𝔳𝔦𝔫𝔱𝔢 𝔢 𝔲𝔪

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Acordo com o despertador tocando. Esse dia vai ser longo. Faço minhas higienes, tomo banho e escolho uma roupa. Quando chego na cozinha para o café da manhã vejo meu pai com cara fechada.

- Eu não acredito que esse moleque fez isso com você, agora eu entendo a preocupação do Sad Eyes. - ele fala nervoso.

- A mãe não deveria ter contado nada pra você, sabia que você ficaria assim. Relaxa pai, já passou. - falo cabisbaixa.

Conversamos mais um pouco e decido sair de casa para ir pra escola. Não vi Lucas quando cheguei, os primeiros períodos passaram rápido e fui passar o intervalo com meus amigos como sempre. Estávamos sentados na mesa quando vejo alguém se aproximar, era Lucas.

- Que porra esse mlk acha que ta fazendo? - Cesar fala já querendo se levantar.

- Essa conversa é entre eu e a Isa, para de se meter no relacionamento alheio. - Lucas fala irritado.

- Que relacionamento Lucas? Não existe mais relacionamento, esquece que eu existo, você fez merda pela segunda vez, confiei em você e olha o que você fez DE NOVO. - falo quase gritando.

- Mas Isa, eu posso expli... - ele tenta falar mas interrompo.

- Não tem explicação, eu vi tudo que precisava ver, agora sai daqui e nunca mais me dirige a palavra. - digo ríspida e ele sai visivelmente irritado.

Algumas lágrimas caem dos meus olhos mas logo as seco, não iria mais chorar por esse garoto. Meus amigos fazem o possível pra me animar e novamente começam com a história da tal festa, havia dito pra eles sobre a proposta da minha mãe e todos se animaram desde então, menos eu.

Volto pras próximas aulas, pareciam intermináveis. Sentia alguns olhares sobre mim durante a aula, eu havia chorado um pouco no intervalo e isso é visível. Dou graças a Deus quando a aula acaba e encontro meus amigos pra irmos embora.

- Vai ter festa lá em casa sexta e eu quero todos lá. Todos. - Cesar fala olhando pra mim quando deu ênfase no todos.

- Você sabe que não to no clima pra festas Cesar. Não vou. - digo fazendo biquinho

Meus amigos insistem até eu não conseguir negar mais, talvez fosse bom, precisava superar tudo isso.

Chego em casa e passo o dia como todos os outros, exceto pelo fato de que estava bem deprimida e chorava vez ou outra, não queria me abalar com isso mas era inevitável.

Meus pais chegam em casa, me obrigam a jantar mesmo que eu não estivesse com fome e depois disso decido tomar banho e dormir.

doesn't look the same | Oscar Diaz Onde histórias criam vida. Descubra agora