- Puta que pariu olha só a bagunça que está esse lugar.
Exclamou a detetive Macarena Ferreiro ao se deparar com a cena do crime.
Um corpo deitado de bruços inundado numa poça de sangue no centro da sala de estar.
Ela calça as luvas para não comprometer a cena com suas digitais pois ainda estava aguardando a perícia.
Caminha lentamente pelos cômodos da casa que estão revirados. Segue em direção ao quarto e observa que tudo está remexido como se quem passou por ali estivesse atrás de algo.Em cima da cama está o cofre entreaberto e vazio. Algumas joias foram deixadas para trás demonstrando que a pessoa havia sido surpreendida por algo e acabou deixando alguns relógios e cordões de ouro caírem no caminho.
Macarena segue em direção ao banheiro observa que na pia do mesmo havia duas taças de vinho, uma delas com a marca vermelha de batom, o que indica que a vítima bebia com alguém do sexo feminino e o assassino era conhecido por ela, porque não haviam sinais de arrombamento na entrada da casa.
Macarena agora sai do quarto e segue em direção ao escritório que também está revirado com diversos documentos espalhados pela mesa. Ela pega um deles em suas mãos e vê que se trata de uma licitação de uma das obras mais importantes e superfaturadas que já foi realizada na Espanha. Ela segue lendo o documento atenciosamente quando é interrompida pelo seu celular.
- Maca? Diz Kabila do outro lado da linha.
- Oi, estou aqui na cena do crime. Recebi a ligação do Castillo e vim imediatamente pra cá.
- Ele me pediu pra avisar que mandou a perícia pro local, eles chegam aí em 10 minutos. Você tá precisando de reforços aí?
- Não, pode ficar tranquila. Tá tudo sob controle. Te vejo mais tarde na delegacia.
Desliguei o celular e segui caminhando pelo escritório observando as fotos ali presentes. Hierro não parecia ser uma má pessoa para terminar morto daquele jeito, ali no meio da sala de estar, mas isso eu só descobriria ao longo da investigação.
Não demorou muito e a equipe de perícia chegou na casa junto com o Castillo.
- Puta que pariu Macarena, alguém aqui estava com muita raiva dele. Olha só esse corte no pescoço. Ele dizia enquanto levantou ligeiramente a cabeça da vítima para que eu pudesse ver.
- Quem seria capaz de fazer isso com o senador? Algum inimigo político?
- Existem várias possibilidades, pelo o que eu vi da cena do crime e a forma que o corpo estava ele conhecia o assassino, parece não ter oferecido resistência, como se estivesse sob efeito de algum tipo de droga. Coisa que só vamos confirmar após os exames.
- Porra Castillo. Digo ao ver o rosto da vítima coberto de sangue com os olhos entreabertos.
- Olha, o que é isso? Digo retirando debaixo do braço da vítima um isqueiro com o desenho de um escorpião e nele estava escrito Zahir.
- Põe aqui no saquinho, vamos levar para averiguar. Disse Castillo.
A perícia seguiu fazendo o trabalho na cena do crime, fotografando tudo enquanto eu observava no canto da sala registrando no meu caderno de anotações.
...
Depois da perícia exaustiva por 4 horas eu segui em direção a delegacia. Assim que entro vou na direção da minha sala, nela está Kabila concentrada digitando um relatório. Fecho a porta.
- Oi cachinhos. Digo me aproximando lentamente girando a cadeira que ela estava sentada a forçando ficar de frente pra mim, aquela linda morena era o meu ponto de equilíbrio no meio de toda loucura que era minha vida desvendando todos aqueles crimes.
- Lôra, eu estava morrendo de saudades. Ela diz se aproximando da minha boca me tomando num beijo calmo e lento.
- Sabe que aqui não é lugar pra isso! Digo me afastando lentamente.
- Qual é Maca? Todos sabem que a gente tá namorando.
- Estamos namorando Estefanía? Porque até agora você não oficializou o pedido. Digo sorrindo para logo em seguida me virar de costas para pegar um café.
- Estou esperando o momento certo senhora Ferreiro, já que é minha chefe não queria que parecesse um motivo para me dar uma promoção.
- Ah então essas eram suas intenções ao me levar pra cama? Digo adoçando o café.
- Não fica falando assim, daqui a pouco vão me acusar de te assediar em ambiente de trabalho. Ela diz ao se levantar e agarrar o meu corpo junto ao seu distribuindo beijos por toda a extensão do meu pescoço, o que me fez arrepiar por inteiro.
- Isso é golpe baixo cachinhos. Digo enquanto sinto suas mãos descerem lentamente ao redor da minha cintura em direção ao meu sexo.
- Será que assim eu sou promovida?
Ela segue beijando o meu pescoço lentamente quando ouvimos alguém bater na porta. Cachinhos rapidamente se afasta de mim com um sorriso safado e senta no lugar que estava antes digitando os relatórios.- Pode entrar. Digo enquanto dou um gole no café.
- Senhora Ferreiro esse envelope foi deixado para você.
- Sabe me dizer quem entregou? Digo ao pegar o pacote.
- Não senhora, o remetente é desconhecido.
- Ok, muito obrigada. Respondo para logo em seguida fechar a porta e caminhando lentamente vou em direção a minha mesa, abro o pacote sem pressa vejo que dentro dele haviam algumas fotografias que eram do Hierro com uma morena, não pude descobrir quem era porque em todas as fotos ela estava de costas. Pude notar apenas que a mesma possuía um cabelo preto mais ou menos na altura dos ombros e o perfil físico era de uma mulher de estatura mediana e magra, observo atenta a última foto e ao verso dela havia um recado destacado, escrito em caneta vermelha em caixa alta
" QUE COMECEM OS JOGOS" ☠
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Olá meus amores, esse foi o capítulo inicial da nossa história, me contem as expectativas de vocês, lhes asseguro que aqui teremos muito mistério, e intensidade a cada capítulo publicado.
Não esqueçam de me dar uma estrelinha sempre ao final de cada capítulo, coloquem os coletes porque os jogos estão apenas começando!Besitos 💋
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IGUALES OU NADA
FanfictionZulema Zahir é uma criminosa fria e calculista acusada de um assassinato cruel. Há anos é procurada por toda polícia da Espanha. Macarena Ferreiro é a nova inspetora do caso e tem a difícil missão de prendê-la. Em meio ao caos da investigação ela...