Capítulo XVII

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Tamara abriu os olhos e gemeu sentindo uma leve dor de cabeça. Olhou ao redor e imagens da noite passada passaram em sua cabeça como um filme.
– Ohhh! – gemeu passando a mão no rosto e olhou Steve dormindo tranquilo ao seu lado.

A noite havia sido quente para eles, muito quente. Ela nunca achou que faria metade das coisas que fez noite passada com ele. Tentando fazer o mínimo de barulho possível, Tammy levantou da cama e se vestiu, estava morrendo de vergonha, não queria vê-lo e encarar seus olhos azuis tão intensos agora.

Saiu descalça mesmo e correu de volta pra sua cabine. Um funcionário do navio até lhe perguntou se estava tudo bem, mas ela disse que estava apenas atrasada. Hoje seria a última parada antes de voltar para Miami, eles atracariam nas Bahamas.

Entrou em sua cabine e bateu a porta encostando-se a ela e soltando uma respiração longa e profunda.

Mallu olhava para a amiga sem entender porque ela havia entrado desse jeito e tinha aquela cara assustada.
– Tudo bem? – perguntou se aproximando e Tamara gemeu se jogando na cama de bruços e escondendo o rosto no travesseiro.

Achou mais estranho ainda e sentou ao seu lado alisando suas costas.
– Tammy o que foi? Aconteceu alguma coisa?
– Aconteceu. – a garota respondeu com a voz abafada pelo travesseiro, mas virou de barriga para cima e encarou o teto. – Eu sou uma depravada.
– Que? – Mallu arqueou as sobrancelhas cada vez entendendo menos. – Não da pra você ser mais clara.
– Noite passada, eu dormi na cabine do Steve... – ela escondeu o rosto nas mãos, ainda estava com vergonha ao se lembrar dos momentos intensos.
– E? – Mallu a incentivou a continuar.
– E nós estávamos tomando vinho e eu bebi além da conta, não fiquei bêbada, mas um pouquinho alterada.

Mallu travou os lábios tentando não rir, já imaginando o desfecho.
– Não ria Maria Luísa! É sério!
– Desculpa amiga! – pediu já gargalhando e Tammy levantou com raiva.
– Não vou falar mais nada! Você fica rindo, o assunto é sério!
– Tá bom. – a morena de cabelos cacheados inspirou fundo tentando controlar a vontade de rir. – Desculpa, não vou rir mais.

Tamara a olhou e voltou para a cama sentando de pernas cruzadas.
– Mas por que você está assim?
– Digamos que eu tenha passado um pouquinho da conta. – Tammy fez aquele gesto com os dedos quando se quer expressar o diminutivo de alguma coisa.
– Na bebida? Isso é normal, todo mundo exagera de vez em quando.
– Não isso, acontece que a bebida me deu coragem para fazer coisas que eu nunca imaginaria fazer com alguém.
– Que coisas? – Mallu ergueu a sobrancelha e sorriu maliciosa.
– Se você rir...
– Para de neura e conta logo.

A verdade é que ela estava tentando encontrar palavras que descrevessem a situação.
– A gente fez de tudo ontem à noite!
– Eita porra! – Mallu soltou rindo. – Como assim "de tudo"?
– Você já entendeu não me faça falar.

Amor e Paixão no CaribeOnde histórias criam vida. Descubra agora