Nós terminamos de comer, deixamos tudo arrumado para o moço buscar e o Dave ainda dormia, eram quase 3 da manhã, fui até varanda e olhei sacada a fora, a lua estava alta e cheia, a cidade apagada e linda.
-Ei Meli- o Kaz apareceu na porta da varanda- O Dave está acordando, melhor você ver ele- eu entrei e fui em direção a porta do quarto, entrei e ele estava se espreguiçando.
-Oi- ele me olhou e sorriu, o rosto estava machucado, vermelho e um pouco roxo na parte de dentro como se estivesse se espalhando- Você tá melhor? Quer ir para o médico?- ele negou e sentou na beira da cama logo sentindo dor na cabeça apoiando a mão nela.
-Eu tô bem- ele mentiu- De verdade, só preciso comer e...- quando ele se levantou sua perna falhou e ele caiu.
-Dave!- eu me assustei e ajudei ele o segurando, ele começou a chorar ajoelhado no chão.
-Meli, eu não tô bem, eu tô me sentindo muito mal- ele confessou apoiando seu rosto no meu ombro- Eu nunca passei por isso, eu sinto dores pelo corpo e na cabeça, eu não sinto minhas mãos e o meu rosto dói pra caralho- ele disse se levantando apoiado na cama.
-Eu vou chamar um médico Dave, eu sei que você não quer, mas não posso deixar você assim- eu peguei meu celular e liguei para o meu pai para perguntar do médico que visita ele de vez em quando- Oi pai!- minha voz aflita me denunciou.
-Meli, aconteceu alguma coisa? Você está bem?- ele me perguntou e eu neguei mesmo sabendo que ele não veria.
-Não, comigo não, meu amigo tá passando bem mal e preciso de um médico que atenda em casa- ele respirou fundo e começou a procurar em uns papéis provavelmente o número do médico.
-Anota aí, doutor Oliver Piquet, o número é 138882729- eu anotei em um bloquinho no criado mudo e agradeci mentalmente.
-Muito obrigada pai, nos vemos hoje mais tarde, desculpa te acordar- ele sorriu e beijou o celular.
-Beijo filha vê se dorme pelo menos um pouco- eu assenti.
-Tá bom pai, beijo- desliguei e liguei para o médico.
-Alô- a voz parecia jovem e cansada.
-Alô você é o doutor Oliver?- ele pigarreou.
-Sim sou eu, quem fala?- eu suspirei aliviada.
-Eu sou a Melinoe filha de um dos seus pacientes Hades?- ouvi do outro lado ele se levantar.
-O senhor Saidi está bem?- eu já estava aflita de falar com ele.
-Não, ele está bem, mas o meu amigo precisa de um médico, urgente- eu disse rápido antes que ele me cortasse novamente.
-Ah sim, me passa o endereço por favor- eu peguei o cartão do hotel na sala e vi o Kaz lá fora fumando.
-5 Place Vendôme, 75001, Hotel Ritz Paris- ele pigarreou novamente.
-Rica- ele sussurrou- Já estou indo senhorita Saidi- ele desligou sem me deixar dizer mais nada, olhei na tela do celular 3:40.
Resolvi ir para a sala e deitar um pouco, olhei para a varanda e o céu ainda estava super escuro mas sem nuvens, a Lauren dormia no sofá e o Kaz fumava lá fora mais um cigarro, fui até lá e me apoiei ao seu lado na sacada, olhei a caixa do cigarro e era o mesmo do Massimo. Meu deus eu não respondi o Massimo.
-Tá pensando em que?- eu o olhei e olhei de volta a cidade.
-No meu irmão, faz tempo que não falo com ele, ele disse que viria para cá hoje, por conta do papai- ele tragou e me deu, eu recusei.
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Hades Daughter
Historical Fiction"Bem irônico a filha de Hades o deus do submundo ter uma fobia graças a minha mãe que não era uma Deusa e sim uma mera humana, eu tenho Taphophobia, medo de ser enterrada viva e viver no submundo não é tão excitante por causa disso por isso que minh...