♥️13- Duas espiãs e um foco que (não) foi mantido. 2/2

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~Horas antes~

Pov's Catra

Vestimos os disfarces e logo iniciamos a missão, começamos a nos aproximar cada vez mais do lado sul, mesmo com os avisos da Adora eu não acreditei que era tão ruim, isso até chegar lá. Eu não vou admitir isso em voz alta, mas encostei minhas orelhas na cabeça quando ouvi os gritos, o ar tinha um cheiro de poeira, suor e... sangue. Olhei para baixo e percebi minha cauda arrepiada (e arrumei ela antes que mais alguém visse), provavelmente eu estava tremendo ou minha expressão que me entregou, pois senti uma mão se apoiando em meu ombro.
— Hey... você está bem?— Adora e seu sorriso me acalmaram, ao menos um pouco.
— Sim eu só... — Suspirei olhando para o chão.
— Eu não vou sair do seu lado.— Ela ergueu meu queixo com o polegar, (estranhamente delicada) e me fez olhar diretamente para seus olhos cor do céu, ela me beijou de leve, soou como um "vai ficar tudo bem".
Continuamos andando, e eu estava de mãos dadas com Adora, por mais meloso que pareça, me sinto tão segura com essa mulher, juro que poderia passar toda a minha vida junto a ela, ser dela.

Quando chegamos nos escondemos atrás do que um dia foi uma casa, esperamos até os demais soldados se distraírem para nos dar uma "brecha" e entrarmos, fomos devagar e cautelosamente, porque mesmo que estivéssemos disfarçados alguém poderia suspeitar. Dentro do castelo era escuro, frio e o cheiro era ainda mais insuportável, não demorou para que Glimmer, Bow e os guardas recrutados por Glimmer se separassem de nós, num grande corredor que levava a mais corredores, eu e Adora entramos em um dos corredores, na direção oposta do que Bow e Glimmer haviam entrado. Observando o corredor não tinha muito a observar; o teto, as parede e até o chão, eram cobetos por uma tinha preta metálica, alguns detalhes em vermelho e o mais estranho era os quadros, não por seus desenhos em si, mas sim porque tive a sensação de já ter visto aquelas pinturas antes.

Eu ainda estava observando o local quando parei em um ponto específico, uma certa loira procurando algo no chão. Percebi que seus fios dourados agora estavam soltos, olhei para baixo e vi um elástico de cabelos, peguei-o disfarçadamente, voltei meu olhar para Adora, e estalei os dedos chamando sua atenção.
— Ah, Catra você achou! obriga... que cara é essa?— A loira fez uma expressão confusa.
— Você quer?— Apontei para o elástico em minha mão, Adora assentiu com a cabeça. — Vem pegar!
Ela se aproximou rapidamente, e eu desviei, isso se repetiu algumas vezes, até que em um de seus "ataques" ela quase bateu seu rosto no meu, então ficamos paradas, a centímetros de distância, sua respiração mostrava sua falta de fôlego assim como a minha.
— Catra... temos que... temos que manter o foco!— Ela se distanciou um pouco envergonhada, e "roubou" o elástico de cabelos da minha mão, bufei em reprovação.
— Foco isso, foco aquilo, blá, blá, blá...— Movimentei minhas mãos debochando, mas paralisei quando vi a loira com o elástico na boca, com as mãos organizando novamente seus fios dourados em um rabo de cavalo.
— Oque foi? Cansou de reclamar? Ou só parou de fala porqu...— Coloquei meu dedo indicador em sua boca, calando-a.
— Não ouse terminar essa frase. — Adora revirou os olhos e voltamos a andar.

