capítulo 5- Hangover.

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No caminho para a escola eu já tinha chingado todos os palavrões possíveis.
Minha mãe não me deixou ficar em casa, ela disse que era o castigo pelo que eu fiz ontem porém não me colocou de castigo o que foi bom e estranho ao mesmo tempo, mas talvez ela fez isso por pena por não ter passado no teste. Eu não estava triste, até gostava dessa escola, mas eu estava puta pelo fato de minha mãe querer fazer um jantar de comemoração. Comemoração de que!? Eu ter sido mal no teste ? A não, comemoração pela Karolayne que havia passado, porque ela sempre foi a mais importante!

Eu me sentia como se fosse ver Jesus a qualquer momento, a luz do sol me incomodava demais e eu comecei a achar que virei uma vampira. Era louco como minha cabeça doía.

Quando cheguei na escola não tinha ninguém na mesa onde costumávamos ficar.

-O Wesley não veio hoje? - Perguntei à um grupo de meninos que estavam sentados próximos e jogavam no time com ele.

-Cara depois do estado que ele estava ontem na soci, é capaz dele não aparecer aqui o resto da semana. - Um deles falou rindo.

- Na real estamos surpreendidos que você apareceu. - Outro disse e gargalhou .

Céus, o que eu tinha feito bêbada?

Saí da beira deles sem dizer mais nada e fui cambaleando para trás. Senti um enjoo incontrolável e me virei na lata de lixo mais próxima vomitando bebida pura.

Pensando bem, eu não ia aguentar ficar aqui, esses adolescentes pareciam estar gritando, tudo ainda girava, uma dor de cabeça infernal e eu não suportava o sol. Ressaca filha da puta. Foi ali que jurei não beber nem tão cedo.

- Minha casa é sempre bem frequentada né. - Disse Wesley abrindo a porta da casa dele para mim só de cueca e cabelo bagunçado.

-Bom dia Wesley. - Falei com uma voz arrastada e o empurrei para sair da minha frente e eu entrar.

Sim resolvi matar aula e curar minha ressaca com ele já que ele vivia bebendo e não devia sentir mas essas coisas.

- Eu tô morrendo cara.- Resmunguei me jogando em seu sofá terrívelmente caro e confortável assim como tudo naquela sala que parecia ser do tamanho da minha casa.

-Ressaca. - Disse ele rindo da minha cara. - Agustina! - Diz ele chamando a empregada julgada por ele a melhor da casa, ela está com ele desde que ele se mudou para essa mansão. Eu gosto da Agustina, ela não era muito mais velha do que nós e parecia se importar com Wesley como se fosse filho dela. Agustina que estava na cozinha veio correndo. - Trás uma daquelas misturas que você sempre faz para mim para essa princesa aqui por favor. - Diz Wesley apontando para mim e eu cumprimentei a Agustina com um aceno. Então ela voltou para a cozinha.

-A Agustina tem que ser um Deus para fazer essa dor de cabeça minha passar - Resmunguei quase fechando os olhos.

-Acredite, ela faz. As vezes eu desconfio que ela seja mesmo um De... - Antes de Wesley terminar a voz de Sabrina preencheu o lugar.

-Katherine! Que surpresa, o Jacobinho já te magoou e você veio chorar as mágoas com seu amigo?- Por que Sabrina era sempre desagradável me fazendo lembrar dele hein? Fui abrindo meus olhos devagar.

Sabrina vestia uma camisola vermelha de renda que por incrível que pareça era maior que suas roupas normais,  mesmo acabando de acordar Sabrina tinha o cabelo perfeitamente arrumado.
Tudo bem, ela tinha dormido com o Wesley depois da bebedeira de ontem, não era novidade.

- Não. - Limitei-me nas palavras para minha cabeça não latejar e me levantei.

Wesley tinha vestido uma calça moletom mas ainda estava sem blusa e já segurava uma garrafa. Meu Deus eu não suporto ver isso. Ignorei minha dor de cabeça e fui até ele pisando duro.

Katherine Purple.Onde histórias criam vida. Descubra agora