AUD 804 - A Mãe da Sabedoria

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A batalha entre cultivadores no Pináculo do Cultivo ou com grande poder, não necessariamente são recheadas com destruição.

Dois motivos existem para tal fato.

O primeiro é que dependendo de onde eles lutam, é habitável e caso os danos colaterais de seu embate acabem causando a morte de um número considerável de vidas, ambos serão atingidos com Julgamentos Divinos.

O segundo é por ser desnecessário explosões imensas e destruição generalizada, além disso, é desperdício de poder. Pense bem, o que causa mais dor, a cabeça de um alfinete sendo pressionada contra você ou a ponta dele?

A ideia é bem simples, aplicando a mesma força em uma área menor, a pressão ali cresce e consequentemente causará danos com maior facilidade e o mesmo se mantinha para as lutas em alto nível.

Sendo assim, diferente do embate dos mais fracos, os quais normalmente não conseguiam controlar a força direito e por isso criavam explosões imensas, as lutas entre os deuses eram bem mais controladas.

Claro, isso é em relação ao inimigo, mas ao redor deles as coisas eram bem diferentes.

O impacto de dois socos capazes de destruir galáxias imensas, obviamente não passaria em branco pelo espaço, sendo assim, as ondas de choque criadas eram colossais e muitas vezes os danos eram bem extensivos.

Tal era a necessidade da Barreira.

De qualquer forma, Oray Idea sabia que em poder bruto ele jamais derrotaria Le Su, então rapidamente apelou para um combate mais estratégico, sua intenção apesar de simples, era a única que o dava alguma chance, que seria conseguir a levar para fora dos limites do Palco.

Ele rapidamente disparou contra ela, e tamanha era sua velocidade que todos viram o instante que o espaço se rasgou apenas por ele mover-se.

Oray Idea trouxe sua espada em um arco vertical contra a cabeça de Le Su, mas ela simplesmente deu um passo para o lado.

O homem rapidamente moveu-se pelo espaço no meio do caminho, aparecendo do lado esquerdo de sua oponente, mirando agora na cintura da jovem.

"Oh! Você ficou mais rápido!" Oray Idea engoliu seco quando Le Su simplesmente pegou a espada dele de mãos limpas e olhou bem dentro dos olhos dele.

Ele viu os olhos alegres e animados de Le Su, como se ela realmente estivesse feliz por ele ter ficado mais forte.

No fim, todos sabiam como ela lutava.

Ela era chamada de tirana por um simples motivo.

Le Su tinha o costume de que enquanto lutava nos Eventos, ela simplesmente treinava seus oponentes.

É sério, ela era simplesmente insana.

Ela ficava desviando e sinalizando onde eles acertavam ou erravam e fazia isso com uma velocidade tão absurda que ninguém sequer via ela se movendo, não apenas isso, ela era capaz de parar golpes capazes de destruir galáxias inteiras apenas com suas mãos, como se fossem brisas suaves da primavera.

O mais surpreendente era que as pessoas realmente ficavam mais fortes com suas dicas.

Desde que ela virou Matriarca do Clã, ela lutou milhares de vezes nos Eventos do Legado Supremo, ou seja, por milhares e milhares de vezes, ela treinou seus oponentes em combate e mesmo depois de tanto tempo, ninguém estava minimamente perto de sua força.

Muitos Clãs deviam a sua ascensão de poder para Le Su, com suas dicas, seus cultivadores ficaram mais fortes, ganharam mais importância, os Clãs ficaram mais poderosos economicamente, treinaram seus jovens com itens melhores e lentamente foram escalando para patamares mais elevados.

E por isso ela era chamada de tirana, afinal, ela treinava seus oponentes em combate, tamanha era sua confiança e poder.

Porém, mal sabiam eles que ela os ensinava diariamente apenas sendo e agindo de seu jeito.

Se todos soubessem que sua aparência e personalidade infantil, atitude enérgica e extrovertida, eram a representação mais pura e profunda do que era a Vida, eles provavelmente cairiam no chão e chorariam amargamente por demorarem tanto para perceber.

