Iria fazer três dias desde que Itachi estava inconsciente, a casa estava literalmente entediante, Chiyo estava de folga, folga que foi dada por Sakura.
Depois de xeretar toda a casa a rosada se viu tentada a entrar no escritório de Itachi, o quarto era grande muito organizado. Livros decoravam as paredes negras e uma série de papéis estavam mantidas nas gavetas. Um papel em especial lhe chamou a atenção, estava manchado de sangue o que fez Sakura o pegar.
No papel a foto de um homem muito parecido com Itachi estava suja, abaixo o seu nome, idade e outras informações o que a assustou foi ver bem abaixo "declarado morto à oito anos" era um atestado de óbito e quem estava morto era Fugaku Uchiha, pai de Itachi.Sakura soltou o papel o guardando no mesmo lugar e depois encontrou uma pequena caixa de som, a levou para fora, fazia semanas que não dançava para si mesma. Foi até o salão da casa de Itachi, provavelmente usava aquele lugar para festas, o salão era enorme mas não era nada brega ou ultrapassado, colocou a música deixando-se ouvir, deixando-se sentir.
Gostava de dançar para si própria era como se liberta-se todas suas emoções, como se pudesse permitir sentir apenas coisas intensas.
Os passos se formavam facilmente, os pulos os braços se movendo, as mãos passando por toda a extensão do corpo, o cabelo voando. Cada giro e cada elevação descarregava todas as impurezas de que já havia passado, não soube por quanto tempo esteve dançando mas só parou quando abriu os olhos vendo Itachi sem camisa escorado na parede de entrada de braços cruzados.- Bella danza! - O sotaque italiano pesou na voz forte, ele estava pálido ainda mas aparentava estar muito melhor.
- Como se sente? - Sakura se aproximou.
- Não sei o que fez mas estou bem! - Itachi passou a mão pelo curativo limpo, Sakura havia trocado todos os dias - Como me colocou na cama?
- Madara veio aqui.. - Itachi fez um movimento com a cabeça e logo começou a andar saindo do salão mas parou abruptamente ao ouvir a voz de Sakura - Não tem nada para me dizer?
- Obrigado! - o viu se virar e mostrar o sorriso ladinho, mas Sakura ainda estava com a expressão rude.
- Não é isso que quero ouvir!
- Já te agradeci, o que foi? - Itachi indagou sem entender.
- Você.. - Sakura começou a andar até ele em passos bravos, apontando o dedo para ele que franziu o cenho estranhando aquela hostilidade - Primeiro beija aquela mulherzinha que me ameaçou, depois me trata mal perto dela.. - Itachi estava de boca aberta, Sakura estava se mostrando diferente - Segundo me chama de linda e me faz carinho enquanto eu cuido de você, me deixando completamente confusa. Você não pode fazer isso, Itachi! Não pode me tratar bem num momento e no outro mal, e agora... - Sakura abaixou a cabeça e o tom de voz falhou - Agora você pode me mandar embora, porque não precisa mais me manter aqui pelo dinheiro do meu pai!
Itachi não conseguia responder, não conseguia ao menos pensar no que diria. Estava se sentindo perplexo e confuso, nunca havia sentido nada daquela maneira, se sentia inseguro sobre seus sentimentos e emoções, se sentia impotente. Olhou para Sakura que agora se encontrava com uma pequena lágrima na bochecha, também estava confusa e desesperada.
- Quer saber.. Esquece!
Sakura fez a menção de se virar mas Itachi segurou em seu pulso a trazendo para perto, perto demais. A apertando é beijando, um beijo apaixonante.
A mão de Itachi que estava nas costas da rosada segurava fortemente como se nunca mais a permitisse sair, a outra estava apoiada na bochecha corada forçando ainda mais os lábios que se moldavam aos lábios de Sakura. Para Sakura a única dança que era melhor do que a sua, era a dança da língua habilidosa que Itachi possuía, ele a dominava com tanta facilidade que não havia como negar tal paixão. Quando ele separou sua boca da dela, ainda tão perto fitava os olhos tão brilhantes a sua frente agora segurando suas duas bochechas.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Meu gangster
Ficção AdolescenteEle me fez sentir coisas, emoções. Ele me fez sentir todas as emoções universais e a que eu escolhi se entregar foi a mais errada. Emoções fortes ou não, era apenas com ele que eu me via viva. Uma história de amor que tinha tudo para dar errado...