*Macarena*
- Vai ficar tudo bem papai. Digo enquanto dirijo para a casa em que meus pais moravam.
- Filha, você precisa tomar cuidado. Essa gente não brinca em serviço, hoje me sequestraram, amanhã podem me matar, ou a sua mãe, ou Román.
- Não vão fazer nada com vocês papai, por Deus.
Respondo negando com a cabeça.- Pode ficar tranquilo que uma escolta policial vai te acompanhar de agora em diante, não podemos arriscar mais. Vou contratar seguranças também para guardar a sua casa.
- Nós vivemos presos enquanto eles estão soltos minha filha?
Ele me disse me encarando de forma triste.- Só por enquanto papai, eu juro que vou proteger vocês custe o que custar.
O resto do caminho seguimos em silêncio, depois de 1 hora de estrada deixei o meu pai em sua casa. Nossa despedida foi com um abraço apertado e algumas lágrimas minhas por toda aquela situação que vivemos nessa noite.
Segui para minha casa, assim que cheguei fui direto para minha cama depois de muito tempo virando de um lado para o outro consegui adormecer e dormir.
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No dia seguinte despertei com o alarme do celular marcando 7h, hoje seria mais um dia arduo de trabalho. Me levanto e sigo em direção ao banheiro. Tomo um banho demorado e relaxante. Após o banho sigo para o closet e escolho uma roupa comum para dias de trabalho. Uma camisa branca de seda, uma calça preta e sapato preto. Me perfumo em frente ao espelho enquanto me maquio. Sigo para a cozinha, como uma fruta enquanto olho a minha agenda com os compromissos do dia no celular.
- Porra, hoje o dia está cheio!
Resmungo ao ver que seria mais um dia que possivelmente meu almoço seria sacrificado para avaliar uma pilha de casos. Nesse momento Tito, meu cachorro esta ali correndo animado de um lado para o outro da sala.- Mamãe promete que te leva pra passear no sábado tá bom meu amor?
Digo enquanto o acaricio.Após o café da manhã animado com Tito coloco o distintivo no pescoço, a arma na lateral da cintura e meu casaco preto por cima. Pego minha bolsa, tranco o apartamento e sigo descendo as escadas até chegar na rua.
No carro vou seguindo em direção ao trabalho, mas no meio do caminho decido voltar ao apartamento que havia visitado no dia anterior atrás de provas do crime do senador, quem sabe ali eu encontraria algo. Estacionei o carro, e logo atravessei a rua para subir ao apartamento. Bem atenta subi as escadas em direção a ele. O corredor estava vazio, segui em direção a porta e tentei abrir a maçaneta e não estava trancada. Com a mão direita na cintura pronta para pegar a arma a qualquer momento eu segui entrando no apartamento a passos lentos.
*Zulema*
Despertei as 7 horas e Saray não está em casa, eu havia deixado a porta aberta pra ela, já que sempre volta caindo de bêbada das noitadas. Tomei um banho relaxante, logo em seguida peguei meu roupão preto e segui para a cozinha para preparar meu café da manhã.
Pego minha xícara favorita com um desenho de escorpião que a cigana mandou fazer e ali dou um gole naquele liquido quente que devolve minha vida. Enquanto estou saindo da cozinha andando em direção a sala vejo que alguém está entrando no apartamento e me deparo com a Macarena ali na minha sala.- Que feio loira, sua mãe não te ensinou que você deve bater na porta antes de entrar?
Disse a encarando seriamente.- Levanta as mãos, acima da cabeça.
Ela diz ao sacar a arma.- Porra, eu sabia que não deveria ter te deixado ir com o papaizinho.
Digo ao deixar a xicara em cima da mesa.- Não se mexa se não eu atiro.
Ela diz me olhando nos olhos fixamente.- Então atira vai, bem aqui. Aponto em direção ao meu peito a encarando fixamente.
- Vai atira!
Digo me aproximando a passos lentos de Macarena.Ela tremia enquanto segurava a arma em minha direção.
Cheguei perto o suficiente para sentir a arma encostar no roupão que eu vestia.
Olhando fixamente em seus olhos.- Você acha que eu não tenho coragem de te dar um tiro?
Ela diz forçando a arma contra o meu corpo enquanto trocávamos olhares intensos.- Nós duas sabemos que não!
Digo sorrindo sarcasticamente enquanto minha mão direita vai apoiando lentamente nas mãos de Macarena abaixando a arma.- Eu posso te perdoar por ter entrado no meu apartamento sem um mandado de prisão. Mas pra isso acontecer você vai ter que dar o fora daqui agora.
Digo a encarando seriamente.- Não pense que por não ter um mandado eu não posso te dar voz de prisão aqui, agora mesmo!
Macarena diz colocando a arma novamente na cintura.
- Mas vou te dar a chance de se entregar!- Você tá sonhando loira? saiba que não pretendo usar uniforme amarelo pro resto da minha vida.
Digo gargalhando.- Há quanto tempo você está vigiando minha vida? Você armou aquele encontro na balada, no mercado, no semáforo? Ela me diz com uma expressão séria.
- Pra começar eu não armei nada, ou você se esqueceu que estava bêbada e queria transar comigo?
- Transar com você? Você está louca? De onde tirou isso? Isso não tem o menor sentido.
Ela disse demonstrando total desconforto com minha pergunta.- Confessa Rubia!
Digo sorrindo.- Você é a porra de uma psicopata do caralho.
- Onde você andou se informando de mim hein?
Digo chegando um pouco mais perto dela.- Não te interessa. Mas sei o suficiente pra entender que você é perigosa.
- Lôra o escorpião só ataca quando se sente ameaçado.
Digo sussurando em seu ouvido.*Macarena *
A voz rouca de Zulema em meu ouvido fez o meu corpo estremecer todinho. Seria loucura estar com tesão por aquela filha da puta? Eu não sei dizer mas algo nela me atraia.
- Não se aproxime. Digo ameaçando sacar a arma novamente.
- Eu te deixo excitada Lôra?
Ela responde roçando o nariz pelo meu pescoço.~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
Vocês querem Zurena? tomem Zurena! 🤭
Vejo vocês no próximo capítulo
Hasta luego 🔥❤
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IGUALES OU NADA
FanfictionZulema Zahir é uma criminosa fria e calculista acusada de um assassinato cruel. Há anos é procurada por toda polícia da Espanha. Macarena Ferreiro é a nova inspetora do caso e tem a difícil missão de prendê-la. Em meio ao caos da investigação ela...