Fiquem a vontade para ler o capítulo e leiam até o final porque eu tenho algo importante para dizer.
[...]
11:30
Eu não sei o motivo, mas minha mãe me deixou sentar na frente no enterro do meu irmão. Antes de começar, as pessoas estava em pé, sussurrando. A Jade e o Nick estavam sentados nas cadeiras de frente para o caixão, minha "mãe" não parava de chorar. Todos olhavam feio pra mim, não julgo eles.
Era tudo grama, tudo mesmo. Só tinha um caixão do lado de uma árvore e cadeiras organizadas em fileiras de frente.
Um homem começou a falar sobre uma alma muito doce, gentil e inocente ter ido embora.
Normalmente eu sinto vontade de rir em momentos tristes (não sei o porquê), mas dessa vez, eu estava me segurando para não chorar.
– Sofia, você quer dizer algumas palavras? – O homem perguntou.
Eu não tinha preparado nada, não tinha nada em mente, mas por algum motivo eu assenti e levantei.
– Acredito que minha presença deve ser de muito incômodo para todos aqui, mas isso não importa agora. – Todos me deram atenção. – Eu fiz uma promessa para o meu irmão. Nós estávamos no quarto conversando, até que ele me fez prometer que não pararia de viver a minha vida caso algo de ruim acontecesse com ele. Eu poderia chorar um pouco, – sorri por dentro ao lembrar dele falando essas exatas palavras. – mas não me afogaria em lágrimas.
Todos ficaram pensativos em silêncio.
– Por mais triste que seja, não vamos nos afogar em lágrimas. Ele não iria querer que assim que as pessoas falassem o nome dele a gente ficar triste instantaneamente. Temos 1 motivo para chorar, mas também temos mil motivos para sorrir ao lembrar dele.
Eu disse tudo com sinceridade, mas menti quando disse que poderia cumprir a promessa. Não que eu não quisesse, é que eu não conseguiria.
(...)
Estava prestes a ir para o ponto de ônibus, mas minha "mãe" me chamou.
– Você vai para o Brasil hoje mesmo. – Ela me entregou um passagem de avião para o Brasil que sairia às 15 horas. – Fiquei sabendo pelo seu pai que os pais do Allan vão enterrar ele no Brasil.
Eu iria dizer um obrigada ou dar um abraço nela, mas fui interrompida pela mesma.
– Faça o favor e não volte. – Ela me entregou a passagem e entrou no carro.
Não tive tempo para responder com uma sequer palavra. Em poucos segundos o carro já estava longe. Fiquei encarando a passagem, como se fosse uma decisão, mas não era. Fui arrancada dos meus pensamentos pelo orador.
– Seu discurso foi ótimo. – Ele disse.
Dei um sorriso como resposta. Ficamos em silêncio olhando para a pista.
– Você acha que mesmo um pessoa tendo cometido vários pecados pelo decorrer da vida, ainda dá pra ela ser salva pela bondade?
– Somente se ela quiser. Não dá para salvar uma pessoa que não quer ser salva.
Silêncio...
– Eu fiz escolhas ruins, e por causa disso meu irmão e meu ex-namorado estão mortos. Eu deveria ter morrido!
– Não diga isso! – Ele olhou para mim e eu retribui o olhar. – Sim, suas escolhas podem ter interferido o futuro de duas pessoas, mas se Deus deixou essas almas partirem, tem um motivo. Ao invés de falar o quando sua vida é "inútil" – Ele fez aspas – agradeça a Deus pelo seu irmão ter feito parte da sua história. – Silêncio de 6 segundos – Eu não te conheço, mais sei que ele deve ter te feito uma pessoa melhor.
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Grandes Merdas [Reescrevendo]
أدب المراهقين🥇PRIMEIRO LUGAR NA CATEGORIA DRAMA DO CONCURSO NEON COLORS🥇 🥉TERCEIRO LUGAR NA CATEGORIA FICÇÃO ADOLESCENTE DO CONCURSO RAPOSAS LITERÁRIAS🥉 📌📌📌 Sofia é uma adolescente complicada, e por causa do seu comportamento ruim, seu pai mandou ela para...