CLAVE

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NURIEL HERONDALE

Assim que tomei um demorado banho — atrasando Imogen — me vesti com o meu melhor vestido vermelho e meu salto mais alto. Eu quero estar pronta para encarar a clave, para dizer toda a verdade tranquilamente.

Caminhei calmamente pelo corredor e parei em frente aos meus queridos soldados.

— Eu e a inquisidora Herondale teremos sérios afazeres em Alicante com a Clave, enquanto não retornarmos, Alec Lightwood é o diretor temporário — anunciei.

Eu vi a indignação presente nos olhos de algum, mas foquei na felicidade do meu menino arqueiro em meio a tanto desapontamento. Clary, Jace e Isabelle também pareciam felizes por ele.

— Alec Lightwood, faça o favor aqui — sorri para ele.

Alec subiu as escadas saltitante e lhe dei um abraço de urso.

— Agradece me dando uns beijos depois — sussurrei no ouvido dele. Assim que me afastei, pude ver suas bochechas coradas.

— Ah, eu quero agradecer pela escolha, mesmo que seja temporário. Irei fazer de tudo para mandar a ordem por esse Instituto enquanto estiverem fora — Alec me encarou, havia um certo interrogatório ali. Com certeza ele quer saber o motivo de eu estar indo para Alicante agora, mas logo ele sabera.

No mesmo momento, o feiticeiro da Clave fez os movimentos necessários e o portal se abriu. Eu e Imogen entramos nele e paramos já na sede da clave.

Malachai estava ali com a cara mais cínica possível. Claro que forcei um sorriso, fingindo não saber de nada que está acontecendo.

— A clave já está os esperando — fez um sinal para que o seguisse.

Ele nos levou até uma das melhores salas no último andar da sede, e bateu na porta. Uma vez suave e calma pediu para que entrasse e foi o que fizemos.

A mulher é negra com cabelos crespos, estava sentada com as pernas cruzadas e roupas sociais. Havia um toque de maldade em seus olhos, mas o sorriso é o mais calmo possível.

— O que faz as duas Herondale pedirem uma reunião em particular comigo? — fez um sinal para nos sentar e os guardas saíram dali junto com Malachai que parecia curioso.

A clave desenhou uma runa no ar e entendi o que é, uma runa para que não ouvissem nossa conversa.

— Serei direta com você, clave. Valentim irá invadir Alicante com ajuda de Jonathan, eles irão derrubar as torres demoníacas.

— Como sabe disso? — Morgana se inclinou para frente, mas ainda sim me parecia preocupada.

— Eu sou filha do anjo Azrafael e de uma humana, eu tenho visões do passado e futuro — fui direta e ela soltou uma risada.

— Espera mesmo que eu acredite nisso? Anjos não se relacionam com humanas. Aposto que com certeza você deve ter se juntado ao ciclo, agora quer se redimir ometindo a verdade — dizia de forma acusatória e revirei os olhos.

A clave sempre faz isso para tentar fazer a pessoa acabar admitindo.

— Ela não está mentindo — Imogen garantiu, mas a clave ainda parecia desconfiada.

— Uma menina que teve os pais que fizeram parte do ciclo, agora a avó quer proteger para não acabar sendo enterrada no cemitério dos desonrados como os pais — acusou, de novo.

— Eu não sou uma menina, sou uma mulher. E você me parece uma louca tentando procurar acusação a onde não tem — fui sincera também — Meu pai é Azrafael, esse colar era da minha mãe mundana, ele colocou uma luz angelical para me proteger. Essa luz mata qualquer demônio que me ataca.

𝘼𝙣𝙜𝙚𝙡𝙨 𝘽𝙡𝙤𝙤𝙙 ● 𝕬𝖑𝖊𝖈 𝕷𝖎𝖌𝖍𝖙𝖜𝖔𝖔𝖉 Onde histórias criam vida. Descubra agora