Capítulo 8. Eu Quero a Melanie Para Mim

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Maio, 2001

Eu acordei na manhã de sábado com meu celular tocando. Abri um olho, estiquei o braço alcançando o meu celular na mesinha de cabeceira da cama e o peguei abrindo com o polegar, olhei para o visor e o nome de Max estava na tela e atendi ainda sonolento.

— Oi, Max – disse com voz rouca de sono e bocejei.

Acordou agora? – Ele perguntou.

— Foi... O que foi?

Ele acordou agora – disse, falando com outra pessoa. – Phillip, nós já estamos indo para à praia.

— Fala para ele se arrumar rápido. ­— Ouvi a voz do Steve ao fundo. – Ele tem dez minutos.

Steve está falando para...

— Eu ouvi – interrompi me erguendo e sentando na cama. – Fala para ele ir sem mim. Eu vou no meu carro.

Phillip, dá tempo.

Não, eu vou demorar. Vão indo na frente.

Certo... Ele disse para irmos na frente, ele vai com o carro dele... – a chamada foi encerrada e fechei o celular, colocando de volta em cima da mesa de cabeceira.

Olhei para o rádio relógio afim de ver as horas.

— Nove da manhã – disse com voz sonolenta e bocejei mais uma vez, esfregando as mãos no rosto e os olhos. Me espreguicei demoradamente e saí da cama indo para o banheiro.

~~O~~

Depois de lavar o rosto e fazer a minha higiene e necessidades matinais, eu coloquei uma roupa de praia. Bermuda azul e camisa regata branca. Calcei meus chinelos, peguei minha carteira, as chaves do carro e de casa, o celular e desci.

Meus pais estavam tomando café da manhã, meu pai estava lendo o jornal e minha mãe estava arrumada.

— Bom dia! – falei me aproximando e os dois me olharam.

— Bom dia, filho! – disse meu pai, baixando o jornal.

— Bom dia, príncipe. Você dormiu bem? – perguntou minha mãe sorrindo enquanto eu puxei a cadeira e me sentei.

— Dormi, sim, ainda estaria dormindo se Max não tivesse me ligado – respondi, esticando o braço e pegando o bule com café.

— Vão à praia? – perguntou e eu assenti colocando café na minha xícara.

— Steve ia passar aqui para me pegar, mas eu tinha acabado de acordar e falei para eles irem na frente. Eu vou com o meu carro – respondi e olhei para meu pai. – Tudo bem?

— Phillip, o carro é seu, não precisa da minha autorização para ir à praia com ele.

— Mas você sempre me falou de não deixar o carro exposto ao sol e ao salitre, ou sujar tudo de areia – falei, pegando o leite e pondo na xícara, misturando com o café.

— Disse isso para você não fazer isso com frequência. E é só ter cuidado com o carro... Procurar uma vaga com sombra, lavar o carro depois para tirar o salitro e a areia.

— Ele sabe disso, Richard. – Minha mãe argumentou.

— É, eu sei. Eu tenho cuidado com meu carro – disse e tomei um gole do café e pegando uma fatia de pão ao mesmo tempo.

— Eu sei que tem. – Meu pai disse levantando novamente o jornal.

— Você vai demorar muito na praia? – Minha mãe perguntou e eu franzi o cenho olhando para ela e passando manteiga no pão.

Obsessão: A História de Phillip Thompson - Vol.1Onde histórias criam vida. Descubra agora