Prometida do Supremo

Capítulo 41

Lilian White

- Lilian... -  Escuto alguém me chamando, os sussurros se tornando mais audíveis e meus sentidos voltando ao normal - Lilian? Giovanni, acho que ela está acordando! - Forço-me a abrir meus olhos. 

As sensações estavam voltando aos poucos, sendo assim eu começava a sentir a queimação em minhas mãos e pés. Minha cabeça latejava assim como minha perna ferida que ainda não se curou totalmente, mas o processo de cura estava acontecendo.

Levanto do chão e me sento, coloco minha mão na minha cabeça tentando estabilizar a dor de alguma forma, sangue seco estava em minhas mãos, assim como em minhas roupas e em uma ferida em minha cabeça.

Estou acorrentada, minhas mãos e pés machucados e presos a uma parede da caverna em que estávamos.

- Você está bem Lilian? - Giovanni pergunta. Olho para ele e as meninas, acorrentados da mesma maneira que eu... Feridos, sujos, principalmente Giovanni... Mas aparentemente, estão assustados.

- Onde estamos? - Pergunto mas Emily faz sinal de silêncio para mim e sussurra

- Fale baixo pelo amor da Lua! Se ele ainda estiver aqui, poderá nos ouvir. - Declara

- Ele quem?

- O lobo que nos atacou! Nos prendeu aqui. - Amy fala - Depois que você desmaiou, nós lutamos contra ele mas ele nos derrotou e nos trouxe aqui.

- E cadê ele? - Pergunto com medo - Minha Lua, mas essa agora!

- Lilian... - Emily me chama atenção - Ele estava aqui até agora, nos interrogando... Ele iria nos torturar para falar  e ele divagava e tinha ataques de raiva... Não sei quanto tempo estamos aqui! Você ficou desacordada por bastante tempo. Ele bateu no Giovanni em um dos ataques dele.

- Minha Lua. Você está bem?

- Estou bem, não se preocupe. Como está sua perna?

- Bem, o processo de cura está bem lento. - Digo, minhas mãos foram automaticamente para meu pescoço em  busca do meu colar mas ele não estava mas aqui. - Meu colar.... Onde está meu colar? - o desespero me pega desprevenida.

- Ele levou... - Amy diz - A última coisa que lembro na floresta é um homem se aproximando de você e pegando o colar.

- Por que ele iria querer meu colar?

A resposta seria logo respondida, pois um barulho estridente alcançou meus ouvidos. Logo, apareceu um homem mais velho, que estaria em seus melhores dias, se não fosse o seu estado. Cabelos longos e sujos, roupas sujas e escuras como de um andarilho sem rumo. Seu porte era grande, vistoso, mesmo nestas condições, era um homem bonito, porém o que me chama atenção são os seus olhos azuis... Intensos.

Ao notar que eu estava acordada, seu semblante se tornou furioso. Transmitia dor, sofrimento, ira.

Jogou as coisas que segurava no chão e caminhou até mim. A cada passo que dava em minha direção, eu me recolhia em meu canto. Quanto estava a um passo de mim, ele se agacha e puxa as minhas correntes com força, me fazendo encarar seu rosto.

Os suspiros dos outros eram audíveis, temerosos por dizer alguma palavra e machucar algum de nós.

O homem misterioso tira de seu bolso a corrente que carregava meu colar.

- Onde conseguiu isto? - Sua voz profunda pergunta, sentimentos não ditos se manisfestavam - Onde conseguiu este colar? - Perguntava mas a minha  voz não saia - ONDE? - Gritou. O pavor estava me tomando. - ONDE CONSEGUIU ESTE COLAR? ME FALE OU - Ele,  repentinamente, agarra meu pescoço.