se ia tudo bem, e depois fazia piadas contra Simon para descontrair.

Agora Alec...ele continuava sério em seu lugar, sua carranca entregava o quão pensativo estava. Mesmo que cada parte minha dizia para ir lá ao lado dele, sei que ele deseja ficar sozinho.

A todo momento minha mente vagava novamente para aquela visão de Jonathan. O que aconteceria para ele ter dito aquilo?  

A mão de Alec tocou meu ombro e senti seu beijo em meu cabelo.

— Está chegando a hora, querida — acariciou meus ombros — O Major acabou de avisar que um dos lobos avistou um homem com o símbolo do Ciclo passando pelo menos lago onde tomamos banho.

Aquele lago me ficaria guardado com ótimas lembranças, mas agora era apenas a preocupação de se ter alguém passando por ali.

— Preparem-se — O Major gritou estridente — Valentim se aproxima com o Ciclo, e mantenham silêncio. Eles ainda podem nos escutar.

A mão de Alec apertou ainda mais meu ombro naquele momento. Toquei sua mão em uma tentiva de acalma-lo e me virei para ele. Seus olhos se conectaram com o meu de forma intensa, e beijei seus lábios.

— Iremos voltar para mais encontros — sussurrei.

— Eu prometo — beijou minha testa.

Segurei meus boomerangs com força e Alec arranhou seu arco e flecha, Jace empunhava uma espada serafim e Clary seus punhais. Simon havia colocado suas presas para fora — O que confesso que foi engraçado — junto com Magnus que deixava seus dedos brilharem.

O barulho de pé quebrando pequenos galhos no chão podia ser escutado de longe, as vozes sussurando coisas desconexas.

As sombras apareceram não muito longe de mim, e saímos do seu caminho. Cada um de nós foi seguindo ao redor para cerca-los. Haviam muitos soldados do Ciclo, mas nossos números pareciam supera-los. Pelo menos, era o que parecia.

Eu avistei Valentim com um sorriso perverso nos lábios e os olhos repletos de ódio. Na mesma hora, me lembrei de Celine e Stephen, me lembrei de Willy sendo morto por ele.

Minha mão virou com toda força jogando o boomerang na sua direção. Valentim caiu na mesma hora quando a arma acertou seu peito com força e voltou pra minha mão. O ciclo se alarmou na mesma hora, eles não sabiam de onde vinha.

Foi nesse exato momento que os licantropes pularam em cima deles, agarrando partes dos seus corpos com dentes e puxando com brutalidade.

Magnus usou sua magia para derruba-los, e Simon batia em alguns. Clary atingia seus punhais, Alec atirava suas flechas e Jace cravava sua lâmina serafim. 

𝘼𝙣𝙜𝙚𝙡𝙨 𝘽𝙡𝙤𝙤𝙙 ● 𝕬𝖑𝖊𝖈 𝕷𝖎𝖌𝖍𝖙𝖜𝖔𝖔𝖉 Onde histórias criam vida. Descubra agora