*Macarena*
- Posso te ajudar?
Me viro um pouco assustada ao ouvir aquela pergunta, porque estava super tensa com a ideia de arrombar aquele apartamento pra investigar, que fui surpreendida por aquela pergunta repentina.
- É que minha amiga mora aqui, mas me deixou plantada esperando por ela. Respondo um pouco sem graça encarando aquele homem.
- Ah eu sinto muito, se quiser pode esperar no meu apartamento até ela chegar.
Ele diz enquanto abre a porta do apartamento ao lado.- Não precisa, eu agradeço muito. Eu vou dar uma volta e depois retorno novamente.
Digo me virando em direção a saída.
Desço as escadas rapidamente e entro no meu carro, ligo e sigo em direção a minha casa.- Que ideia absurda Macarena, como você iria invadir a casa de alguém sem um mandado? Repito pra mim mesma dentro do carro enquanto nego com a cabeça.
Já em casa deixo a arma em cima da mesa e vou me despindo até chegar no meu quarto. Entro no banheiro e tomo um banho relaxante e demorado.
Após o banho sigo de roupão até a cozinha, preparo algo pra comer e me sento no sofá enquanto assisto televisão.*Saray*
- Ligou patroa? Fiquei sem bateria, acabei de chegar no apartamento.
- Que porra Saray, fica esperta, Macarena estava na rua de casa mas saiu faz 5 minutos.
- Zulema você está bem paranoica viu? O que você está pensando? Que ela vai me sequestrar pra você devolver o papaizinho dela é? Digo gargalhando.
- Se precaver nunca é demais cigana.
- Fica tranquila. Está tudo sob controle. Se cuida aí com o velho babão, cuidado que ele morde. Digo gargalhando antes de desligar.
Tomo um banho rápido, coloco uma roupa despojada, me perfumo e encarando o espelho falo comigo mesma.
- Zulema que se foda com essa neura, eu vou é sair, hoje é dia de caçar.
Digo dando uma piscadela para o espelho. Tranco o apartamento e vou em direção ao carro. Decido ir naquela boate que fomos há uns dias atrás, curtir, dançar, espairecer.
~~~
A boate estava cheia, com meu copo de cerveja na mão sigo para a pista de dança, de longe avisto uma morena alta de cabelos cacheados com um corpo escultural que chamou minha atenção. Sorrateiramente vou me aproximando dançando.- Quem diria que a noite seria assim tão boa né?
- Falou comigo? Ela responde sorrindo ao se virar me encarando nos olhos.
- Sim. Falei. Respondo me aproximando um pouco mais.
- Te conheço? Ela diz arqueando a sobrancelha.
- Não, mas isso a gente resolve agora mesmo.
- Prazer, Saray Vargas, sua futura namorada.
Digo estendo as mãos para ela.Ela deu um sorriso tímido, um pouco sem graça e me respondeu ao estender a mão:
- Prazer, Estefânia. Mas eu sou compromissada.- Compromissada e sozinha na balada? Quem foi que cometeu esse crime?
Digo falando bem proximo ao seu ouvido por conta da música alta.- Digamos que ela confia no taco dela, por isso estou aqui sozinha.
- Sozinha não, se me permitir te faço companhia.
- Como amiga? Ela fala no meu ouvido.
- Adoraria que não fosse assim, mas você decide. Podemos ficar essa noite, sem compromisso, eu não conto e você não conta.
- Eu sou fiel a minha namorada. Ela responde sorrindo.
- Me dar uns beijos não te tornaria infiel, não é um pedido de casamento ainda. Digo de forma sarcástica enquanto dançamos.
*Zulema*
O tédio estava tomando conta de mim naquele cativeiro, decido ir até a garagem pra ver se Leopoldo já havia acordado.
- Me tira daqui... Socorro!
Ouço ao descer as escadas que davam acesso a garagem.- Ora ora, você está vivo! Digo caminhando.
- Quer um conselho? Não gaste sua energia gritando, estamos num lugar bem isolado e ninguém pode te ouvir daqui.
- Quem é você e o que você quer? Ele diz balançando a cabeça com os olhos vendados.
- Fica tranquilinho aí que eu não tenho a intenção de te machucar.
Digo ao sentar numa cadeira a frente dele.- O que você quer? É dinheiro? Fala...
Ele diz com a voz trêmula.- Eu não quero dinheiro, quero ter uma conversinha com você senhor Ferreiro.
Pode me dizer quanto vale uma vida?- Porque você está me perguntando isso?
- É que a sua filha querida deveria saber, afinal ela foi a responsável pela morte de uma pessoa muito querida pra mim.
Digo enquanto acendo o cigarro.- Eu sinto muito, minha filha só faz o trabalho dela como inspetora policial, não me machuque por isso.
- Ah então a polícia trabalha assim hoje em dia? Matando inocentes? Sopro a fumaça do cigarro para o alto no fim da frase.
- Eu não faço ideia do que você esteja falando, mas eu tenho certeza que podemos consertar isso.
- Consertar como porra? Ele morreu. Respondo me levantando irritada.
- Eu sinto muito, por favor não me machuque.
- Fica tranquilo senhor Ferreiro, se sua filha colaborar tudo vai acabar bem.
Disco o número de Macarena e aguardo enquanto chama.
- Alô! Ela diz do outro lado da linha.
- Macarena Ferreiro, quanto vale a vida do seu papaizinho?
- Socorro, alguém me ajude.
Leopoldo grita no fundo da ligação.- Papai... Ela responde com voz de choro.
- Papai. Repito a frase a imitando de forma sarcástica.
- Quem é você? O que você quer?
- Quero um vis a vis com você. Mas não se atreva a colocar a polícia nessa história ou eu atiro na cabeça do seu papai sem pena nenhuma.
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IGUALES OU NADA
FanfictionZulema Zahir é uma criminosa fria e calculista acusada de um assassinato cruel. Há anos é procurada por toda polícia da Espanha. Macarena Ferreiro é a nova inspetora do caso e tem a difícil missão de prendê-la. Em meio ao caos da investigação ela...