AUD 857 - Massacre Unilateral

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Wuhan Xie, Lian Mei, Chi Ziyun e Min Jia, observaram com um certo temor em seus corações.

Sendo quem elas eram e no patamar de poder que estavam, não era difícil determinar a força dos milhares de milhares de seres negros no horizonte.

Em suma, todos eles estavam, pelo menos, no Pináculo do Cultivo, ou seja, comparável a um cultivador normal nesse nível de poder, contudo, era possível ver ao longe que alguns se destacavam, de tal forma que haviam milhares ali que eram, pelo menos, dez vezes mais poderosos que Le Su, mesmo ela usando sua Herança.

E, outros estavam acima disso, muito acima, ou seja, pisavam no patamar de deuses, desafiando as leis lógicas e andando em um caminho impossível para meros mortais.

Eles traziam o caos em seus olhares e a morte em suas presas, seus passos faziam o solo já sem vida e vazio, ficar ainda mais fraco, de tal forma que conforme o tempo passava, era como se até mesmo os átomos que compunham a matéria do solo estivessem morrendo, perdendo as forças e sendo destruídos eternamente.

E, enquanto isso, de frente para esse exército infindável e supremo, apenas uma mulher estava presente, não era possível ver sua face, mas era possível ver seu lindo cabelo verde até o meio de suas costas, sua pele alva como a neve, e seu corpo com curvas perfeitas, as quais nem mesmo os deuses poderiam terem feitas.

Seu corpo era coberto por uma roupa de combate feita de um tipo de couro dourado e também algumas partes metálicas, cobrindo os seus pontos vitais, mas, as meninas não entendiam porque em seus corações nascia a sensação de que aquilo não era algo com intenção defensiva e sim apenas para servir como uma roupa apropriada para a ocasião.

Conforme o exército gigantesco e supremo se aproximava a passos largos, a mulher moveu suas mãos e uma espada apareceu instantaneamente.

A espada tinha um cabo verde e a lâmina de dois gumes era dourada, no cabo ainda haviam algumas joias incrustadas, mas, para a surpresa das meninas, não eram jóias minerais e sim centelhas divinas.

Sendo assim, elas perceberam que a mulher que ali estava, não era nada simples e nada fraca, ela era centenas de milhares de milhares de vezes mais poderosa que qualquer ser do tempo presente delas.

A vontade de gritar para ela correr e fugir daquele exército gigantesco simplesmente sumiu do coração das meninas e elas não entenderam porque uma fé inabalável tomou seu lugar de direito em suas mentes.

E então, no instante seguinte, a resposta chegou.

A mulher jogou seu corpo para frente, como se ela estivesse caindo, mas, quando seu rosto estava há cinquenta centímetros do solo, seus joelhos se flexionaram e ela pisou firme no chão, aquela simples ação, resultou em uma onda de choque tão grande que a realidade rompeu-se e uma cratera imensa apareceu instantaneamente no chão.

Wuhan Xie, Lian Mei, Chi Ziyun e Min Jia pensaram que iriam morrer, aquela onda de choque e de detritos varreria facilmente toda aquela floresta, mas, para a surpresa delas, quando a explosão chegou no precipício ela simplesmente parou, não foi como se ela tivesse batido em uma parede resistente, mas literalmente parou.

Os pedaços de rocha pararam no ar, flutuando e os gases que se expandiam a uma velocidade irreal, acalmaram-se em um piscar de olhos.

As meninas então olharam na direção da jovem e apesar de ainda não verem o seu rosto por completo, elas viram um sorriso no canto de seus lábios.

"E... Ela fez isso?..." Murmurou Min Jia com grande surpresa em seu olhar.

E ela tinha razão em estar surpresa, afinal, a mulher moveu-se e ao mesmo tempo controlou toda a realidade nas suas costas para que a onda de choque não destruísse a floresta ao longe, nem as quatro jovens que ela havia percebido a chegada há muito tempo, desde que elas atravessaram a porta dourada.

Wuhan Xie puxou a manga da roupa de Min Jia para que ela voltasse seu olhar para a mulher.

E Min Jia entendeu o motivo.

A mulher estava no meio do exército de seres negros, alguns com formas humanoides, outros eram lobos gigantes, leões colossais e dragões de várias formas e tamanhos estavam por lá, mas não importava quão fortes e grande eles fossem, a mulher simplesmente os destroçava com sua espada.

Era possível ver que algumas vezes o mero mover de sua arma erradicava dezenas de seres de nível divino de uma só vez.

Não apenas isso, não era somente a espada que era capaz de tamanha destruição, de vez em quando ela usava seus punhos e apenas a onda de choque deles era o suficiente para erradicar dezenas de oponentes.

Todavia, tais ondas de choque não eram dos gases atmosféricos, ela na verdade comprimia a realidade à frente de seu punho e então o liberava, destruindo-os com o próprio Tecido da realidade.

Rachaduras começaram a aparecer de todos os lados, o solo destruído se abria com imensas crateras e fissuras de várias milhas.

O caos imperava, e a destruição reinava, mas, em meio a toda a comoção, aquela mulher não parecia lutar, ela dançava, como uma bailarina no maior solo de sua vida, dançando não para homens ou mulheres, nem para natureza ou para a criação, muito menos para o Vácuo Eterno, ela dançava para si mesma, para sua alma, como se ela estivesse demonstrando para si mesma, o quão incrível e poderosa ela era.

As meninas sentiam seus corações acelerando, aquela mulher era excepcional em todas as formas, ela era poderosa a um nível ainda não visto em toda a criação.

Quem em toda a Existência era capaz de matar seres divinos com as mãos limpas, erradicar deuses com a facilidade de esmagar uma formiga, quem poderia sequer equiparar-se aquela jovem?

Le Bo, com sua força irreal e atualmente o ser mais poderoso em toda a criação, já que ela era capaz de usar Julgamentos poderosos o suficiente para erradicar deuses, mesmo ela não seria páreo para essa mulher que lutava ao longe.

Ela era poderosa demais, alguns de seus golpes eram poderosos o suficiente para cortar a criação de cima abaixo e ela facilmente poderia equiparar-se ao poder dos Antigos, as Forças Primordiais.

Aquilo era uma visão assustadora.

Ela movia-se perfeitamente, nenhum movimento era desperdiçado, e enquanto ela destruía tudo e todos, ela ainda moldava a realidade ao seu redor para que seus golpes não destruíssem literalmente tudo, afinal, um golpe capaz de cortar a criação de cima abaixo não deixaria apenas fissuras na terra ou criaria ondas de choque, ou seja, ela estava usando muito pouco poder quando comparado ao seu melhor estado. E isso era assustador, já que ela permitia o caos reinar apenas até a destruição de seu oponente, depois, ela controlava o seu próprio poder e o anulava para não destruir tudo à sua frente.

Batalha? Não, aquilo não estava nem perto de ser uma batalha, aquilo era um Massacre Unilateral.

Ascensão de um Deus (AUD) 5Onde histórias criam vida. Descubra agora