Capitulo 1

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A preguiça tomava conta do meu corpo, ou será que era o cansaço?

É certo que era bom demais querer ficar um tempo na cama, ainda mais depois de uma bela foda e uma mulher gostosa pra caralho à minha disposição.

Só de olhar para ela eu já ficava com vontade de dar mais uma, mas eu precisava levantar, meu plantão ia iniciar em 20 minutos.

_ Vinte minutos? Puta que pariu!

Levantei com pressa e corri pra colocar minha roupa.

Banho pra que?

Fui obrigado a parar e ver aquele monumento deitado em minha cama, mas eu precisava acordá-la, não ia deixá-la sozinha no meu apartamento.

_ Hei! Você! Acorda.

A mulher estava gelada e meu coração acelerou. Chequei seu pulso e estava tão fraco que se eu não fosse tão bom no que eu faço eu teria decretado a hora da morte.

Sim, sou muito modesto.

Ela ainda respirava e naquele momento percebi que o meu plantão tinha acabado de começar.

**********

Entrei na emergência em cima dela. Em pensar que horas antes estávamos na mesma posição, só que eu não estava tentando reanimá-la fazendo uma massagem cardíaca.

_ Mulher de aproximadamente 23 anos, com parada cardíaca. _ gritei enquanto os paramédicos da ambulância empurravam a maca pela emergência, que estava lotada como de costume.

_ Qual o nome dela Doutor? _ Mariza perguntou, ou melhor, enfermeira Mariza.

_ Não sei.

_ Eu assumo daqui. _ Dra. Daniela parou a maca.

_ Não! Esse caso é meu.

_ Você a conhece?

_ Sim! Não! Quer dizer, ela estava comigo essa noite. _ eu estava ofegante, com os braços cansados da massagem que ainda estava fazendo.

_ Eu assumo daqui Doutor Ravi! _ ela foi firme.

_ Não tenho envolvimento afetivo com ela. _ a massagem cardíaca já estava começando a não fazer efeito.

_ Sai agora ou você vai matá-la!

Eu parei.

Embora ela estivesse me desautorizando em frente a todos que estavam ali, eu não tinha mais condições de continuar e o caso não era mesmo meu.

*****

_ Trouxe um café. _ Maurício entrou na minha sala e se sentou de frente pra mim. _ achei que estava precisando.

_ Sim. Estou mesmo.

_ Como você está?

_ Bem, por quê? Você não é de ficar me fazendo essas perguntas sentimentais.

_ Soube que você matou uma mulher de tanto foder, fiquei preocupado.

_ Vai pra merda, seu filho da puta! Ela morreu?

_ Não. _ ele ainda ria, desgraçado _ mas bem ela não está.

_ Já descobriram o que ela teve?

_ Estão fazendo exames, mas Dra. Daniela disse que ela não deve resistir muito tempo.

_ Merda! Ela tinha que estar na minha emergência logo na hora que eu chego com a filha da puta gostosa que eu tinha acabado de foder.

Dr. RaviOnde histórias criam vida. Descubra agora