Capítulo 11 - Desespero

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Peguei minha caneta e uma folha e comecei a escrever uma carta para a Cistine.

Querida Cistine...

Não, querida não. Eu amassei o papel e comecei de novo.

Cistine,
Eu queria saber se você tem conhecimento sobre o que acontece no quarto do Beakhyun...

Não, ainda não tá bom. Amassei mais uma carta e comecei a escrever novamente.
Fiquei amassando folhas por um bom tempo até conseguir escrever algo decente.

Olá Cistine.
Essa carta é meio que, hm... um pedido de amizade, haha.
Eu quero ser sua amiga. Não tenho ninguém além de você e do Azulzinho nesse lugar e quero saber mais sobre ele (o lugar, não pense besteiras!) Então, se puder me ajudar ficarei muito agradecida.
Eu também amo a sua companhia e você me faz rir.
Tem um mistério que eu quero resolver e acho que você é a pessoa certa para me ajudar.
Conto com você, Megan

Orgulha da minha carta, coloquei ela em um envelope e segurei com uma certa força para fechar bem. Sorri e escrevi "Para Cistine" na frente do envelope. Guardei a carta na gaveta e olhei meu relógio. Me assustei ao ver que já era meio dia e poucos.
Eu não estava com muita fome mas resolvi ir ver o que tinha na cafeteria. Conversei por pouco tempo com a Kim e ela me fez pegar uma maçã. Ela até me deu um saquinho para que eu pudesse guardar a maçã no bolso.
Agradeci a mulher e segui para a sala de testes do doutor Robert. Bati na porta e ele pediu para entrar.
Eu entrei e ele me falou para sentar, com um semblante um tanto quando abatido.

- Aconteceu algo de errado doutor? - perguntei aflita -

- Não exatamente... - ele coçou levemente o cabelo -

- Por favor, me explique. - o olhei preocupada -

- Acontece que seus resultados são inconclusivos. Você marcou opções muito contraditórias como por exemplo: Na pergunta "você gosta de gatos" sua resposta foi sim mas, na pergunta "qual animal você mais odeia" a sua resposta foi: gatos. Fora que... - ele hesitou -

- Que? - indaguei -

- Na última pergunta, sobre o que você mais gosta... Você respondeu... - o mais velho não queria pronunciar a tal da resposta e eu, estranhamente não fazia ideia do que tinha escrito. Por algum motivo, eu não me lembrava. - matar. - ele sussurrou e abaixou a cabeça -

- M-matar? Mas não é possível - eu fiquei em choque. Entrei em desespero. - Olha, você deve ter confundido com outro formulário. - Robert balançou a cabeça negativamente e me entregou uma folha com o meu nome e minha letra. Era meu formulário. Eu olhei para aquilo incrédula. "matar" não era a única coisa mórbida que eu tinha escrito -

- Você não se lembrava, Megan? - ele me olhou curioso -

- Não - respondi aflita e ainda em choque -

- Não se preocupe com isso. Com o tratamento correto tudo vai melhorar. - Ele sorriu e esticou seu braço, acariciando levemente meu ombro. -

- E se... - hesitei - não melhorar? - o encarei triste -

- Aí, eu faço você ser a melhor no que faz - Rob deu uma piscadinha e em seguida riu. Ri também -

The Madhouse (O Hospício)Onde histórias criam vida. Descubra agora