- O motivo da internação é... - Ele estreitou os olhos como se não conseguisse ler - Matar o próprio pai? - Ele olhou para Megan e soltou um risinho sem graça -
- Sim - Samantha engoliu em seco segurando-se para não depositar um tapa no rosto extremamente branco do rapaz à sua frente -
- O número de telefone, email e endereço também estão certos, então é só você assinar aqui. - Samantha recebeu uma folha de papel cheia de escritas sobre o que vai acontecer com Megan. Ela deu uma rápida lida e logo assinou. Quanto antes se livrasse da menina, melhor. -
- Ela vai poder ficar a partir de agora? - Perguntou dando uma rápida olhada para sua filha, que estava comendo cookies da mesa de centro -
- Sim, vou chamar o doutor Connor para acompanhá-la ao seu quarto e começar com os devidos tratamentos. - O rapaz pegou o telefone do balcão, discou alguns números e colocou-o na orelha - Sim. Temos uma nova paciente, Megan. Voce irá acompanhá-la até o quarto 412 e cuidará dela, por enquanto. Não. Será o 412 mesmo. É o único disponível. É O ÚNICO DISPONÍVEL - O recepcionista ergueu o tom de voz quase gritando assustando Samantha e Megan, que a esta altura já não estava entendendo mais nada. - Agradeço a compreensão. Obrigado. - Ele desligou o telefone e olhou para Samantha - Você pode ir embora ou esperar com a sua filha. - Ele forçou um sorriso assustador -
- Não obrigada, eu já vou indo. Tenho negócios a resolver - Samantha deu o melhor sorriso que podia e se dirigiu a garotinha que estava sentada no sofá branco de couro, a qual uma vez, foi a sua amada filha. -
- Por favor, não me deixe aqui mãe - Megan se esforçou para fazer a mãe sentir pena de si -
- Eu só vim me despedir. - A voz da mulher era seca, fria. - Você vai morar aqui até se curar. Eu tentei, eu juro que tentei... - Sua voz começava a fraquejar, se continuasse, acabaria chorando. - Enfim, eu volto em alguns anos e seremos uma familia feliz de novo! - Samantha forçou um sorriso e deu um rápido abraço em Megan, que aproveitou cada segundo como se fosse o último. - Adeus, Megan. - A garota via sua mãe saindo pela mesma porta que entraram e seguindo direto para o carro, sem dar ao menos, uma última olhada para trás. -
- Tudo bem pequena? - Um homem loiro, de olhos verdes e claros, com um tom de voz firme e sedutor chamou a atenção de Megan, que olhou para os lados. Não havia ninguém ali, ninguém além dela. -
- Está falando comigo, senhor? - Ela ergueu os olhos analisando o homem. Era muito bonito, parecia não ter mais de 22 anos. Mas... De onde ele tinha surgido? E porque raios estava chamando-a de pequena? -
- Senhor? - O homem riu - Sim, estou falando com você. Deixe-me me apresentar a senhorita - Ele sorriu docemente e se curvou - Meu nome é Adryan Connor e serei seu... - Ele hesitou - hmm... Acompanhante - Sorriu novamente - Sua vez - Apontou para Megan -
P.O.V's Megan (Point Of View's Megan)
- Minha vez? - Fiquei um pouco confusa, também, não é para menos. -
- Sua vez de se apresentar - Ele se sentou ao meu lado -- Ah, sim - Dei um sorriso desajeitado - Meu nome é Megan. Tenho 16 anos e não sei o que estou fazendo aqui. Mas, aparentemente, vou morar neste lugar a partir de agora - Falar isso me fez estremecer, o que tem neste lugar de tão ruim? -
- 16 anos? Uau, imaginei que você tivesse uns 14 - A surpresa dele era genuína, dava pra ver no seu rosto - Bem, vamos, vou ter mostrar o seu quarto. - Ele levantou e sorriu me estendendo a mão. Ele está pensando que eu sou um bebê ou o que? -
- Tudo bem. - Disse meio fria e me levantei. Não peguei na mão dele e nem olhei para seu rosto. Ele entendeu e continuou andando -
- Eu garanto que vai gostar daqui. Bem... - Connor coçou a cabeça e riu - Pelo menos, eu farei sua estadia ser a melhor possível! - Era Incrível o jeito fofo que ele agia, mesmo num cenário tão apavorante. -
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The Madhouse (O Hospício)
Mistério / SuspenseMegan Whells, uma garota doce e inocente, está sendo internada pela sua própria mãe em um hospício longe de sua casa. "Por que? Por que mamãe? Eu fiz algo de errado? Eu juro que vou fazer todos os deveres! Por favor, me tire daqui!" O que terá acon...