1| A universidade

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Viajar de carro é a coisa mais irritante que eu já vi na minha vida, ainda mais quando se tem uma melhor amiga roncando no seu ouvido e sua mãe escutando as músicas de sua época, mas tudo bem, relaxa Bárbara, só mais algumas horinhas... e alguns minutos... e o estacionamento.

Tem certeza que trouxe escova de dente? — Minha mãe pergunta após tirar as malas do carro, aceno que sim — E absorvente? Sabe que isso é importante.

Mãe, eu vou ficar bem, não se preocupa eu vou ligar pra senhora todos os dias — Conforto ela, que fica me olhando por alguns minutos.

Tenho muito orgulho de você minha filha, mamãe te ama muito — Ela me abraça, sinto minha blusa molhar com algumas lágrimas, mas ela enxuga, para que eu não a veja chorando — Agora vai, vocês tem muito o que explorar aqui. Beijo Carol vou avisar pra sua mãe que você chegou segura.

— Tchau senhora Passos! Obrigada pela carona e... um DvD Sandy e Junior — Carol acena com as mãos, depois que minha mãe entra no carro e vai embora, pela primeira vez na vida, me deixando.

Mas eu não me importo, estou no lugar dos meus sonhos, é claro que não é parecido como nos filmes mas é incrível, o campus é gigante e ao passar pelo caminho de concreto, posso sentir o cheiro de grama verde ao meu redor, um grande edifício se encontra a frente dele, cheio de janelas e portas, alunos pra lá e pra cá, malas, bagagens, o primeiro dia é sempre muito corrido, mas não consigo acreditar que finalmente entrei pra a Noise University!

Babi, você tem noção de onde estamos indo? — Carol me pega distraída — Olá? Babi tá aí?

— Desculpa, Carol, nem sei se consigo pensar olhando pra essa paisagem — respondo.

E não era só eu que estava assim, todos os calouros não acreditavam que estavam dentro dali, ainda não descartei a possibilidade de tudo aquilo ser um sonho.

Vocês devem ser Bárbara e Carolina — Uma garota de cabelos longos e pretos se aproxima — Certo?

— Acho que sim — respondo desviando o olhar por três segundos do campus.

Somos sim, ela só tá meio alucinada com isso tudo, mas nos chame de Carol e Babi — Carol responde, certo dessa vez.

Fui chamada pra orientar vocês, e apresentar a universidade, mesmo que isso seja completamente desnecessário, e não fazemos com todos, você pelo visto é especial, Babi — Volto meus olhos para ela quando diz meu nome.

Desculpa... o que tem eu? — pergunto.

É você quem ganhou o prêmio, não é? — Ela pergunta.

Eu sabia do que ela estava falando, mas não sabia que isso me tornaria especial. O prêmio de jovem mais inteligente da minha cidade... foi isso que me fez ganhar uma bolsa aqui, e a Voltan... ela pode pagar tudo isso.

Sou eu mesmo...

— Legal! Me acompanhe — Ela me interrompe, com um sorriso no rosto e sai andando — Eu sou a Milena, e fui chamada pra orientar vocês...

— Essa parte você já disse — Carol a interrompe.

Sejam bem vindas a NoiseMilena passa pela porta automática do edifício espelhado, e um jato de luz invade meus olhos, de repente estamos finalmente dentro de onde iremos estudar.

É tudo muito moderno, vários gabinetes atendendo os alunos recém chegados, gente no sofá de espera, veteranos conversando, pais chorando, e até mesmo bichinhos de estimação.

Aqui está o mapa da escola, a chave do quarto de vocês, e o manual de sobrevivência — Milena entrega tudo duplicado, um pra mim e um para Carol.

Você vai nos levar até os quartos? — Carol pergunta.

Pra que se vocês tem o mapa? — Milena diz.

Nós não vamos conseguir chegar lá sozinhas — Voltan tenta ler o mapa, mas é grande demais, e quando vê Milena já foi embora — Certo... pelo visto fica a 3 metros daqui... os quartos... pera três metros???

— Tá de cabeça pra baixo, Carol — tento avisa-la mas ela nem me escuta.

Babi esse mapa tá errado, só pode — ela insiste, mas decidi deixar isso de lado, um grupo de veteranos passam mais à frente, consigo identificar pelos o uniforme antigo, que eles usam de uma fraternidade famosa.

Nessa altura do campeonato eu seria aceita em qualquer uma irmandade, percebo isso quando muitas delas olham pra mim quando passo, parece que fiquei famosa pelo prêmio. Mas um olhar me assusta, um garoto da mesma fraternidade que estava passando ali, me olha distraidamente, desviando o olhar quando o meu cai sobre os seus, isso pode ter sido seriamente estranho, mas por um lado, entendo o interesse em mim.

Ah tá de cabeça pra baixo, porque não me disse antes, dona Bárbara? — Carol pergunta e eu decido nem discutir que eu disse antes sim — Vem, eu achei.

Carol me puxa e conseguimos sair quase atropeladas do meio, mas ainda consigo ver o menino que me olhava, quando estou caminhando vejo que ele olha pra onde eu estava, e fica frustrado quando não me vê, e me procura na multidão, mas é tarde de mais, entramos no corredor dos quartos.

É esse — Carol abre e liga as luzes.

É perfeito — Digo, me encanto novamente, mas agora com o quarto, todo branco dividido ao meio, para que cada estudante decore o seu lado, fiquei com a direita e Carol com a esquerda.

A cama é meio pequena, mas dá para o gasto — diz Carol.

Para de reclamar — Jogo minha almofada de pescoço nela, e ela ri — Deixaremos do nosso jeitinho.

— Só que depois, porque estamos atrasadas para a cerimônia de iniciação — diz Carol colocando nossas malas para dentro.

Concordo com a cabeça e fomos, o auditório está super cheio, e nem nos pergunte como chegamos, entramos em 3 salas diferentes até lá, mas conseguimos um lugar lá no fundão e lá em cima, já que as cadeiras vão descendo. Carol fica contando algo pra mim até cerimônia começar, mas não presto atenção em nada que ela diz, meus olhos caem sobre o menino que eu vi mas cedo, ele está conversando com alguns professores e pessoas importantes, o que me surge a dúvida, o que ele está fazendo ali?
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Então gente... eu sei que babictor não tá numa situação boa agora, mas é só uma fic, qualquer coisa eu apago e a gente finge que nada aconteceu, blz? Ainda estou fazendo mudanças e tals mas eai, Gostaram do início?
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𝐓𝐡𝐞 𝐔𝐧𝐢𝐯𝐞𝐫𝐬𝐢𝐭𝐲Onde histórias criam vida. Descubra agora