Capítulo Dezessete

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Eu sabia!!! Como sabia que aquele garoto havia me traído? A Max...você é tão burro, pelo menos ganhou um aliado não é mesmo. – Breu gargalhava como nunca. – Arya venha cá, mate esse idiota.

Sim senhor. -A garota adentrou a sala.

Arya....- Max iniciou sua fala, porém Arya havia o esfaqueado várias vezes, fazendo seu sangue rojar por seus corpo..

Max acordou, mais um pesadelo desse estilo, ele se sentou sobre sua cama que estava praticamente desarrumada, seu coração estava desregular assim como sua respiração.
  Por que o estresse desse pensamento de trair Breu? Se Breu tivesse adivinhado já teria o matado, pois já  havia um mês que Arya havia sumido, e as coisas estavam ficando cada vez mais pesadas, mais mortes, sofrimentos....
  Os Elements tinham sido capturados deixando os outros seres a flor da pele, o último alvo de Breu era a garota ruiva, porém antes deveria matar Judy e atrair a princesa Anne, pra que Arya aparecesse, mal sabia ele o que Max havia feito.
  Arya nunca apareceria, pelo menos não a tempo, pois sua memória estava fraca.

Max levantou lentamente da cama, seus pés tocaram o piso gelado do castelo, as janelas agora viviam fechadas e as cortinas abertas, claramente Breu não queria parecer amigável, Max praticamente se arrastou pra mais um dia de torturas contra Erick e os Elements.

   Olá Max, hoje temos algo novo. -Breu não tirava seu sorriso sínico e macabro do rosto, como se o dia estivesse apenas no começo o que era verdade. – Olha o que eu fiz com nossos amigos. -Riu Breu batendo palma, logo apareceu os quatro elementos parados, olhando o nada era como se estivessem perdidos em suas próprias cabeças, Max observava; logo o último entrou lá estava Erick.

  Por que ele está aqui? Não tem nada de especial. – Max encarava Erick, seu rosto sombrio como nunca, naquele momento aquela queimadura em forma de mão havia se encaixado bem ao personagem presente ali.

Ele não tinha, agora tem um pouco dos poderes. - Breu gargalhava a todo instante. – Alice!!! Traga meus quitutes.

Parou de chama-la de Anne?. – Max encarava o vazios, como se procurasse um modo de livrar aquelas pessoas da morte ou da escravidão eterna.

Não tenho mais motivos... – Alice entrega uma das pequenas comidas cortadas a Max, era um doce de cor vermelha, no início doce e no final amargo, ao ponto de fazer Max da uma bela carreta. – Aqueles dois inúteis estragaram meu plano, mas agora ambos estarem em seus lugares. – Breu terminou sua fala, algo em Max o fez querer sair dali, havia algo errado em Breu.

Aqueles? Descobriu quem ajudou Erick?. – Um nó se formou na garganta de Max, que encarava Breu olhar com apreço suas obras de arte, seus maiores troféus.

Sim, foi um tal garoto chamado...Max. – Breu gargalhou, Alice se aproximou falando algumas coisas em outra língua, seus saltos batiam no chão, ao invés de ficarem mais próximos iam se afastando assim como a risada de Breu.

Não....eu estou.... – Max foi interrompido por uma voz ardente, e é um tanto melancólica.

Preso?  Não, ainda não está...poderia me seguir? Preciso te deixa preso. – Max se encarava, sua cara machucada, seu sorriso fraco, sua voz embargada em emoções estranhas e palavras  longe.

Não...Maldito Breu, Maldito. – Max sentiu suas mãos pesadas, encarando as mesmas percebeu correntes grossas que ia além do escuro. – Odeio joguinho.

Mas eu amo. – A voz ecoou por todo o vazio escuro, Max revirou os olhos, talvez fosse melhor ficar ali, mas tinha que ser forte pelo menos uma vez na vida, ele precisava lutar.

Então o que eu ganho se vencer esse seu joguinho?. – Max se encarou, era como olhar no espelho, um espelho que mostrava seu ser interior, por isso todo os machucados, o sorriso, a aura ruim.

Eu te liberto e te torno mais poderoso do que já é. – Um minúsculo sorriso se formou ao fim da fala,  era como se aquela sombra idêntica ao garoto que a encarava como se soubesse que tal besteira falada por si mesmo nunca iria acontecer, ele estava certo de que Max jamais sairia dali e no fim sua amada rainha venceria todo o mal.

Está feito, qual é o jogo?. – Max não se importava de morrer tentando sair dali, precisava ganhar tempo pra que Arya recuperasse sua memória.

Ela está morta. – Disse a voz novamente, um sorriso perfeito no rosto, o encarava com diversão.

Como?. – Max sabia bem o que ele queria dizer, mas estava a negar a sim mesmo; era impossível ela ter morrido.

Ela morreu, olha pra mim sou uma entidade que não tinha um corpo, só vagava, o que eu ganharia mentindo? Eu a vi morrer, estava machucada, com fome, sem força....Lógico foi uma burrice a deixar no meio da floresta desorientada, com um enorme machucado na cabeça. – A risada foi estridente ecoava pelo salão preto.

Não, agora.... – Max suspirou, se ajoelhado no chão, a figura desfigurada estava feliz pela desistência do garoto. – Agora a única chance desse planeta, sou eu!! E como eu aprendi com aquela garota, desisti não é uma opção, muito mesmo uma escolha.

Maldito!!! Então que comece a sua mísera tentativa. – A figura se afastou, fazendo movimentos com as mãos.

Olá, Max. – A voz de uma garota ecoou, as correntes de Max se desfez. – Vim te agradecer por acabar com a minha vida e com certeza com a de todos.

Arya.... – Max engoliu seco. – Você é um covarde por fazer isso!!!!. – Ele gritava ao vazio. – Vou ter que te matar novamente....

Não, não fim brigar... – Ela sorriu, sua mão foi erguida assim refazendo as correntes. – Só vim te falar a verdade... Você pode desistir, vai ser mais fácil, olha pra você, sempre do mau, sempre destruição,  acha que agora, agora vai vencer seu pai e ser bonzinho?  - Arya Gargalhou. – Eu sou prova viva... melhor, morta, que até quando você tenta ser bom acaba errando, e alguém sempre sai ferido, você não nasceu pra ser do bem, aceite.

Max fechou os olhos o mais forte que podia, talvez a fantasma Arya estivesse certa, ele não nasceu pra ser do bem... e essa era uma vida digna pra alguém como ele.

Arya - A força da Natureza.Onde histórias criam vida. Descubra agora