"Vamos para as ruínas..." Le Chang disparou rapidamente na direção leste.
Pelo que era capaz de perceber, ele havia sido levado para a parte noroeste do Legado Supremo, sendo assim, como as ruínas estavam a leste de sua posição, elas acabavam estando ao norte daquele Reino Dimensional.
Ele não conseguia analisar todo o Legado Supremo, provavelmente nem um cultivador no Pináculo do Cultivo seria capaz disso, porém, ele tinha uma boa noção do que encontraria.
"O primeiro apareceu?..." Um sorriso apareceu no rosto de Le Chang.
Um imenso pássaro vinha em sua direção, advindo do céu acima do jovem, e era como um meteoro correndo em direção ao solo.
O animal era negro, olhos vermelhos e um bico roxo, claramente venenoso.
"QIIIIIAAAAAAAAAAAAAAAA!" Gritou o pássaro, acelerando ainda mais, sua intenção era atravessar o jovem como se fosse uma Lança.
Porém, o animal demorou a perceber que havia sido cortado ao meio e que seu corpo caia em direção ao solo.
"Tinha a força de um Cultivador no Dao Celestial..." Le Chang murmurou olhando para suas mãos, como se estivesse surpreso com sua força assustadora.
Ele estava a todo momento com sua força firmada no ápice do seu poder, afinal, ele estava sozinho naquele local e era preferível manter-se alerta para qualquer perigo.
Le Su o avisou que não era raro algumas pessoas morrerem no interior do Legado Supremo, tanto por serem assassinados por outros cultivadores que haviam adentrado, como pelos animais e perigos daquele lugar.
Então, ele manteve-se atento ao seu derredor.
Le Chang sempre ia analisando com perfeição as coisas ao seu redor, escolhendo a forma mais eficiente de mover-se, hora adentrando nas nuvens para ocultar-se dos olhares de animais voadores e outras ia acima delas para os animais grandes e poderosos da terra.
Ele precisava ter cuidado, do contrário, ele poderia estar com problemas.
Aquele lugar era onde até mesmo aqueles no Pináculo do Cultivo deveriam ter cuidado, mesmo ele sendo quem era, ainda não estava com a onipotência em suas mãos.
Porém, seu cuidado lhe rendeu resultados, já que com apenas uma hora movendo-se pelo espaço, ele atingiu seu objetivo.
Ele desceu até o solo, com certo cuidado, e esgueirou-se até os limites das ruínas.
"Que estranho..." Murmurou Le Chang ao olhar para o céu e perceber que as nuvens sobre as ruínas eram negras e nem mesmo o menor dos raios de sol passavam por elas.
Além disso, a temperatura mudava drasticamente, mostrando-se ser consideravelmente fria.
Na fronteira, Le Chang foi capaz de perceber, após alguns segundos de contemplação, que todas as ruínas estavam cercadas por um círculo de pedras e nelas haviam símbolos gravados, como se fossem feitas com facas e rapidamente, o que demonstrava uma certa urgência de quem as fez.
"Isso é um Círculo de Selamento?..." Le Chang estava surpreso com isso.
Aquelas pedras compunham uma formação de selamento com milhares de milhas de raio.
Era como se um mal antigo e poderoso tivesse sido selado naquele local, uma força surreal e perigosa que jamais deveria ser incomodada.
"O que a Rainha da Vida teria com essa força, afinal, se eles estão aqui é porque ela os deixou entrar..." – Le Chang.
E isso era verdade, não tinha como alguém forçar ela a fazer algo e eles também não teriam adentrado nesse recinto em uma das suas aberturas milenares, afinal, desde a primeira vez que ele foi aberto, todas as informações foram catalogadas por diversos Clãs, sendo assim, era difícil eles não perceberem algum monstro maligno adentrando aquele local sagrado.
Porém, ali um mal jazia selado e Le Chang não fazia ideia do que estava ali, mas ele claramente sentia um peso em seu coração, como se algo dissesse para ele não adentrar.
"Tsc... Esse lugar claramente é o mais suspeito. Eu preciso ir em frente, pela minha mãe..." Le Chang respirou fundo e pisou dentro do círculo de proteção.
Quando o fez, sentiu um imenso peso sobre ele, uma força surreal e a sensação era como estar diante da face do próprio mal, do berço da destruição, do ápice do desespero.
Le Chang sentiu-se fraco.
Suas forças pareciam terem sido sugadas, mas ele rapidamente notou que era a Energia da Vida em seu corpo que estava lentamente indo em direção ao solo.
Ela não era absorvida ou transformada, mas sim destruída definitivamente, sem deixar o menor rastro para trás.
"Apenas a Morte é capaz de fazer isso..." Le Chang disse olhando para o chão com alguma surpresa.
Ele pensou por alguns instantes e então decidiu fazer uso de uma força que ele jamais tentou dominar, já que ela parecia destrutiva demais para ser usada diariamente, e ele havia decidido usar isso apenas com seus inimigos, como uma arma final, capaz de esmagar tudo e todos.
Le Chang deixou toda a Energia da Vida em seu corpo ser expelida, de tal forma que até sua Fonte de Vida começou a minguar, porém, ela não estava sendo transformada em poder, ele não estava queimando-a, mas sim a jogando para fora.
"Para a Morte existir, a Vida deve partir..." E com essa frase, ele deu seu último suspiro.
Imediatamente, quando o ar deixou seus pulmões e o brilho da vida em seus olhos sumiu, uma pressão destrutiva e caótica se fez presente, era uma força avassaladora, a sensação de infinitude e onipotência.
Le Chang trouxe à tona a Centelha Divina da Morte, a qual ele havia recebido há muito tempo.
Ele não focava nesse poder, pois, isso era algo antagonista demais para seus sonhos e desejos.
Era algo óbvio que a Morte não era algo maligno, não, era apenas o fim de algo, da vida.
Porém, ela era algo doloroso, que trazia tristeza, frieza e agonia, ela não era maligna, mas isso não quer dizer que ela não fazia maldades.
É com imaginar um leão na savana, que por estar com fome, mata um homem que trabalhava naquele local.
Ele não agiu por mal, apenas por instinto, mas suas ações trouxeram dor a família daquele homem e levaram eles a falência e a morrer de fome, já que o restante não tinha mais sustento algum além daquele homem.
A Morte não era maligna, mas suas ações repercutiam em todos os âmbitos, entre os maus e os bons, ela andava entre os Deuses e os Mortais, entre os fracos e os fortes, entre a luz e à noite.
Le Chang não a usava porque ela remetia à morte de seu pai, usar aquela força extremamente poderosa, era como dizer: "Eu estou usando aquilo que me trouxe as maiores dores..."
Afinal, seu pai estava morto, seu Clã Le havia sido exterminado, ele viu o que a morte era capaz de fazer por onde quer que ela passasse.
Porém, naquele local, ele sabia que isso era necessário.
"Se para derrotar o Fim eu precise virar um monstro, que assim seja..." Suspirou Le Chang, dando um passo adiante.
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Ascensão de um Deus (AUD) 5
Fantasía( PARTE 5 ) Creditos: https://saikaiscans.net/series/ascensao-de-um-deus-aud Em um pequeno Clã, um jovem nasceu com seus Canais de Qi e Meridianos quebrados, ali seu futuro havia sido definido por todas a sua volta como nada além de fracasso. Todavi...