Capítulo 6

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*Zulema*

- Bom dia senhorita esquentadinha. Digo ao sair da cozinha, entro na sala  vejo que Saray está se despreguiçando no sofá.

- Bom dia Zule. Que dor de cabeça do caralho! Ela resmunga com voz de sono levando as mãos até as temporas e as massageiam. 

- Isso é o preço que você paga pela noite de ontem. Digo rindo sentando ao seu lado no sofá.

- Que coño. Eu nunca mais bebo como eu bebi. Eu te juro!

- Sei, jura até nós duas sairmos novamente. Toma, bebe esse café forte que eu fiz pra você. Digo entregando a xícara em suas mãos.

- O que seria de mim sem meu elfo do puto inferno? Responde e logo em seguida dá um gole no café.

- Realmente não sei viu? Porque se eu não peço pra loira te deixar em paz você teria levado uma surra e além da ressaca hoje estaria cheia de hematomas. Digo em tom sarcástico.

- Vai se foder Zulema, que asco, esse café está sem açúcar

- Claro, não tem nada nessa despensa. Preciso dar uma saída para comprar algumas coisas se a gente não quiser morrer de fome. Digo me levantando do sofá.

- Ah e vê se traz algo pra dor de cabeça por favor! Suplica Saray me olhando com cara de acabada. 

- Ok, vê se levanta e toma um banho. Eu prometo que não vou me demorar

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Hoje o dia está ensolarado, Madrid segue sendo na minha opinião a cidade mais aconchegante desse mundo. Estou usando uma calça preta, camiseta com um desenho da Frozen estampado, amarrei o cabelo em um rabo de cavalo, e deixei a franja um pouco desarrumada. Sigo caminhando na rua em direção ao supermercado que fica há umas duas quadras do apartamento que eu havia alugado. Mesmo que fosse uma saída rápida eu jamais deixaria de levar a minha arma, ela estava escondida na minha cintura, por debaixo da camiseta.

Mal viro a esquina e me deparo com uma cena inusitada, vejo uma mulher sendo encurralada por dois tíos numa rua sem saída, atrás de um restaurante.

- Porra, eu juro que eu não queria me meter nisso! Digo assim que chego perto de um dos caras que estava agachado no chão tentando molestar ela. 

- Não se meta princesa! Ele disse enquanto o seu amigo seguia segurando a mulher pelos braços, ela parecia estar embriagada. 

- Eu quero que você me dê dois motivos pra eu não te dar um tiro no seu pintinho. Digo encarando fixamente aquele homem ali na minha frente.

- Olha, eu não vou perder meu tempo com você sua puta louca. Ele respondeu se movendo lentamente para se levantar. Antes que ele completasse o movimento dei um chute bem forte no meio da sua cara e ele caiu deitado de costas derrubando algumas latas de lixo que haviam ali. Vendo essa cena o amigo dele soltou a mulher e veio na minha direção, então saquei a arma. 

- Shiiiiiiii, nem mais um passo se não eu disparo! Digo apontando a arma em sua direção. Nesse intervalo a mulher conseguiu fugir. 

- Que porra você pensa que está fazendo sua filha da puta? O homem no chão me dizia enquanto o seu rosto estava sangrando pelo golpe levado. 

- Estou com muita vontade de te dar um tiro, mas vou te dar uma chance de escapar disso. Vamos fazer uma brincadeira? A brincadeira se chama nunca mais serei um filho da puta com as mulheres. O que você acha? 

- Essa puta é louca. Disse o amigo dele.

Dei uma gargalhada bem alta enquanto estava com a arma apontada para o meio das pernas do homem.
- Sabe como me chamavam na prisão? Me chamavam de Elfo do puto inferno. Digamos que você deu azar de cruzar comigo

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