Em toda a sua vida, Le Su esteve não apenas os treinando durante a época da abertura do Legado Supremo, mas cada segundo que eles a viam era a mais profunda aula, o mais profundo conhecimento, o mais profundo carinho.

Nos milhões e milhões de anos de vida que Le Su tinha, apenas Le Chang foi capaz de compreender os mistérios que ela deixava à mostra.

Isso deixou ela pasma.

No dia que viu ele ascendendo ao Dao dos Imortais e a agradecendo, o coração dela bateu mais forte.

Por dentro, ela estava radiante.

Depois de tanto tempo, ela pensou que ninguém compreenderia esse mistério, que para ela pareceu algo tão óbvio desde pequena, como se ela tivesse sido escolhida pela vida para ser aquela que carregaria seus segredos mais profundos.

Quando Le Chang percebeu o que ela deixava claro, mas ninguém entendia, ela recuperou as esperanças de que lentamente todos entenderiam os mistérios da vida.

Le Su ensinava seus oponentes no Palco do Evento não para ser arrogante, mas era uma dica.

Ela queria dizer: "Eu estou treinando vocês todos os eventos! Percebam! Percebam!"

Porém, ninguém pensava direito e a taxavam como tirana ou arrogante, mal sabiam eles que a humildade no coração de Le Su era tão grande que ela estava disposta a compartilhar segredos tão poderosos e profundos que a Criação os escondia com afinco.

Enquanto isso, nas arquibancadas, ninguém entendia porque Le Chang tinha os olhos marejados.

Ele estava tão feliz assim em ver Le Su lutando?

Porém, não era isso, aquilo ali eram lágrimas de compreensão.

"Meus deuses, quem é essa mulher?..." Murmurava ele em sua mente.

Quem que colocando as mãos no cerne do poder, ousaria compartilhar ele com os demais?

Ele sabia que ela não podia simplesmente ir e explicar o que eram tais mistérios, pois, era necessário a pessoa entender por si própria para tal segredo ter efeito neles, do contrário, sabedoria alheia não tem o mesmo poder na pessoa que a ouviu do que na pessoa que ela nasceu.

Le Chang podia ver que Le Su havia atingido um ápice moral e de princípios que o deixou atônito.

"Ela poderia facilmente ser a Deusa de uma Raça Divina..." Murmurou ele em sua mente.

"Realmente..." Le Chang se assustou quando a voz da Energia Dourada soou em sua alma.

Ele realmente não espera por essa.

"Que jovem interessante... Garoto, quando você chegar onde quer, não se esqueça jamais dela, acredite, ela tem algo muito especial nela. Se não fosse você, provavelmente seria ela quem receberia o meu poder...." – Energia Dourada.

Le Chang se surpreendeu, mas realmente concordava com a Energia Dourada.

Le Su era excepcional, em sabedoria, carinho, compreensão e poder.

"Pode deixar, Le Su é alguém que jamais esquecerei, como poderia eu esquecer de alguém que apenas por existir, me fez crescer em um dia mais do que em toda a minha vida?..." – Le Chang.

Tanto Le Chang com a Energia Dourada perceberam algo muito especial e profundo em Le Su e não era à toa que no futuro, não tão distante, seu nome ecoaria pelos confins do Vácuo Eterno.

Ela seria chamada de: A Mãe da Sabedoria.

E algumas palavras a acompanhariam:

"Aquela chamada de Mãe da Sabedoria é capaz de ensinar os maiores segredos da existência apenas com um olhar, desmitificar o irreal com um toque, explicar o amor com uma palavra, acalmar o choro com um sopro, ensinar com um estalar de dedos e inspirar apenas com seu existir. Não há outra como ela, afinal, tal mulher é a única capaz de aproximar-se da sabedoria da Deusa Suprema Min Jia..."

Ascensão de um Deus (AUD) 5Onde histórias criam vida. Descubra agora