Capítulo XXVII

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O aeroporto estava tranquilo nesse horário, o que era estranho para um dia de sábado. Natasha e Bruce estavam super animados em voltar pra casa, já Steve e Tom só estavam indo viajar porque era preciso, mas seus corações estavam ficando no Brasil.
– Não esquece... – Steve pediu abraçando a noiva. – Me ligue, a hora que precisar.

Tammy assentiu com os olhos marejados. Ela teve tido uma crise ontem à noite e Steve até cogitou cancelar a viagem, mas ela o convenceu a ir e disse que ficaria bem.
– Eu vou ficar bem.
– Se eu pudesse, levaria você comigo. – disse aflito e colando a testa a dela.
– Só mais alguns meses, e no mês que vem eu vou pra lá ficar com você.
– Vou ficar contando os dias.
– E eu as horas.

O casal trocou um beijo apaixonado chamando a atenção de algumas pessoas.

...

– Que destino cruel esse nosso, mal começamos e já estavam nos separando. – Tom sussurrou acariciando o rosto de Lívia.
– Que homem mais dramático esse.
– Dramático não, apaixonado.

O beijo foi romântico, suave e doce como mel.
– Vou esperar você ansiosamente minha menina.

As duas amigas se abraçaram vendo o avião decolar. Tamara tentava se manter forte, mas sem Steve ao seu lado, todos os medos e angústias ameaçavam voltar.
– Tudo bem Tammy? – Lívia perguntou ao notar a amiga estremecer levemente ao seu lado.
– Sim, ta tudo bem, melhor nós irmos.

Lívia assentiu sabendo que ela não estava bem, mas preferiu não comentar nada.

...

Cansada, Anna Laura alongou os músculos enquanto caminhava pelo longo corredor, tinha atendido sua última cliente antes de ir almoçar e se encaminhava para o vestiário, onde pegaria sua bolsa e iria comer.
– E aí Anna, vai pra onde hoje? – Leila, uma das recepcionistas perguntou quando ela entrou.
– Não sei, tem alguma ideia?
– Pensei naquele restaurante da esquina, comentei com a galera e todo mundo topou.
– Beleza, eu encontro vocês lá.
– Ok.

Soltou os cabelos e tirou os sapatos, optando por uma sandália rasteira para descansar os pés. Pegou a bolsa e o celular notando que havia algumas mensagens.

Um pequeno sorriso se formou em seus lábios ao ver quem tinha lhe mandando metade daquelas mensagens, doutor Ben Strange. Leu todas elas e a última era ele perguntando se podia ligar para ela. A verdade é que o charmoso psicólogo estava começando a mexer com ela, eles conversavam frequentemente por telefone, tanto por mensagem quanto por ligação. Ele já a tinha convidado uma vez para sair, mas Anna recusou inventando uma desculpa, nem sabia o porquê fazia isso, já que não era do seu feitio.

Decidiu fazer uma surpresa para ele e ligou em seu celular. Esperava atender enquanto fechava seu armário e saía do vestiário.
– Anna! – Ben parecia surpreso e ela sorriu sentindo coração acelerar.
– Sou eu, olá. – cumprimentou sorrindo.
– Olá, tudo bem com você?
– Tudo bem doutor Strange, e você como está?
– Muito bem, e surpreso com a sua ligação.
– Estou atrapalhando? – perguntou apreensiva.
– Não, de forma alguma.
– Eu vi agora as suas mensagens, estava trabalhando.
– Eu mandei esperando que você me respondesse no seu horário de almoço.
– Bom, eu estou fazendo isso.

Os dois acabaram rindo.
– Mas então, disse que queria falar comigo, sobre o que?
– Queria convidá-la para jantar nesse fim de semana, se você não tiver algum compromisso.

Sentindo o leve tom de ironia, Anna percebeu que ele sabia ou imaginava que ela tinha inventado uma desculpa da primeira vez.
– Pode ser no sábado? Na sexta eu já havia marcado com as meninas. – sugeriu, mas torcendo para ele não poder ir.
– Combinado, no sábado à noite.

Amor e Paixão no CaribeOnde histórias criam vida. Descubra agora