AUD 899 - Jamais!!

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Le Chang andou calmamente, até que chegou diante do Portão Espiritual do Castelo Espiritual de Le Fa.

Lá, ele viu os primeiros passos da Rainha da Vida no Dao Marcial, ali, gravado no Portão Espiritual, estavam as Fechaduras Espirituais, as quais Le Fa um dia abriu, avançando, passo a passo, através do Dao do Espírito.

Levando sua mão até ele, o mesmo abriu-se sem grandes dificuldades, revelando o local onde outrora aconteceu o Dao da Alma.

Ele continuou andando, passo a passo, caminhando por onde outrora Le Fa também caminhou e seguindo os passos da Rainha da Vida.

Ele passou pelo Dao da Purificação e pelos Pilares do Esclarecimento, achegou-se onde um dia Le Fa vivenciou o Dao Lendário e posteriormente o local onde um dia ela precisou enfrentar o Dao Santo.

O Dao do Santo Rei, o Dao do Supremo Santo, o Dao do Eterno Santo, Dao das Leis, Dao do Poder, Dao da Eternidade, Dao Celestial e o Dao dos Imortais.

Apesar da beleza e das grandes descobertas que o jovem fez enquanto andava dentro do Castelo Espiritual de Le Fa, havia algo que instigava a curiosidade em sua Alma.

Quando passou pelos estágios do Dao dos Imortais, onde teve a chance única de ler o que Le Fa um dia escreveu sobre seus conhecimentos a respeito do que era a Vida, Imortalidade e afins, Le Chang ficou extremamente surpreso pela complexidade de seus pensamentos, de tal forma que aquilo abriu sua mente para um outro patamar de sabedoria.

Então, ao chegar na última sala, onde jazia o portal o qual lhe levaria até onde anteriormente residia a Alma de Le Fa.

Lá, no âmago de um ser, onde tudo que ele é, torna-se compreensível, ganhando forma, sem adornos ou falsidades.

Le Chang respirou profundamente e com um sorriso em seus lábios, temor em suas ações, lentamente levou sua mão até a porta à sua frente, quando o fez, imediatamente sentiu seu corpo sendo sugado, por uma força inigualável.

Sua mente tremeu e sua consciência oscilou, como se estivesse prestes a esmaecer em meio a um mar de poder insuperável.

Entretanto, tudo durou menos de um piscar de olhos, e, quando Le Chang recobrou a sanidade, viu-se em um local diferente e sem comparação.

Se a sua Alma era uma representação da Simplicidade e Glória Absoluta, ali, ele viu o que era a Divindade no sentido mais básico, no significado mais puro.

A Alma de Le Fa não mais residia naquele local, afinal, tudo ali era como uma casca vazia, entretanto, sua Existência foi deixada para trás, e, por tal motivo, ainda restava uma representação do que um dia houve naquele local, era como a foto de uma bela paisagem, conservada pela eternidade, aguardando que fosse admirada.

Le Chang estava em pé em uma grande planície, a grama sob os seus pés era Dourada, o céu era estrelado e tudo ali estava mergulhado em uma noite brilhante, na qual a escuridão apesar de existir, estava subjugada sob os pés de uma Deusa.

No meio daquela planície, havia algo singular.

Era uma chama, imensa, a qual queimava e liberava todas as cores que se podia imaginar e algumas que nem mesmo sabia-se de suas existências.

Não eram Energias que ali queimavam, não, aquilo era algo mais complexo, mais importante, mais supremo, não poderia ser comparado com meras Energias.

Ali, queimavam Sentimentos, Qualidades e Sabedoria.

Quem sabe qual cor é a chama liberada durante o queimar do Amor?

Quem sabe a cor da chama liberada ao queimar uma pitada de Sabedoria?

Le Chang compreendeu com um simples olhar, Le Fa, dentro de sua Alma, tinha consigo a representação máxima do que havia de melhor e mais puro em todo o Vácuo Eterno.

Ascensão de um Deus (AUD) 5Onde histórias criam vida. Descubra agora