XVI

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Espero que gostem, qualquer erro me avisem... Me desculpem pela demora, eu precisava ter um tempo para pensar e colocar a cabeça no lugar.. Meu surto interno passou... Prometo posta mais capítulo em breve...

Boa leitura....

Depois do desabafo, Louis precisou conter a raiva ao lembrar-se da promessa feita para Zayn e tentou um plano de sedução fadado ao fracasso.

ㅡ Você virá ao meu quarto amanhã, antes da aula de natação?

ㅡ Suponho que seja melhor arrumar outro professor. Tenho negligenciado meus deveres para passar algum tempo a seu lado.

Bem, o importante era mantê-lo longe do lago. ㅡ Como queira. - ele se virou rumo à porta.

Harry o alcançou e segurou-o pelo ombro nas sombras entre um arco e a parede. Eles ficaram em silêncio por alguns segundos.

ㅡ Precisa de alguma coisa? - Louis perguntou cínico. Harry o virou de frente para ele, com expressão inescrutável.

ㅡ Não escutei um pedido de permissão para se retirar.

ㅡ Não acredito nisso. - desafiou Louis com as mãos fechadas em punho. ㅡ Não sou membro de seu clã e sim seu prisioneiro. Não devo nenhum tipo de cortesia.

ㅡ Primeiro o ouvi falar de amor, depois que não sou merecedor de seu respeito. Pode esclarecer o que pretende?

ㅡ Eu disse apenas que o amaria se quisesse. Nesse campo você não pode ditar regras. Só uma pessoa estúpida se apaixonaria por um homem que vê como desperdício de tempo cada momento passado em sua companhia.

ㅡ Eu não pretendia magoá-lo.

ㅡ Não afirmei que tenha ficado magoado. Aliás, é muita pretensão sua afirmar isso.

ㅡ Pode ser... Talvez o fato de os seus lábios tremerem quando tenta não chorar, ou mesmo quando se recusa a ouvir algumas verdades desagradáveis, sejam apenas mera impressão.

ㅡ Suas constatações não são nada que eu já não soubesse. Não se preocupe. Se meus lábios tremem é provável que eu queira beijá-lo novamente. Aparentemente o desejo não tem limites, mesmo para um homem inteligente.

ㅡ Talvez eu deva beijá-lo novamente.

ㅡ Será que vale a pena perder tempo?

Um beijo ardoroso selou a discussão. Harry forçou a língua por entre os lábios dele e assumiu controle do interior da boca como um invasor.
As mãos dele estavam em toda parte, tocando-o nas intimidades mais improváveis através da roupa.

Louis não protestou, ao contrário, exigiu mais, arqueando o corpo de encontro às carícias enlouquecedoras. Ele foi erguido e encostado na parede de pedra, mas não sentiu frio.  Sua pele queimava.

Harry pressionou-o com seu corpo grande e musculoso, roçando o membro endurecido em sua nádegas. Ele estremeceu de prazer e retornou a pressão, procurando um alívio para a desconhecida agonia que o inundava.

As mãos quentes de Harry acariciavam as coxas roliças  e indo para suas nádegas. Foram as sensações arrebatadoras que o incentivaram a   abraçá-lo com as pernas, da mesma forma como já havia feito. Ao sentir a força do desejo másculo, moveu os quadris, roçando o membro rígido sob a manta, sentindo flechadas de prazer a cada movimento. Harry se encostou mais, aumentando o deleite de Louis para além do que ele imaginava suportar. Então, de repente, ele se afastou.

ㅡ O que houve?

ㅡ Não estamos mais sozinhos. - ele sussurrou, desvencilhando-se das pernas de Louis e colocando-o no chão.

Louis ficou em pé, oscilando diante dele. Foram precisos alguns segundos para que as palavras dele começassem a fazer sentido.

Vozes de um grupo de soldados, reunindo-se perto da lareira, interromperam a intimidade dos dois. Pelos comentários, era óbvio que esperavam que Harry se reunisse a eles. Louis não conteve as lágrimas de frustração.

Em uma fração de segundos, Harry disse algo incompreensível, abraçou e beijou meu pescoço, mordiscando e passando a língua no local, deixando um último beijo em meu pescoço e sobe beijando meu queixo até chegar em minha boca, beijando-a com toda paixão e desejo. Com o mesmo desejo, Harry insinuou a mão por dentro da minha manta chegando no meu mamilo, apertando e o beliscando depois ele passa a chupar o outro, com uma das mãos livres ele desce até chegar a minha calça e tocando meu membro.

Ainda surpreso, ele entregou-se à carícia, movendo os quadris no mesmo ritmo, gemendo de prazer. A sensação era de que galgavam juntos rumo às estrelas.

Não demorou para que ele visse o céu multicolorido, seguindo espasmos do corpo entregue ao maior dos prazeres possíveis. Então, Harry  o beijou deixando-o com as pernas fracas demais para se sustentar. Não foi preciso procurar apoio, uma vez que Harry o levantou com a delicadeza com que se carrega um bem precioso, e dirigiu-se até a escada.

Quando chegaram à porta do quarto no alto da torre, Harry o soltou.
ㅡ Não quero que deixe o quarto esta noite.

ㅡ Pretende me trancar? - A voz de Louis soou indistinta, como se ele tivesse tomado vinho demais.

ㅡ Não, mas prometa que não sairá, por nenhum motivo.

ㅡ Você tem a minha palavra.

Ele virou-se, tropeçou para dentro do quarto e fechou a porta. Livrou-se de suas roupas e jogou-se debaixo das cobertas. A luz da lua cheia se insinuava pelas janelas altas e iluminava o quarto como se fosse dia.

Apesar de aturdido pela incrível experiência que tivera e do corpo relaxado, as dúvidas invadiram sua mente, a ponto de não o deixar dormir.

Será que o instinto animal dificultava o controle sobre os sentimentos, tal como o de um desejo nascido com a lua cheia? Era de se supor que sim. Teria Harry se transformado em lobo e empreendido caçadas ao luar, conforme Zayn dissera? Ele teria se aventurado a ir ao lago?

Nesse caso, certamente Adam teria sido esperto o suficiente para deixar a ilha. Imaginou se os lobisomens podiam perceber outro da sua espécie, distinguindo-o de uma fera comum. Uma coisa era certa; para ele, lobisomens em sua forma humana eram idênticos a qualquer outro homem.

Virando-se para o lado, Louis percebeu que seu corpo ainda palpitava com a lembrança do prazer. Que mágica Harry havia feito para deixá-lo daquele jeito?

Passado o feitiço, recordou-se da maneira como correspondera às investidas de Harry e sentiu o rosto corar de vergonha. Ainda mais porque tinha certeza de que seus gemidos tinham sido audíveis até para ouvidos humanos.

Teria de conversar com Zayn para tirar uma série de dúvidas. Claro que o amigo não elucidaria o fato de ele ter se entregado, sem reagir, àquelas carícias íntimas. Não revelaria o que tinha acontecido, e muito menos o fato de desejar que Harry não tivesse parado de maneira tão súbita.

Por outro lado, não poderia afirmar que Harry encontrara o mesmo prazer, pois ele agira como se nada tivesse acontecido.

Os pensamentos se sucederam até que ele, cansado, fechou os olhos. E quando adormeceu, escutou o uivo solitário de um lobo, e algo lhe confidenciava que se tratava de Harry sob a luz fria do luar.

Bjos Da Dany

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