Capítulo 48. Intervenção?!

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Agosto, 2003

Eu estava chocado que Melanie, mesmo com toda a minha intimidação para ela ter medo de terminar comigo, tinha tido a coragem de fazer isso. Eu não sabia a que ponto as palavras de Max para ela tinham feito ela tomar coragem para isso, mas o mínimo que fosse, isso me deixou irritado do mesmo jeito. Eu queria gritar, queria impôr a minha vontade, queria esbravejar de que ela não ia terminar comigo porra nenhuma. Eu queria agarrá-la com força, apertar o seu rosto, a puxar pelo seu cabelo e sair dali esbravejando de que nós não íamos terminar, que ela era minha e seria sempre minha, mas eu não ia piorar tudo fazendo isso na frente do Max, eu o conhecia muito bem para saber que ele a defenderia, como fez tantas outras vezes. Mesmo sentindo o meu sangue ainda ferver, eu precisei de todo o meu autocontrole e do meu "teatrinho", mais uma vez.

Eu soltei Max e avancei para ela que recuou alguns passos com o braço estendido e um olhar ainda assustado, provavelmente achando que eu agiria de modo agressivo, mas eu precisava fazer o contrário disso para que ela mudasse de ideia.

— Não, não, não! – disse, a alcançando e caí de joelhos, a abraçando rapidamente pelo quadril. – Por favor, não!

Melanie segurou os meus braços, tentando me soltar dela, mas eu me prendi mais, segurando os meus próprios braços.

— Phillip, me solta! – pediu e eu comecei a chorar agarrado a ela. – Acabou!

— Não! Não faz isso! Eu te imploro! Me desculpa, me desculpa! Me perdoa, por favor!

— Eu sempre te perdoo e você não muda, Phillip! Pelo contrário, você está cada vez pior!

— Eu vou mudar! Eu mudo! Eu faço qualquer coisa por você, Mel! Por favor, não me deixa! Não termina comigo! – implorei e a olhei, chorando. – Eu não consigo viver sem você, por favor!

— Phillip, me solta... – pediu, puxando os meus braços e eu a soltei, me levantando.

— O que você quer que eu faça? Eu faço qualquer coisa! Quer que eu peça desculpas ao Max? Eu peço! – Eu me virei e olhei para Max que ainda estava sentado e olhava para mim, atônito. Eu podia imaginar o que se passava na cabeça dele, afinal ele nunca tinha me visto agir dessa maneira. Nem ele e nem ninguém. – Max, me desculpa. Eu não deveria duvidar do meu melhor amigo. É claro que você não é a fim dela, você nunca faria isso comigo. Me desculpa por ter te agredido, me perdoa.

Max parecia não saber bem o que dizer, ou como agir. Ele apenas me olhava como se não me reconhecesse.

— Está... Está tudo bem, Phillip.

Eu me virei novamente para Melanie, sorrindo e chorando.

— Viu só? Ele está bem. Está tudo bem. Isso não vai mais acontecer. Eu juro! Não termina comigo! Eu te amo, não faz isso! – pedi, segurando delicadamente o rosto dela e dei um beijo suave em seus lábios.

Melanie recuou, dando um passo para trás.

— Não está dando mais, Phillip...

— Não, Mel! – Eu exagerei mais ainda na dramatização e me ajoelhei de novo, chorando mais ainda e juntando as mãos. – Por favor! Eu te imploro! Eu vou mudar! Eu vou voltar a ser como eu era antes. Eu vou te tratar bem. Eu te amo demais, eu não sei viver sem você, Melanie!

— Eu não...

— Mel, por favor! Eu te suplico!

Ela deu um suspiro longo e disse:

— Eu preciso pensar um pouco, Phillip.

— Pensar? Pensar em quê? Não precisa pensar, eu estou dizendo que eu vou mudar! De verdade! Eu faço qualquer coisa, Mel! – supliquei, a olhando do mesmo modo. – Eu não posso te perder, você é a minha vida, sem você ela não faz sentido algum!

Obsessão: A História de Phillip Thompson - Vol.1Onde histórias criam vida. Descubra agora