V - RECONCILIAÇÃO E UMA PITADA DE SAUDADE

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No dia seguinte, logo que acordei, já fui direto tomar um banho e desci para tomar café da manhã, mas antes, chamei Kennedy para que ele não comece sozinho.

Minha mãe havia saído para o mercado juntamente com minha avó. Ela deixou um bilhete na geladeira avisando. Disse que isso seria bom para tentar distrai-la um pouco, pois ela ainda estava muito triste com a morte de meu avô, o que era completamente compreensível.

Como minha mãe havia saído e eu não estava muito afim de fazer uma coisa mais elaborada para comer, perguntei se Kennedy se importava de comer apenas cereais; ele, obviamente não se incomodou.

Assim que terminamos, tentei ligar para Lucas para contar-lhe sobre os planos de Sofia e tentarmos encontrar o melhor jeito de detê-la e acabar com a tentativa maluca de dar continuidade ao que Kaila havia começado.

Infelizmente não era muito fácil falar com alguém que trabalhava em uma agência secreta, mas foi então que tive uma ideia.

- E então, conseguiu falar com o seu primo? – Kennedy perguntou ao me ver desligar o telefone.

- Não. É como se o número não existisse!

- E como vamos falar com ele? – Ele perguntou com um leve tom de urgência.

- Calma. Eu tenho uma ideia, mas preciso de um lugar calmo para me concentrar. Vamos ao riacho.

- Caramba você gosta mesmo desse lugar, não é?

- Vem logo!

Peguei no braço de Kennedy e nos teletransportei.

- Eu nunca vou me acostumar com isso. – Disse Kennedy meio tonto, assim que aparecemos no riacho.

- Uma hora você se acostuma. Agora faça silêncio que vou tentar entrar em contato telepático com meu primo.

Kennedy apenas assentiu.

Eu me sentei nas pedras próximas à margem e comecei a me concentrar. Tentei me conectar com todos os elementos buscando de alguma forma me conectar com a energia do meu primo. Isso de comunicação telepática normalmente não demorava muito, mas eu sempre tinha uma ideia de onde a pessoa com quem eu queria me comunicar poderia estar, então eu só tinha que me concentrar na pessoa e no lugar onde ela possivelmente estaria, mas com Lucas isso era diferente, eu não fazia a mínima ideia de onde ele poderia estar naquele momento.

Já que eu não havia conseguido contato pelo telefone, eu deduzi que ele não poderia estar na sua casa na capital, então pulei para a parte mais difícil.

Depois de muita concentração, finalmente consegui estabelecer contato com ele. Ele estava nos EUA, em uma reunião da AIBTEL com a ONU.

Como de costume, ele se assustou ao ouvir minha voz na cabeça dele, mas logo se acostumou.

- Olá, primo. – Disse Lucas em seus pensamentos. – Como vão as coisas?

- Bem, por enquanto. Tenho um assunto sério para falar com você.

- Pelo jeito você já está sabendo da volta da sua amiguinha, a "Cotia". – Brincou Lucas, rindo mentalmente.

- Deixa de graça, Lucas! O problema é sério!

- Foi mal. Mas fica calmo, a AIBTEL e a ONU já estão trabalhando para pensar em alguma coisa. Ela não vai nos pegar despreparados como no pré-ataque de Kaila. – Lucas pareceu determinado.

- E você acha que ela também terá o apoio de outros Elementais, como no ataque que Kaila organizou? – Perguntei preocupado.

- Ainda é cedo para dizer, mas acreditamos que sim, ela terá o apoio de pelo menos um pequeno grupo de Elementais. Sofia já se mostrou ser bem persuasiva quando quer.

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