Capítulo 35 - Mudanças

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Com toda a confusão, foquei nos homens de Caleb que pareciam decididos a trocar fogo conosco. Os bandidos abriram fogo quase que imediatamente, nos forçando a não ir atrás de Caleb, que se esgueirou mata à dentro.

Haviam 5 homens atirando contra nós e Henry que havia tentado fugir. O mesmo foi pego pela polícia da cidade e preso, a viatura achou melhor levar ele direto para a delegacia. Mas os policiais ficaram para apoiar na troca de tiros.
Eu acertei um dos caras no ombro, com um tiro de raspão, mas foi o suficiente para ele parar de atirar. Ouvi um de meus amigos gritar pois foi atingido e logo após dois tiros e alguém dizendo "inimigo abatido, inimigo abatido!"

Com isso, os últimos 3 bandidos foram detidos pelos policiais da cidade.

Meus homens foram para a mata procurar Caleb, mas, sem sucesso.

No dia seguinte...

De manhã, logo cedo, os policiais foram até o sanatório Willians. Resgatamos todos os 412, quer dizer, 411, por que um deles estava morto e seu corpo estava sendo vendido. Resgatamos todos os pacientes e os encaminhamos para um hospital especializado para fazer exames e nos informar da real condição de cada um. A maioria acabou adquirindo mais doenças mentais, mas para isso foi preciso apenas de uma terapeuta. Os jovens foram mandados para casa e os que realmente precisavam de cuidados extras, foram encaminhados para outro sanatório.

Já os funcionários do local, foram presos temporariamente e passarão por interrogatório. Menos Adryana Connor, que cooperou com a polícia e apenas passará por interrogatório.

Henry Willians foi preso e será julgado por seus crimes. Caleb Mohamed não foi encontrado.

POV'S Megan Whells (Ponto de vista Megan Whells)

Me transferiram para outro hospício. Com toda essa confusão, me separaram de Beakhyun e de Cistine. Acabei parando em uma sala de recepção com um cara que aparentava não dormir há dias me perguntando se sabia o número de minha mãe, ou se o que estava na ficha estava correto.

O homem que se identificou como Josh, ligou para minha mãe e eu ouvi a conversa.

- Alô? Samantha Whells? - Josh perguntou -

- Sim, é ela mesma. Quem é? - minha mãe respondeu do outro lado da linha, o volume do telefone estava alto e dava pra ouvir claramente -

- Sou Josh Vaper, recepcionista da instituição psiquiátrica Campbell Valley. Estou ligando pois sua filha, Megan, está em nossas mãos agora. Os policiais já devem ter avisado a senhora... - Josh era muito pálido, parecia um vampiro. Ele tinha cabelos castanhos e olhos fundos da mesma cor. Um marrom tão escuro que parecia preto -

- Ah sim, me ligaram e pediram para comparecer a delegacia mas não explicaram nada. A Megan está bem? Posso ir aí? - Minha mãe parecia preocupada. Triste, mas preocupada -

- Sim, sim. Aproveite e traga alguns documentos, vou lhe informar o que precisa - o moreno sorriu fraco -

Eles continuaram conversando por algum tempo, até que desligaram. Minha mãe viria me ver. Depois de meses sendo torturada, vendo meus amigos sofrerem, ela finalmente vai vim ver como estou. Achei que já nem se importava mais. Mas eu estava feliz, muito feliz. Não tenho mais meus amigos, mas, pelo menos verei minha mãe. Não estou completamente sozinha.

Olhei para Josh e o mesmo suspirava de cansaço, indo ligar para os pais de outros pacientes que foram transferidos, como eu. O que eu achei mais engraçado é que mesmo eu reconhecendo todos eles do hospício, eu nunca havia falado com a maioria. Como não tinha mais nada para fazer enquanto minha mãe não chegava, resolvi conversar com alguém.

Olhei para o sofá do meu lado e vi uma garota que parecia Cistine. Ela tinha os mesmos olhos verdes e o cabelo preto, mas o dela, era curto. E o verde de seus olhos, parecia mais intenso. Me sentei ao lado dela e sorri.

- Oi! Eu sou a Megan, qual seu nome?

- Bella. Isabella. - ela respondeu e ergueu sua cabeça baixa, tentando retribuir o sorriso -

- Você tá bem? Parece meio... Cansada? - a garota realmente estava pálida e reparando bem, sua pele estava cheia de manchas -

- Estou sim. É que... Você também é de lá, né? Sabe o que acontecia... Isso me afetou muito... Tirou minha vontade de sorrir e minha energia... Desculpe... - Isabella voltou a olhar pra baixo -

- Ei! Não se preocupa, tá? Tenho certeza de que tudo vai melhorar daqui pra frente. O importante é que você ainda está aqui, apesar de tudo. Eu posso tentar te ajudar, se quiser - sorri e peguei levemente na sua mão, e ela apertou -

- Sim. Seria bom ter uma amiga. - seu sorriso melhorou um pouco dessa vez, mas ainda parecia um pouco morto. - Eu via você com aquela garota e o Beak. Sempre quis me juntar, mas Cistine não gostava de mim...

- Por que não? - indaguei curiosa -

- Eu era muito amiga da Kimberly. Acho que ela tinha ciúmes. Bem, não importa mais, agora Cistine está muito, muito longe...

- Você sabe onde ela e o Beak estão?

- Me falaram que os outros estão em sanatórios diferentes, espalhados por todo o estado. Eles são bem afastados uns dos outros então... Mas Cistine foi pra casa. Ou, pra algum lado adotivo, sei lá.

Quando ia responder, ouvi um barulho de carro e logo em seguida uma mulher entrou como louca na sala de recepção. Era minha mãe.

- Megan! - a mais velha correu pra me abraçar e eu fiz o mesmo - Você tá bem? Tá tudo bem? - ela me apertou tanto que fiquei com dificuldade de respirar -

- Eu tô bem sim, mãe. Agora eu estou. - sorri pra ela -

- Ah que bom, você não sabe a saudade que eu estava! Me desculpa filha, por ter te colocado naquele lugar horrível... Se eu soubesse, nunca teria feito isso com você... - Mamãe começou a olhar pra baixo nervosa e tentou esconder suas lágrimas, mas sem sucesso -

- Calma, tá tudo bem agora. Mas... É verdade? - perguntei baixinho -

- O que é verdade? - ela me fitou preocupada -

Peguei na sua mão e a puxei para o lado de fora para termos mais privacidade.

- É verdade que você me internou por que eu matei meu pai? - encarei ela que abriu a boca chocada com o que acabei de dizer -

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⏰ Última atualização: Mar 09, 2022 ⏰

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