Depois daquele dia Sakura passou a não vê-lo mais, iria fazer cinco dias desde que se mantinha trancada naquele quarto recebendo comida através das duas empregadas que após saírem trancavam a porta com sete chaves. As imagens do pen-drive ainda atormentavam seu sonho, como o seu pai poderia ter feito tudo aquilo, como ela nunca havia desconfiado de nada, ele sempre a tratou como uma princesa e agora sabia que tudo era uma farsa.Hoje Sakura havia decidido que sairia daquele quarto e para sua sorte ou falta dela a porta não havia sido trancada. Estava escuro e quando chegou no meio das escadas parou ouvindo passos e um barulho estranho, começou a procurar e a imagem a chocou. Madara e Itachi estavam conversando pacificamente e até rindo enquanto dois homens arrastavam um corpo de um garoto ensanguentado pelo chão, deixando ali os rastras de sangue. Sakura estava perplexa e um ruído nas escadas fez com que a atenção voltasse para ela, a garota correu novamente para o quarto seus olhos estavam ardendo e estava abismada com o que tinha acabado de ver.
- Realmente a trouxe para cá! - Madara disse vendo a garota correr escada a cima. - Ela está causando problemas?
- Não deixei que saísse do quarto desde que chegou, não tem como causar problemas!
- Não é o que parece... Está pegando leve com ela, porque? Soube que não a torturou, não a intimidou... Está ficando frouxo, Itachi? - Madara o olhou se divertindo.
- Nada que eu não resolva do meu jeito, antes de sair mande alguém vir limpar isso! - Itachi respondeu subindo as escadas atrás da garota.
Entrou no quarto e não viu a presença feminina, os corredores eram longos demais e haviam muitos quartos para procurá-la então começou a chamá-la pelo nome enquanto caminhava pelo corredor. Já Sakura havia encontrado uma faca em seu caminho para o quarto e a segurava forte contra o peito enquanto ouvia Itachi se aproximar, estava escondida atrás de uma poltrona e não tinha certeza de onde estava.
- Sakura... - a chamava como se estivesse em um filme de terror procurando por sua vítima. Chamou-a pela última vez quando viu uma pequena parte dos cabelos rosas dentro de seu escritório - Oi, raio de sol...
Viu Sakura se levantar e apontar a faca para seu peito, as mãos trêmulas e a respiração acelerada mostravam o quão desesperada ela estava.
- Saia de perto de mim!
- Se não for enfiar essa faca em mim, abaixe-a! - Itachi se aproximou mais e Sakura continuou com a faca apontada para ele,dessa vez Itachi pegou a mão da garota segurando firmemente. A ponta da faca agora estava espetando por cima de seu casaco - Você é fraca!
Sakura soltou a faca deixando ela cair no chão, assim como seu corpo caiu de joelhos.
- Eu não aguento mais ficar aqui...
- Escuta! - Itachi respirou fundo e depois se abaixou levando as duas mãos até as bochechas molhadas da rosada - Vamos criar um acordo, tudo bem? - Sakura estava receosa mas não tinha outra escolha, estava no covil de seu predador, não poderia fazer mais nada - Chega de ficar trancada naquele quarto, mas preciso que siga minhas ordens. Eu pretendo me esforçar para que o que ocorreu da última vez não se repita, mas preciso de sua colaboração!
Ele ajudou Sakura a se levantar, sabia que ela não iria concordar com facilidade e que precisava ser brando para que ela entendesse. Ele não cederia aos encantos dela mas não queria mantê-la presa naquele lugar.
- O que meu pai faz... Você..
- Nem tudo, não sou um estuprador, Sakura! - a garota sentiu o peso daquelas palavras e sentiu o estômago revirar de nojo das atrocidades de seu pai - Mas não posso dizer que nunca matei, ou torturei!
Itachi a acompanhou até o quarto novamente, a garota não estava menos assustada mas poderia dizer que estava menos abismada com as cenas que viu.
- A propósito - chamou sua atenção de novo - Prefiro te ver cantar do que chorar!
Fechou a porta deixando Sakura com seu rosto de confusa.
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Meu gangster
Novela JuvenilEle me fez sentir coisas, emoções. Ele me fez sentir todas as emoções universais e a que eu escolhi se entregar foi a mais errada. Emoções fortes ou não, era apenas com ele que eu me via viva. Uma história de amor que tinha tudo para dar errado...