Capítulo 20

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Uns dias depois...

*Zulema* 

- Alô Helena, sou eu Zulema. Eu sinto muito pela forma como eu te tratei. Queria muito te ver.

- Alô, meu amor como eu estava ansiosa por ouvir sua voz de novo, você caiu em si e percebeu que eu jamais te faria mal algum na vida?

- Sim, você foi a única que me amou de verdade até hoje.
Faço uma careta insatisfatória do outro lado da linha.

- Onde posso te encontrar?
Digo aguardando a resposta.

- Podemos nos encontrar em Sevilha, o que acha? 

- Por mim está perfeito, te encontro na praça as 13horas pode ser? 

- Sim meu amor, eu estarei lá. 

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- Ela topou, e agora como vai ser?
Digo encarando Macarena que está sentada ao meu lado no carro.

- Você vai induzir ela a confessar, vai entrar no assunto do Hambal, por fim falar sobre o senador e tentar arrancar a confissão de que foi ela quem o matou. 

- Você acha que vai dar certo? Aquela Helena é uma cobra sorrateira, ela está sempre pronta pra dar o bote.
Digo enquanto observo Macarena adaptando um ponto de escuta pequeno no meu ouvido. 

- Você é um escorpião Zulema, ataque antes que ela faça isso.
Macarena diz com as duas mãos apoiadas na lateral do meu rosto e logo em seguida ameaça me dar um beijo.

- O que isso? Está confundindo o profissional com o pessoal loira?
Digo ao esquivar o rosto.

- Até quando você vai manter essa posição de durona hein?
Macarena me encara fixamente nos olhos.

- Eu já tive um ponto fraco na vida, e não posso ter outro. Eu não sou boa em perder pessoas.
Digo segurando fixamente o seu queixo.

- Não precisa ter medo de me perder.
Ela sorri enquanto seguro seu queixo firmemente. 

Não resisto o contato tão próximo dela, sentindo sua respiração quente e a beijo lentamente, ela rapidamente envolve as mãos nos meus cabelos e acaricia o meu pescoço enquanto nos beijamos. 

Macarena tinha a capacidade de me fazer baixar a guarda, isso era terrivelmente perigoso, e excitante. 

- Loira, chega...
Digo dando uns selinhos em seus lábios encerrando o beijo. 

- Tá bom, vamos parar se não a gente já sabe onde isso vai terminar.
Ela sorri ao terminar a frase.

Ligo o carro e seguimos em direção a Sevilha, decido estacionar longe do ponto de encontro, Macarena fica no carro com todo o equipamento para captar a confissão de Helena.

Desço do carro e sigo caminhando até a praça da cidade, paro em cima da ponte enquanto olho para os lados esperando ela chegar. Não demorou muito e sinto alguém me abraçando por trás, era Helena.

- Meu amor, senti tanto a sua falta. Ela diz com as mãos envoltas na minha cintura.

- Como você está?
Digo enquanto me desvencilho de suas mãos e me viro de frente pra ela.

- Estou bem, aliás só fiquei bem depois que você me ligou... eu estava arrasada achando que você nunca mais olharia na minha cara depois da nossa ultima conversa.

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