Passando rapidão pra avisar que eu vou postar toda semana segunda e quinta.
[...]
– Está de castigo. – Minha mãe falou calmamente.
– O QUÊ? – Quase gritei.
– Você ouviu bem. A diretora me contou que o seu professor Usakmc, de história, avisou a ela que você sumiu da aula e quando ela foi ver as câmeras, você fugiu da escola. – Ela explicou.
– Ah, qual é, mãe! Não acha que eu já fui castigada o suficiente?! – Me referi ao estar nos Estados Unidos.
– Sinceramente, eu pensava que sim. Mas eu percebi que você faz o que lhe der na telha, coisa que eu não estou de acordo. Você não está de férias, Sofia. Acorde para a vida! Você já fez muitas coisas erradas não acha? Eu pensava que isso era só birra de adolescente e que logo você voltaria a ser o anjinho de 7 anos atrás...
– Aquele cujo você abandonou? Sei bem... – Eu interrompi ela.
Ela me ignorou, como se eu não tivesse falado nada demais, talvez não fosse nada pra ela.
– Eu sinto pena de você – Eu podia ouvir o tom de raiva e decepção na sua voz, e pude notar os olhos dela brilhando por causa das lágrimas que viriam em breve, mas não fiquei comovida. – Você faz merda e coloca a culpa em uma coisa que aconteceu a milhares de anos atrás. Cresce, Sofia. Você não é livre. – Ela pegou meu celular e se virou para sair.
– Sabe o motivo pra eu ter ficado tão magoada? – Ela parou de andar mas não se virou. – Você foi embora e nem deu tchau pra mim, logo pra mim! – Me levantei com raiva. – Você era a mulher na qual eu me inspirava, a que eu MAIS amava. Mas você sumiu de um dia para o outro, e nem se despediu de mim. – Eu percebi que ela estava prestes a sair e então, segurei ela pelo braço. – VOCÊ SE DESPEDIU DO MEU PAI! MAS NÃO DE... – E então meu rosto foi tapeado.
– Fale mais baixo – Ela disse calmamente –, seu irmão está no banho mas ele não é surdo.
E então ela saiu sem dizer mais nada. Senti meu coração se apertar, mas eu não sentia raiva, eu não sentia tristeza, a verdade era que eu não sentia nada. Apenas um vazio... Um enorme vazio.
No dia seguinte
A escola foi a mesma porcaria de sempre, nada mudou. Mas tive uma surpresa quando cheguei em casa.
– Você vai com o Nick para o trabalho dele. Hoje é o dia de levar os filhos para o trabalho. – Minha mãe avisou.
– Eu não sou filha dele.
– Eu te perguntei se você era filha dele? Eu disse que você vai e acabou.
Minha mãe estava sendo fria comigo desde nossa última e bela conversinha no dia anterior.
– Vá a merda. – Resmunguei.
– O que você disse? – Ela perguntou e eu ignorei.
Me arrumei de qualquer jeito e fui obrigada a arrumar meu irmão.
– Meu pai não é seu pai. Por que você tá indo? – Ele perguntou.
– Eu também queria saber. – Peguei a mão dele e puxei ele até a sala, encontrei o Nick sentado no sofá todo folgado.
– Levanta folgado. – Falei em português pra ele não entender. Missão bem sucedida, é engraçado ver a cara dele confusa. – Vamos. – Falei no idioma dele.
Era um prédio grande, típico. Tinha gente entrando ainda, então não estávamos atrasados ou algo do tipo, infelizmente.
– Vou te apresentar para o meu chefe. – Ele disse.
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Grandes Merdas [Reescrevendo]
Roman pour Adolescents🥇PRIMEIRO LUGAR NA CATEGORIA DRAMA DO CONCURSO NEON COLORS🥇 🥉TERCEIRO LUGAR NA CATEGORIA FICÇÃO ADOLESCENTE DO CONCURSO RAPOSAS LITERÁRIAS🥉 📌📌📌 Sofia é uma adolescente complicada, e por causa do seu comportamento ruim, seu pai mandou ela para...