Capitulo 24

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Eu havia acabado de receber uma excelente notícia. Faria parte do comitê organizacional oficial de Orlean e essa era uma promoção e tanto. Ingrid e Cristopher finalmente tinham se acertado e estavam juntos; o mesmo com Mallyn e Logan, que secretamente formavam um casal. A família real da Alemanha havia ido embora e o clima de alegria ainda enchia o Palácio... incrível como, mesmo com tantos motivos para me alegrar, eu continuava chateada. Estava feliz pelo meu emprego, por minhas amigas, pelas alianças de Orlean. Mas não conseguia deixar de pensar no que teria acontecido se tivesse arriscado tudo e aceitado o fato de que estava apaixonada.

Desde a primeira vez que o vi, eu o amei. Só não quis aceitar isso.

Antes, não pensava em construir uma família, mas agora não conseguia deixar de imaginar como teria sido se tivéssemos dado certo. Nossos filhos... Por Sayoran, acho que teria de mudado meus planos. Mesmo que odiasse aceitar isso, eu os teria mudado. Agora nada me impedia de segui-los como tinha planejado. Ótimo.

Planos idiotas...

Nos últimos dias tinha usado muitas das minhas folgas acumuladas para refletir. O próprio rei havia me dito para dar uma pausa, e aproveitei para tentar escrever o máximo que podia. Tinha tido tantas inspirações para novas histórias... uma parte do tempo eu escrevia, e na outra parte ficava chateada. Mas acho que só tempo curaria isso. Logo eu estaria bem.

Peguei a caixinha com os origamis que ele havia feito para mim. O pequeno coração era o meu predileto... vendo de perto, notei que uma das pontas estava solta e a puxei ao notar que havia algo escrito ali, bem escondido.

Gostaria de lhe escrever um poema, mas você é o verso mais lindo que a vida já escreveu.

Abri outro origami, dessa vez a rosa.

O amor é abrigo
Em uma feroz tempestade
O amor é paz
No meio de uma guerra
O amor não é uma luta
Mas vale a pena lutar por ele
Espero que entenda o porquê de eu estar lutando

Sorri ao ler os bilhetes.

Sempre achei que não viveria algo assim nem em meus maiores sonhos... e quando aconteceu, me recusei a acreditar. O amor era realmente impressionante e percebi que tinha muito para aprender sobre ele, mas me esforçaria dali por diante. Quem diria que em menos de duas semanas Sayoran conseguiria meu coração a um ponto de levá-lo embora para China.

Toda aquela história parecia loucura. Mas eu me comprometeria a não esquecê-lo de forma alguma. Se tivesse de ser, nosso amor sobreviveria ao tempo, ao desconhecido, ao medo e até mesmo a mesmo a morte.

Obrigado pelas valiosas lições, Sayoran. Jamais as esquecerei.

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