Capítulo 5

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Abri os olhos e estranhei não estar no meu quarto. Estava escuro.

Tateei a superfície da cama e percebi que estava deitado em uma cama de solteiro.

_ Schiiii! Fica quieto Ravi.

Eu conhecia aquela voz.

Tinha alguém na ponta da cama por debaixo das cobertas. Eu estava sem roupa e senti quando ela passou a língua no meu pau já ereto.

Fechei os olhos quando senti a boca me envolvendo e tentei entender o que estava acontecendo.

Boquete matinal era sempre bem-vindo, seja lá de quem fosse. Mas eu não estava entendendo nada.

Eu senti quando não ia conseguir segurar um orgasmo, aquilo era bom demais.

A segurei pelos cabelos a puxando para cima.

_ Senta no meu colo. _ sussurrei ainda sem abrir os olhos.

_ Safado.

O jeito que ela falou me fez lembrar. Não havia outra pessoa que me chamasse de safado como ela. Abri os olhos.

Catarina montou em cima de mim.

_ Sentiu falta de mim, amor?

A empurrei com força, me sentando na cama.

Olhei para o lado e Daniela estava dormindo. Escorreguei até a beira da cama assustado e olhei para o chão, não existia mais Catarina.

_ Porra de pesadelo maldito! _ praguejei.

_ Ravi? _ Daniela estava sonolenta.

_ Está tudo bem. _ dei um beijo no rosto dela _ pode voltar a dormir.

***

_ Sabe como faz para não trocar os nomes das mulheres na hora H?

Maurício estava atendendo um idoso no pronto atendimento, mas eu não me intimidei, eu precisava de conselhos e esses eram essenciais para a minha vida naquele momento.

Ele olhou pra mim incrédulo.

_ Isso é fácil, meu jovem. _ o senhor me respondeu.

_ É fácil?

_ Sim. Chame todas elas pelo mesmo apelido. Nunca mais você trocará o nome delas. _ deu uma piscada pra mim.

Mauricio ficou olhando o idoso com a boca aberta e eu ri.

Velho sabido!

_ Aprontei muito na vida, meu filho. Mas posso te dizer, um dia isso cansa.

_ Acho difícil esse cara cansar da vida que ele leva. _ Mauricio se intrometeu.

_ Cansa sim. Quem sabe quando encontrar alguém que valha a pena ele não para?

Eu gargalhei.

_ Esse cara ficou 4 anos atrás de um rabo de saia e finalmente conseguiu. O senhor acha que ele parou?

_ Essa hora vai chegar, chega pra todos.

_ Quando eu morrer. É uma boa data pra pensar em parar. Mas de qualquer forma, muito obrigado pelo conselho. Vai ser útil.

****

_ Linda? Docinho? Princesa? Gata? Gatinha?

Nenhum desses adjetivos pareciam sinceros ao falar para o espelho.

_ Porra, cara! Eu estou levando isso muito a sério! _ joguei uma água no rosto.

Meu celular vibrou.

Dr. RaviOnde histórias criam vida. Descubra agora