IGUALES OU NADA

Capítulo 3

- Eu sinto muito Zulema, mas se nós tivermos a chance de vingar a morte dele iremos vingar e devolver toda dor que esses filhas da puta te causaram. Disse Saray me abraçando.

- Obrigada cigana! Mas agora chega de tristeza né? Estamos livres e precisamos comemorar isso! Digo com as duas mãos apoiadas em seu rosto. 

- Então vamos sei lá, curtir alguma festa essa noite? Encher a cara? Beijar umas bocas e quem sabe até transar? Ela responde gargalhando.

- Você só pensa nisso né cigana? Respondo dando uns tapinhas leve em seu rosto.

- Mas é claro, vamos curtir nossa liberdade! 

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*Macarena*

O dia na delegacia havia sido puxado, muitos casos para resolver mas já marcavam 17 horas no relógio, e hoje era sexta-feira, eu não estava nenhum pouco afim de fazer hora extra.

- Hoje eu estou afim de dançar, quer me acompanhar? Digo olhando para Rizos que está grampeando alguns documentos. 

- Mas a gente ainda tem muita coisa pra fazer aqui Maca! 

- Podemos deixar isso pra segunda, não? Digo sorrindo.

- Bom você é a chefe, se você disse então esta dito! Ela responde sorrindo, deixando o grampeador de lado e desligando o computador para irmos embora.

- Hoje a noite é nossa! Digo me levantando me aproximando lentamente do corpo de Rizos que estava de costas pegando sua bolsa.

- Sinto que vou me dar bem. Ela responde ao sentir minhas mãos contornando o seu ombro. 

- Se for uma boa menina, sim! Digo roçando o nariz lentamente no seu pescoço. 

- Macarena, não me provoque! 

- Tudo bem, parei...  Respondo sorrindo.

- Vamos?  Pego minha bolsa saindo em direção a porta.

Já no carro eu ouvia a Cachinhos cantarolando a música que passava no rádio enquanto seguíamos no caminho de casa, após uma hora chegamos no meu apartamento, era um lugar aconchegante. Não tinha luxo até porque uma detetive não ganha tão bem para esbanjar assim, mas era um apartamento lindo. Assim que abro a porta Tito, meu cachorro vem correndo em minha direção.

- A mamãe estava morrendo de saudades de você meu gostosinho. Digo acariciando o cachorro, o pegando no colo o apertando levemente, ele estava bem animado ao me ver novamente. 

- Como a gente explica esse tipo de amor hein Rizos? Digo enquanto o cachorro lambe o meu rosto.

- Esse a gente não explica Maca, só sente. Ela responde acariciando meu cachorro e sorrindo. 

- Bom, vou tomar um banho rápido, vestir alguma coisa pra gente poder sair. Aqui tem algumas roupas suas, você pode usá-las se quiser. 

- Tá me convidando pra tomar banho junto com você é loira?

- Você sabe que se a gente entrar juntas naquele banheiro vamos fazer tudo menos ir dançar. Respondo sorrindo deixando o Tito em cima do sofá.

- Que culpa eu tenho de você ser uma tremenda de uma gostosa? Ela diz me puxando para um beijo, encostando nossos lábios lentamente. 

- Cachinhos... a gente vai ter muito tempo pra isso... mas agora não. Vou me afastando lentamente entrando em direção ao meu quarto. Enquanto ela fica na sala vendo televisão. Depois de 20 minutos saio do banho, me envolvo na toalha.

- Amor, pode entrar no banho. Digo dando um gritinho. Ela vem me encarando só de toalha, mas eu não dou abertura e sigo em direção ao closet. 

Vocês devem imaginar como ele é né? Sim a maior parte das roupas são sociais, porque tenho que me vestir formalmente a maior parte do meu tempo, mas isso não significa que eu não tenha alguns vestidos também. Retiro um vestido preto de alças que é bem justo e curto, tem uma fenda que deixa o meu dorso a mostra. Assim que termino de me vestir escolho uns acessórios que combinem com o meu visual, um brinco de argolas e alguns aneis. Faço uma maquiagem com os olhos bem marcados, passo um batom vermelho e me perfumo. Para concluir o look escolho um salto alto vermelho. 

- Que mulher incrível não? Diz Rizos ao sair do banho envolta na toalha. 

- E sua né? Respondo sorrindo. 

- Vamos amor, vai se arrumar logo porque eu quero dançar! Digo animada.

Ela decide usar uma regata preta com listras com muito brilho, uma calça preta com um cinto preto e uma sandália vermelha. Ela estava com os cabelos soltos, com aqueles cachos lindos e volumosos. Com uma maquiagem leve e batom escuro e muito perfumada. Eu confesso que ela estava ainda mais linda.

- Desse jeito eu vou ter que te dar voz de prisão. Digo caminhando lentamente em direção a ela.

- Ah é inspetora, qual crime eu cometi? Ela responde sorrindo enquanto mexe nos cabelos em frente ao espelho.

- Roubou toda beleza do mundo! Respondo sorrindo.

- Olha só quem diz isso, a dona de toda beleza do universo. Risos vira de frente e me encara fixamente, e afastando o meu cabelo para o lado deposita um beijinho no meu pescoço. - Você está incrivelmente cheirosa, fica difícil resistir assim.

- Ah é? Sabia que eu não estou usando nada por debaixo desse vestido? Digo umedecendo os lábios para logo em seguida morde-los.

- Qual a sua intenção me dando essa informação inspetora? Sabe que eu não sei me controlar muito bem.

- Se você conseguir passar essa noite na balada comigo sem tentar me molestar então eu te recompensarei. Digo respirando profundamente descendo as mãos lentamente sobre sua cintura. 

- Isso vai ser uma tortura. Ela diz me encarando e mordendo os lábios.

- Mas vamos meu amor, a noite só esta começando. Respondo puxando ela pelo braço.

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*Zulema*

Três pedras de gelo no copo de Wisk, e lá vem a barista me servir.

- Mais um pouquinho por favor! Digo a encarando fixamente, enquanto ela trata de encher o copo até a metade. 

Música alta, ambiente de balada com aquelas luzes que se cruzam enquanto as pessoas dançam super empolgadas na pista a minha frente. Com o meu copo na mão observo a Cigana dançando bem intertida com uma mulher. Ela não perdia tempo quando o assunto era se divertir. Eu já era um pouco mais observadora, preferia ficar ali, admirando as pessoas antes de dar um passo maior. Digamos que eu goste de estudar o território. 

Enquanto caminho para a área mais reservada da boate observo um casal de mulheres que estão sentadas no sofá. Uma loira e uma morena de cabelos cacheados conversando ao pé do ouvido. Sigo para o sofá que fica um pouco a diante e lá me sento, estico os pés para apoia-los na mesa de centro enquanto dou um gole no meu drink para depois deixá-lo ao meu lado. Retiro um cigarro do bolso, coloco entre os lábios e o acendo. Dou uma tragada e fecho os olhos soltando a fumaça lentamente.

- Posso? Ouço alguém dizer. Abro os olhos e viro lentamente pra observar quem estava falando comigo.

- Claro!