Capítulo 25: A Terra

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I had to let it happen.
(Eu tive que deixar acontecer)
Don't Cry For Me Argentina - Madonna

Eu estava na proa observando o mar como sempre fazia para tentar me acalmar, quando senti uma espada em minhas costas.

- Você está presa! Não tem para onde fugir!

Me virei rindo e dando um sorriso malicioso para Pierre.

- Você me pegou! Sou toda sua agora! O que vai fazer comigo?

Ele abaixou a espada e puxou minha cintura para me beijar.

- Isso! - ele disse sorrindo quando afastamos nossos lábios - Feliz três meses, minha sereia! - disse me dando mais um beijo.

- Você sabe que o que importa são os anos de casados, não é mesmo? Ninguém liga para os meses!

- Bom, eu ligo!

Nós dois rimos.

- Feliz três meses de casado! - eu disse puxando o cordão do seu pescoço e o beijando novamente.

Depois que nos casamos, fiz uma surpresa para Pierre, e, em vez de colocar a bala que tinha tirado dele na noite de nosso casamento em meu cordão, fiz um cordão idêntico ao meu com ela, e aqueles cordões passaram a funcionar como uma espécie de aliança para nós...

- No que você estava pensando?

Dei de ombros suspirando.

- No que eu sempre penso...

- Em mim? - ele perguntou zombando.

Empurrei ele de brincadeira.

- Só nos seus sonhos!

Eu ri mas logo tornei a ficar séria.

- Sabe, acho que meu pai tinha razão... Essa maldita terra já deve ter sido descoberta! Já fazem três meses e nada! Eu nunca vou achá-la!

Ele abriu um sorriso orgulhoso.

- Bom... Aí é que você se engana, porque seu marido preparou a melhor surpresa de três meses de casados que já existiu!

- Do que você está falando?

Ele chamou Simón e esse veio com o telescópio nas mãos que me estendeu dizendo:
- Veja por si mesma, capitã!

Olhei com o telescópio para a direção que eles apontavam e vi!

Terra a vista! Uma ilha com a mata intacta, isso normalmente significava apenas uma coisa... Terra que ainda não havia sido descoberta!

- Ai, meu Deus! Como? Quando? - eu perguntei literalmente pulando de entusiasmo, com um sorriso de orelha a orelha e agitando minhas mãos que tremiam de ansiedade com energia.

- Ontem à noite. Pedi para guardarem segredo... - Pierre respondeu rindo e eu me joguei no seu pescoço o enchendo de beijos.

- Obrigada! Obrigada! Obrigada!

Quando a euforia passou, eu perguntei já mais cautelosa:
- Mas... Como podemos ter certeza que que não é mais uma das 500 terras que achamos que era a terra de minha avó mas não eram?

- Porque eu pesquisei em todos os mapas do navio, e aquela belezinha definitivamente não está em nenhum deles! Ela não foi descoberta!

- É ela!

- É ela.

- É ela

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Coração NaufragadoOnde histórias criam vida. Descubra agora