Capítulo 17

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Quem é vivo sempre aparece né? kkk 🤭
Peço desculpas pelo sumiço, final de semestre na faculdade é complicado. Mas agora estou de volta com dois capítulos para compensar minha ausência.
Aos amantes de intriga lhes desejo um ótimo capítulo. 
Aos amantes de Zurena dedico o próximo capítulo a vocês 🥵😈



*Zulema*

- Helena? Preciso falar com você, pode me encontrar? Estou em Toledo hoje. 

- Sentiu saudades meu amor? Ela responde com uma voz carregada de malícia o que me enchia de raiva.

- Sim. Preciso te ver.
Digo fazendo uma careta de nojo do outro lado da linha.

- Quer vir aqui na minha casa? Hoje estou de folga. 

- Pode ser. 

- O endereço você já sabe, te espero... não demora.
Ela responde.

Ligo o carro e saio em direção a Toledo, no caminho a cena de Macarena me contando sobre o caso Hambal se repete em minha mente.

[recordando]

- Hanbal Hamadi, mais conhecido como o Egípcio. Esse nome não te soa familiar? Por um acaso não seria você a mandante da investigação que culminou em sua morte?

- Então você é a Zulema Zahir, porra como eu não enxerguei isso?
Ela me responde abaixando a cabeça encostando os cotovelos apoiados nas coxas com as duas mãos no rosto ela assente negativamente.

- Sim, mais conhecida como Elfo do puto inferno. Respondo gargalhando entre uma tragada do cigarro.

- O que você quer de mim? Por que está fazendo o meu pai de refém?

- Quero que você sofra o que eu sofri, quero que sinta a dor que eu senti ao perder a única pessoa que me amava. Digo retirando as pernas da mesa de centro me levantando da poltrona.

- Eu não tive nada haver com a morte do Egípcio. Maracena responde com a voz embargada e logo em seguida começou a chorar.

- Você não estava no comando da operação? Respondo me aproximando do sofá onde ela estava a encarando de cima para baixo.

- Eu estava no comando no início. Enquanto as investigações rolavam minha mãe descobriu um tumor mamário eu se quer tinha cabeça para comandar a investigação, foi nesse momento que Helena foi convocada para trabalhar em parceria comigo.

- Você conhece a Helena? Respondo arqueando a sobrancelha.

- Sim, a conheci na metade das investigações. Ela tinha uma obsessão por esse caso, coisa que eu nunca entendi. No final acabou que ela se aproveitou da minha fragilidade em relação a minha mãe e em um golpe acabou tomando conta do caso e da ação da polícia que culminou com a morte do Hanbal.

- Joder! Suspiro de forma surpresa.

- Eu não dei a ordem para apertar o gatilho, eu queria um acordo, queria ele vivo, porque era investigado em vários crimes de relação política, crimes que até hoje eu não consegui resolver. Eu não mandei matar o Hanbal!

- Então isso tudo é um grande mal entendido? eu deveria ter desconfiado da boa vontade da Helena ao me entregar o seu pescoço na bandeja. Aquela filha da puta! Digo enquanto dou um chute no sofá liberando toda minha raiva.

- Eu sei os motivos pelos quais ela deu a ordem para que aquele gatilho fosse apertado!

- Eu não tenho nada haver com isso, por favor liberta o meu pai. Eu jamais fiz algo para te prejudicar. Eu se quer te conheço. Macarena diz chorando.

- Ele está na garagem, desce as escadas, solta ele e some da minha vista antes que eu me arrependa. Digo suspirando irritada.

~~~~~~~~~~~~~~~~~

- Essa filha da puta me paga.
Suspiro dando um morro no volante seguindo em direção a casa de Helena. 

30 minutos de viagem e chego na sua casa, respiro fundo antes de descer do carro. Friamente toco a campainha e aguardo.

- Eu estava te esperando.
Disse Helena ao abrir a porta depois de uns minutos. 

Em questões de minutos o ódio tomou conta dos meus olhos e com a mão direita segurei firme em seu pescoço e a enforcando fui entrando pra dentro da sua casa. Helena me olhava com olhar de quem não estava entendendo o que estava acontecendo.

- Como você teve coragem de fazer isso comigo?
Digo enquanto a encosto na parede e solto o seu pescoço bruscamente.

Ela tosse sem entender.

- Fazer o que porra? Você está louca?
Ela me encara enquanto tenta recobrar o fólego.

- Não se faça de idiota.
Falo olhando fixamente em seus olhos.

- Eu sei de tudo, você foi quem mandou matar o Egípcio

- Quem foi que te disse isso? O que eu ganharia com a morte dele Zulema?
Ela diz se aproximando lentamente de mim me puxando pelo braço.

- Não encosta em mim porra.
Digo puxando o braço para trás.

- Você é uma psicopata do caralho, você achou que eu iria ficar com você se estivesse livre?

- Eu seria incapaz de fazer algo que pudesse te magoar, me escuta.
Ela responde com os olhos cheios de lágrimas.

- Eu não acredito em nenhuma palavra que sai da sua boca. Você não é digna de confiança.

- Eu não sou? Eu sei que você está em Madrid, e se quer falei pra polícia que está em sua captura. Por que você acha que eu não te denunciei? 

- Pra me chantagear. É só o que você sabe fazer Helena.
Digo tirando um cigarro do bolso e o acendo logo em seguida.

- Quem revirou sua cabeça contra mim? Por acaso você andou falando com a Macarena? Ela me odeia, seria capaz de tudo pra me prejudicar.

- Te odeia por que? Que porra você tem na vida pra que alguém queira te prejudicar ou ter inveja de você, se enxerga caralho!
Respondo após soltar a fumaça do cigarro com raiva.

- Estou na Cruz do Sul, no cargo que ela tanto almejava, mas não conseguiu alcançar porque é a porra de uma incompetente. 

- Cargo que você roubou dela quando assumiu a responsabilidade e mandou matar o meu namorado. Você é puta. Tenho nojo de você.

- Não fala assim, eu fiz isso pro seu bem. 

- Como para o meu bem? Você mandou matar o homem da minha vida.
Digo para logo em seguida dar um murro na parede.

-Ele estava fugindo com o dinheiro, você iria ficar na miséria depois que saísse da prisão. Eu fiz pensando em você, Hambal não se importava com você Zulema, ele nunca te amou de verdade.

- Cala boca sua puta.
Digo enfurecida enquanto sem dó desfiro um tapa em seu rosto.

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