25| Desculpa, eu estava bêbada

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Coringa é imprevisível, mas não iria me trocar tão fácil assim

Vamos, Carol — puxo ela.

Mas vai deixar assim? — ela pergunta.

Não namoramos, ele pode fazer o que quiser — era uma verdade doída, apenas ficamos.

Chegamos na casa, Crusher estava na sala, quando abrimos a porta ele sai e vai para o quarto.

Quando vamos acabar com isso? — Carol pergunta.

Quando pedir desculpas a ele — digo.

Não vou pedir desculpas porque estava bêbada.

— Carolina Voltan, orgulhosa como sempre — subo para o meu quarto.

Carol e eu passamos o resto da manhã inteira sem fazer nada, Coringa, Mob e Milena não chegou em casa, na página de fofoca da faculdade já tava "Carol e Crusher não estão mais juntos". Mesmo que eles não tenham realmente terminado, pelo menos nenhum deu a palavra final.

Na hora do almoço, recebo uma ligação, o pessoal do contrato iriam ver hoje de tarde o que eu já fiz, preciso organizar as coisas.

Eu recebi a ligação — Coringa entra no meu escritório.

Finjo estar normal, nem paro para olhar ele, continuo arrumando alguns papéis.

Tá tudo bem? — Ele pergunta após sentar em uma cadeira e olhar pra mim.

Comigo sim... como deve estar a Fernanda? — Pergunto ainda não olhando pra ele.

Ah ela tá bem, vai vir aqui depois conversar com você — lerdo, ele não percebeu o objetivo da minha pergunta — Pera... tá falando de hoje de manhã?

— Ontem... hoje... sei que não namoramos, mas... — finalmente olho para ele.

Tá com ciúmes? — Ele se levanta e vem até mim.

Não é isso, é que ela me faz sentir que sou totalmente substituível — digo, ele chega em mim e coloca as mãos na minha cintura.

Eu poderia ter levado ela ontem, não ter atendido suas ligações, mas não levei — ele olha no fundo dos meus olhos — E você sabe porque não assumimos, ninguém que não é de confiança pode saber, e se eu me afastasse da Fernanda no nada... ela desconfiaria...

— E viria atrás de você — completo sua frase — Agora faz sentido.

— Aconteceu nada no carro — ele me vira e encosto na mesa — E nunca vai acontecer se não for com você.

Ele me levanta e agora estou sentada na mesa, enrolo as minhas pernas nele e os meus braços ao seu pescoço, ele me beija, a porta está aberta, mas sabemos que tem ninguém em casa, só gente de confiança, mas o impossível aconteceu, escutamos alguém correndo e saindo da casa.

Quem era? — Ele para e pergunta.

Subo até os quartos, Carol está dormindo, Crusher também, ligamos para Mob e Mih, eles estão almoçando com os pais da Mih, alguém invadiu a casa, alguém me viu com Coringa.

Quem invadiria sem falar nada? — Pergunto enquanto estou andando pra lá e pra cá e ele está sentado, calmo.

Thaiga? Gs? Gabriel? — eles já vieram aqui.

Thaiga viajou, Gs tava na festa ontem e provavelmente tá dormindo até tarde, Gabriel deve nem estar mais na cidade — penso e digo, ele se levanta e pega nos meus braços.

Tá tudo bem, vai acontecer nada, ninguém tem provas — me acalma.

Como você sabe? A pessoa podia estar filmando, não sei... certeza que apareceremos amanhã naquela página idiota — Falo.

Se aparecer, eu dou dinheiro e eles tiram, fácil.

— Não é assim que as coisas funcionam, você pode pagar o quanto puder, mas eu não tenho chance — cansei de ficar andando pra lá e pra cá, quero sentar mas só tem uma cadeira, sento no colo dele mesmo.

Uii, eu pago pra você também — ele diz.

E ainda tem o contrato — pergunto. A campainha toca — Deve ser eles.

Nós vamos até a porta e era eles mesmo, vieram três, vamos até o escritório e apresento cada detalhe a eles, que amaram o meu trabalho, eles me amam, faço tudo certinho do jeito que eles queriam

Você, é incrível garota, assim que recebemos sua ficha na nossa empresa, já vimos que você é digna pra isso! — um dos caras dizem.

Obrigada.

— Pode almoçar com a gente nessa segunda? Temos uma proposta — Claro que eu podia, balanço a cabeça como um sim e sorrio, Coringa os leva até a porta.

Fecho o computador e o escritório, Coringa vem até mim.

É hora de comemorar — ele diz, mas ainda estou preocupada, não tirei o que aconteceu hoje da cabeça — Babi, para de pensar tanto, vamo sair, tomar um ar.

— Alguém disse em sair? — Crusher desce as escadas.

Ninguém vai sair — Milena abre a porta do nada, parece estar bêbada, com uma garrafa de vodka em baixo dos braços — Eu trouxe a festa pra cá.

Entra um monte de gente pela sala e passam direto para a área dos fundos, Carol desce e fica atrás de Crusher, ele vê e se afasta dela.

Eu não sei o que eu faço mais — ela diz.

Quer saber? — enrolo os meus braços no pescoço de Coringa, quando todos já foram lá pra fora e só tem nois três na sala — Talvez a diversão me faça esquecer de tudo, e não me importar com nada que aconteceu hoje mais cedo.

— Que legal, agora meu namorado e minha melhor amiga são cornos, que coincidência — Carol vai pra fora também, Coringa e eu rimos.

— Vamos? — Ele pergunta e estende a mão, ninguém ligaria que estamos de mãos dadas, pego em sua mão e que comece a festa.

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𝐓𝐡𝐞 𝐔𝐧𝐢𝐯𝐞𝐫𝐬𝐢𝐭𝐲Onde histórias criam vida. Descubra agora