𝟐𝟎. 𝐈 𝐖𝐀𝐍𝐓 𝐓𝐎 𝐊𝐈𝐂𝐊 𝐓𝐇𝐄𝐈𝐑 𝐀𝐒𝐒

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Rachel tinha acabado de sair do prédio quando recebeu um telefonema de Alya

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Rachel tinha acabado de sair do prédio quando recebeu um telefonema de Alya.

O motivo da Evans ter ligado era completamente diferente. Mas ainda sim, serviu como forma de ajuda.

— Oi, Rachel. Sou eu, Alya.

— Ah, oi. — A ruiva limpou a bochecha molhada pelo choro.

— Tá tudo bem?

— Sim. Tá tudo ótimo. — Rachel disse fungando.

— Você tá chorando?

— Não, não estou chorando.

— Consigo ouvir você fungando daqui.

— Talvez, só talvez eu esteja chorando.

— Quer conversar?

— Uhum.

...

Urânia abriu a porta do apartamento discretamente. Para ninguém a ver ou ouvir. Mas Anne apareceu.

— Onde a senhorita pensa que vai?

— Vou sair — Alya disse firme.

— Quando ia me contar que tinha perdido a virgindade? Ainda mais com uma garota.

— O que?

— Irmãs contam essas coisas!

— Primeiramente, não te contei porque não tive oportunidade. Segundo, minha primeira vez foi com o Jason. E eu nem me lembro.

— Você deu para aquele gostoso?

— Isso é sério?

— Sim. Eu sou sensata, não cega. Mas isso ainda não explica o porquê de estar saindo escondida.

— Eu te falo o motivo de estar saindo escondida se me contar com quem está saindo.

Anne ficou vermelha. Exatamente igual a um tomate.

— Não estou saindo com ninguém. É só...

— Sexo casual.

— Isso. É apenas casual. — Alya ia fechar a porta quando sua irmã a segurou. — Pode não contar a ninguém? É que, ele é um pouco mais velho.

— Pode deixar. Não quero meu pai no sei ouvido. Acho que meu tímpano arrebentou a umas duas semanas.

...

Rachel estava sentada em uma mesa em um dos restaures de Nova York quando Alya chegou.

— Desculpa a demora. Anne me parou no meio do caminho.

— Tudo bem.

— Aconteceu alguma coisa?

— Nada muito importante.

— Considerando que você é a mulher mais geniosa que eu conheço depois da minha mãe. Eu acho que não choraria por nada.

— Será que podemos só ficar quietas de mãos dadas em silêncio?

Alya assentiu. As duas ficaram assim por bastante tempo até Urânia perceber que Dare estava com uma bolsa estufada.

— Está saindo de casa? — Rachel negou com a cabeça. — Então por que sua bolsa está lotada?

— Eu meio que fugi de casa. — Alya arregalou os olhos. — Não me olha assim. É que... eu hoje meio que assumi pros meus pais. E eles não foram as pessoas mais compreensíveis do mundo.

— Eles te machucaram? Se quiser posso ir lá e chutar a bunda deles!

— Não. Minha mãe só falou uma merda muito grande pra mim e eu peguei algumas coisas e sai correndo.

— Se quiser ficar lá em casa um tempo...

— Não precisa. Vou ficar no acampamento.

— Pensei que se sentisse deslocada no acampamento.

— Eu me sinto. Mas ninguém me trata mal lá. E é melhor se sentir deslocada onde me tratam bem, que sofrer bifobia em casa. 

— E às aulas? Elas começam semana que vem.

— Posso pegar um trem de Long Island até o centro de Nova York. Ou ficar no dormitório.

— Ou seja, vou poder ver você é o Jason o tempo todo.

— Jason vai ficar em Nova York.

— Pela carta que ele me enviou hoje de manhã. Ele conseguiu uma bolsa na Dalton.

— Isso é ótimo. A Perfeição merece ter um ano normal.

— Perfeição?

— É o apelido dele.

— Faz sentido.

Alya e Rachel almoçaram e ficaram conversando a tarde inteira. E muito provavelmente rindo da situação que aconteceu no dia anterior.





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