Lydia Lynch
- Vamos negociar? - Com faca de prata em meu pescoço, o pânico me toma completamente.
- Seu desgraçado doente! - Vincent diz e tenta avançar mas Marlon apertou a faca em meu pescoço e eu levantei minha mão em sinal de pare, em desespero. Não queria que ninguém se machucasse.
Ingenuidade a minha.
- Chega mais perto cunhadinho que ela morre! - eu consigo sentir sua respiração em meu ouvido, e arrepios de temor percorrem em mim. Estava prestes a desabar, a chorar... - Claro que tentarei ao máximo evitar sua morte, porém.... Se eu precisar cortar este seu lindo pescoço...
- Seu louco - sussurro - mesmo eu sendo sua companheira... você... conviveria com isto?
- Claro... Eu ficaria louco por nossa ligação, mas.... amaria ver a cara de dor e sofrimento de seu irmão mais uma vez! - declara com a voz mais profunda e divertida - Assim como fiz com sua mãe.... Sua morte seria....
- CHEGA!- Grito tentando me soltar e ele me agarra mais forte. Os sons da briga lá fora se tornam mais fortes. O desespero me toma e em um lapso, eu dou uma cotovelada em seu estômago. Marlon se distancia um pouco de mim o suficiente para Vincent entrar em ação.
Eu caio no chão em um baque, apenas ouvindo os esforços da luta que acontecia atrás de mim. Meu irmão empurrava Marlon com força que tentava esfaqueá-lo.
- Você acha que isso acabou? - Marlon pergunta ao se desvencilhar de Vincent e apontando a faca em sua direção.
- Nem tudo é sobre você, Marlon. Esta guerra sem sentido vai acabar... Vai acabar agora!
- Só irá acabar quando eu quiser. Quando eu conquistar o que eu quiser... Já está está encaminhado, isto que aconteceu... Não é a guerra principal.
- Como? Desgraçado... Eu te mato aqui e... - Ao se aproximar, Marlon mostra um celular com um sorriso cínico no rosto.
- Não, não.. não! Cunhadinho! Você não vai querer me matar quando eu sei qual a localização da sua sogrinha.
- Ah não - sussurro.
- Com um telefonema, eu posso te dizer onde está.
- Eu não estou negociando aqui, Marlon! Diga, aonde ela está!
- AHH, vai me dizer que tudo isto não é um negócio? Que tudo que estamos fazendo não é para benefício próprio?
Sua pergunta ficou sem resposta. A respiração nervosa de meu irmão indicava que iria avançar, no entanto, os baralhos lá embaixo cessaram. Nada. Ensurdecedor.
O medo do pior estava crescendo.
- VINCENT! - Alguém gritou - VINCENT! - O momento passou rápido, Marlon aproveitou o grito e socou Vincent e o esfaqueou em seu peito, fazendo-o cambalear para trás. Assim, Marlon se jogou pela janela, quebrando-a. Fugindo, mais uma vez.
- AAAHHH! - Grita Vincent.
- Minha Lua! - sussurro cansada. Quando isso ia terminar, escuto o uivo de Marlon ao longe e sinto meu coração errar uma batida.
- Lydia. Minha irmã - Vincent se aproxima de mim, me verificando com cuidado. Ele retira a faca em seu peito e segura meus braços para me manter em pé. O acônito ainda tinha efeito sobre meu sangue e eu ainda estava fraca. - Vai ficar tudo bem, vamos para casa.
- Por que tem que ser assim? - Me cansava de fazer tais perguntas. Mas era inevitável, eu queria chorar e arrancar esta dor em meu peito.
- Calma, vem aqui. Me deixe leva-la. - Vincent me tira de meus pensamentos e me pega no colo. Assim, apenas me aconchego em seus braços. Com o pequeno conforto que meu irmão proporcionava naquele abraço, a fraqueza me tomou e fechei meus olhos.
Eu deveria descansar, não é? Meu corpo clama por um descanso. Um cochilo não é demais, né?
- Não durma ainda, Lydia.... Por favor - Vincent pede, mas não dei atenção. Eu ouvi passos apressados em nossa direção, mas não consegui a olhar.
- Minha Lua! Ela está bem? - Uma voz conhecida. Mark? - Vincent...
- Aquele desgraçado fugiu de novo. Ele me acertou com a faca
- Ela...
- Ela desmaiou. Ele a feriu, Mark. Iria mata-la sem dó, nem piedade. Como ele pode fazer isso com sua companheira? - Vincent se questionava. - Eu tenho medo que ele tenha
- Não pense. Ela irá ficar bem, não digo agora, mas.... Ela vai ficar bem.
- Que a Lua te escute.
- Vamos para um lugar seguro, Vincent. Vem, ela precisa de ajuda. - Sinto o Vincent andar.
É como os relatos que já ouvi sobre paralisia do sono. Eu estou consciente, eu escutava tudo o que diziam durante o trajeto, porém não tenho reação. Me sinto impotente, sufocada, pressionada...
Queria cair em um sono profundo.
e não acordar.
Ela sofreu né? Agora ela vai ser feliz...
Estamos na reta final.
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Beijos da Barbara.
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Prometida do Supremo
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