24| Nascer do sol

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Coloco uma calça moletom e uma blusa fina, mas com uma blusa de frio por cima, espero dar 22:30 e pego o carro do Crusher, que ele esqueceu a chave e saio, estou levando apenas meu celular, não sei o que vai acontecer.

Quando chego, carro do Coringa já está na entrada, mas ele deixou longe do local onde ele vai, estaciono perto e vou andando. Quando chego lá em cima, tem um pano de piquenique, ele está sentado, tem uma cesta de piquenique, e uma fogueira.

Você veio — ele diz, sentado no pano.

Eu imaginei que você não viria — sento ao lado dele.

Preparei isso antes, caso Gabriel ganhasse seu coração ontem, eu te trazia aqui hoje e te deixava em dúvida de quem escolher — ele diz enquanto abre a cesta e pega um champanhe, depois coloca em duas taças.

Acho que já sabe quem eu escolheria — ele claro.

Acho que não, se não me escolheu antes, não me escolheria depois — Ele me entrega a taça e fica olhando pra mim — Eu nunca teria chance, né? — fico em silêncio, ele entende tudo — Quem cala consente.

— Você sempre teve chance, eu que fui uma idiota de sempre pensar no melhor pra mim, e ignorar os meus sentimentos — Digo.

Ele chega mais perto de mim, levanta a taça.

Mas agora eu estou aqui — ele diz e damos um brinde — Isso significa que...

Eu não aguento mais, ele já tá aqui, não vou embora sem nada, tiro a taça a mão dele e a minha, coloco de lado e agora estou colada a ele.

Que você conseguiu — e então beijo Victor Augusto, o mesmo que eu sempre desejei desde o primeiro dia que vi, tanto como adversário, quanto o garoto mais legal que eu já conheci na minha vida.

Enquanto beijamos eu vou descendo e me deito, ele fica em cima de mim, para e sorri.

O que foi? — Pergunto.

Agora esse é o nosso cantinho — ele diz e olha ao redor, eu sorrio também.

Só cala a boca e me beija — brinco, não vai ser sempre que vamos ter esse tempinho.

É... acho que descobri o outro lado de Bárbara Passos — a gente ri.

Passamos a madrugada ali, tava incrível, ele jurava que queria ver o nascer do sol comigo, mas bastou ficarmos olhando para as estrelas que dormi, em seus braços.


Amanheceu, hoje é sábado, mas mesmo assim temos que sair daqui. Ele levanta primeiro.

Perdeu o nascer do sol — ele diz quando me vê acordada.

Que horas são? — pergunto.

06:00 e o Crusher já ligou desesperado que não vê seu carro na garagem — ele responde.

Eu não avisei pra ele — digo — Nós temos que ir.

— Mas tá tão bom aqui — ele insiste para ficar.

Minhas costas estão doendo e tem mais nada pra fazermos — vou até ele.

Vire-se — ele manda, já sei o que vai fazer — Relaxa .

Ele faz aquele mesma massagem gostosa, dormir no chão foi horrível, mas como estava abraçada a Coringa, foi menos ruim.

Ele coloca o meu cabelo de lado e passa a mão por todo o meu pescoço.

Vai ter que esconder isso aqui — ele passa a mão em cima de um chupão.

Ninguém saberá que foi você — eu digo.

Só nós dois já tá ótimo — ele diz e começa a dar beijinhos no meu pescoço, eu queria ficar mais, mas temos que voltar pra casa.

E como é que a gente fica? — Me viro pra ele.

Como você disse... não posso dizer que estou com você, perderemos a chance da bolsa — ele diz.

Mas você tá comigo — coloco a mão em seu pescoço — Não tá?

— Sempre estive.

— Então é isso que importa, a gente dá um jeito — falo e vou em direção ao carro — Agora é melhor eu ir, por causa do Crusher, e a Carol.

Pego o carro e vou direto pra casa, quando chego, Carol está dormindo no meu quarto, passo no quarto de Crusher e abro a porta mesmo sem ele autorizar, deixo a chave na escrivaninha e vou para o meu quarto.

Babi? — Carol acorda comigo abrindo a porta.

Oiii, bom dia — falo feliz — Vamo acordar?

— São 07:00 da manhã, nem a pau — ela olha para o relógio.

Vamo tomar café juntas, conversar — arrasto ela da cama.

Tá mas só porque preciso desabafar.

Vamos para o banheiro, enquanto eu tomo banho, ela escova os dentes e troca de roupa. Descemos e vamos caminhando até a cafeteria na rua da faculdade.

Quer dizer algo sobre aquela foto? — Pergunto.

Babi eu tava doidona, não lembro do beijo, foi insignificante — ela diz — Além do mais tô chatiada que você nem falou comigo ontem.

— Como assim?

— Dormi agarrada com você...

— Eu não estava em casa, Carol — falo.

Ah que legal, eu desabafei com um travesseiro — nós duas começamos a rir — Mas onde você estava então?

— Com o Coringa, mas não foge do assunto — digo.

Você que tá fugindo, e eu já disse... me arrependi, mas ele só me ignora — Carol responde.

Término meu café.

Dormiu com o Coringa? — Não sei se conto pra ela, mas é minha melhor amiga, tenho que fazer isso.

No caminho eu te conto — Me levanto e pago o café, vamos até a porta.

Ontem a gente se encontrou e finalmente pude dizer tudo que sinto a ele — falo a ela enquanto estamos lá fora.

Aeeee agora estamos todos em casal.

— Mas ainda não assumimos, e nem vamos...

Carol olha para o outro lado da rua e vê o carro de Coringa.

Vem aqui — Carol me puxa para atrás de um carro — É o carro dele, e ele tá conversando com alguém.

Olhamos escondidas, até tirarmos conclusões.

É a Fernanda né? — Carol pergunta.

É — Me desanimo.

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𝐓𝐡𝐞 𝐔𝐧𝐢𝐯𝐞𝐫𝐬𝐢𝐭𝐲Onde histórias criam vida. Descubra agora