Eu estava quase morrendo de tédio, não paramos de caminhar e não chegamos a lugar algum. O pior é que eu estou com Adora do meu lado e não podemos nem... mas ok, eu vou fazer isso por obrigação, mas vou me focar... acabei de perceber que o tecido do disfarce é de elastano, ou seja, deixa bem marcado os traços de quem usa, no caso, a minha loira. Só percebi que minha boca estava entreaberta quando senti minha língua seca, mas depois daquele momento, mantive o foco... na Adora. Finalmente chegamos em uma sala, checamos se não havia ninguém dentro, e por sorte, não tinha, a sala não era muito grande, tinha um painel com alavancas e botões, que ocupava quase todo o espaço, algumas cadeiras e algumas telas que pareciam ser de câmeras.
— Não acredito que nos empenhamos tanto numa missão que não nos levou a nada.— Falo praticamente deitando em uma das cadeiras.
— É...— Adora olhava para baixo, com uma expressão de tristeza ou decepção, me levantei e me aproximei dela.
— Hey... tá tudo bem, fizemos oque podíamos.
— Eu sei é que... Catra, e se toda a magia for roubada? E se eu decepcionar o universo inteiro de uma só vez?
— Calma, Adora, olha pra mim.— Tentei chamar sua atenção, mas seus olhos se movimentavam apenas em direção ao chão.
— A culpa é minha, isso tudo é minha culpa...— Seus olhos já estavam marejados, com delicadeza pus minhas mãos sobre as bochechas de Adora, envolvendo seu rosto e limpando suas lágrimas com meus polegares, finalmente seus olhos azuis se viraram para mim.
— Nada disso é sua culpa, como pode pensar isso?— Sorri tentando acalma-la.— Vamos dar um jeito em tudo, mas não porque nós causamos isso, e sim porque somos heróis, você é uma heroína.— Meu olhar se desviou por um momento e um sorriso sem jeito se formou em meu rosto. — Minha heroína...
Nos envolvemos num abraço, um abraço quente e carinhoso, como se por um instante, tudo além de nós parasse completamente. É assim que me sinto com ela.
— Catra... eu te amo.— Adora terminou de limpar suas lágrimas saindo do abraço.
— Você sabe que eu também.— Ela riu nasalado com os olhos fechados, algo que achei muito fofo.
Nossos olhos se cruzaram novamente, seu hálito quente se misturava com o meu, e finalmente, nossos lábios se acharam. Mas como sempre, acabamos nos "animando", o beijo calmo se tornou algo com... desejo, uma de minhas mãos estava em seu pescoço e a outra em sua cintura, já as de Adora, estavam em minhas costas, pressionando para que nossos corpos se mantivessem grudados. Adora começou a me empurrar devagar até que eu encostasse no painel, sua boca desceu para o meu pescoço, e o beijos beijos se transformaram em chupões intensos, senti a coxa da loira separando minhas pernas e roçando em minha intimidade, mesmo por cima da roupas, aquilo me fez soltar um gemido baixo, as mão de Adora exploravam meu corpo, deslizando sobre a cintura, as costas, os seios, uma de suas mãos chegou a minha, e entrelaçamos nossos dedos.

Minha respiração era ofegante, Adora voltou a minha boca, com um beijo ainda mais intenso, tudo estava perfeito, isso até eu tentar apoiar uma mão no painel e acabar esbarrando em uma alavanca, imediatamente uma sirene absurdamente alta foi acionada, olhamos novamente para as telas que mostravam as imagens da câmera e, para o nosso azar, tinham pelo menos uns vinte guardas vindo rapidamente até a sala em que estávamos.

— Pela honra de Grayskull!

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Hey amore! Como vocês estão? Demorou, mas aqui está kkkk, espero que estejam gostando da história, beijão😘♥️

𝐅𝐨𝐫 𝐭𝐡𝐞 𝐋𝐨𝐯𝐞 𝐢𝐧 𝐆𝐫𝐚𝐲𝐬𝐤𝐮𝐥𝐥 ~𝐂𝐀𝐓𝐑𝐀𝐃𝐎𝐑𝐀~Onde histórias criam vida. Descubra agora