19| Apenas uma massagem

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Mais uma semana começa, sou a primeira a acordar da casa, espero.
Infelizmente só tem um banheiro no primeiro andar, onde fica o meu quarto, o do Coringa e do Crusher com a Carol, escuto ninguém lá dentro.
Preparo a minha roupa, uma calça jeans e uma blusa de frio, quando abro a porta do banheiro dou de cara com o Coringa, pelado no chuveiro, mas o box embaçado escondia tudo.

Foi mal — fecho a porta o mais rápido possível.

Já to saindo — ele grita. Minha cara vai no chão de tanta vergonha.

Escuto o chuveiro desligando.

Vai demorar muito? — Pergunto atrás da porta.

Não... mas se você quiser pode entrar aqui e demorar comigo — ele diz, viro os olhos.

Coringa rápido, tenho que falar com a Carla hoje — digo.

Precisa de ajuda pra tomar banho? — Ele brinca quando abre a porta, só de toalha.

Engraçadinho — Puxo ele pra fora e entro no banheiro, tranco a porta por precaução.

Tomo meu banho tranquila, entro no quarto e me arrumo.

Bom dia — Carol entra no quarto com a cara toda amassada.

Vai se atrasar — falo.

Eu vou de carro com o Crusher — ela troca de roupa e eu saio.

Depois que ela começou a namorar o Crusher, sinto que nossa relação como melhor amiga mudou, mas não posso dizer isso, ela tá muito feliz, e minha infelicidade significa nada. 

As aulas foram tranquilas, deu tempo de conversar com a Carla e arrumar um bom tempo de almoço, chego na casa para o meu primeiro dia.

Bárbara — Coringa me chama quando passo na frente do escritório e ele está no computador.

Oi — vou até ele, achando estranho ele ter me chamado tão seco assim.

Já assinou o contrato? — Ele pergunta.

Meu Deus eu esqueci — abro minha bolsa e pego a pasta que está o contrato, leio as cláusulas rapidamente de novo — Eu já vou assinar... tem uma cláusula muito engraça aqui.

— Qual?

— Sem relações amorosas, sexuais, de afeto durante o trabalho — rio de nervoso, Coringa fecha a cara, assino e entrego para ele.

Agora pode começar quando quiser — ele diz, saio da sala mas ele me chama novamente.

"Bárbara"

Volto, ele se levanta da cadeira e apoia as mãos na mesa.

Vou começar a trancar a porta — ele diz em relação a hoje de manhã.

Acho bom mesmo — sorrio e saio mas antes escuto ele dizendo:

Ou não.

Sorrio, o jeito que ele brinca comigo é tão bom, mas não posso misturar as coisas.
Vou para outra sala, meu trabalho é desenvolver um novo jogo, passo a tarde inteira trabalhando nisso, quando vejo já tá de noite.

Seu ifood chegou — Coringa surge na minha porta e encosta nela — Quer que eu pegue para você?

— Por favor — nem tiro os olhos do computador.

Alguns minutos depois ele volta com um sanduíche que eu pedi, dá a volta na mesa, coloca na minha frente e fica olhando o que eu faço.

Acho melhor fazer uma pausa — ele sugere e pega no meu ombro, com as duas mão começa a massagear, tudo que eu mais queria.

Já tenho um monte de nome na mente — Falo enquanto como o sanduíche — Mas o meu preferido é "free fire".

— Muito bom — ele diz, suas mãos são pesadas, grossas, isso me faz relaxar intensamente, fecho os olhos o só curto a massagem.

Tava precisando — digo.

Ele abre mais a massagem, passando para o meus braços, acima do peito, no pescoço e me faz arrepiar, quando vejo ele começa a beijar o meu pescoço, isso tá tão bom, tenho meus princípios mas foda-se.

Gente? — Escuto uma voz na porta, é a Mih. Tiro a mãos de Coringa de mim, mas no meu pescoço ainda tem uma marcas — Eu sei que isso é errado porque li o contrato então... vou fingir que nada aconteceu.

Nada aconteceu mesmo — junto as minhas coisas e pego meu sanduíche, vou pro quarto deixando os dois sozinhos. Mas consigo escutar tudo mesmo com a porta fechada.

Ela é difícil — Mih diz para Coringa.

E de tantas foi ela que eu escolhi — Coringa diz.

Oi??? Isso tava realmente acontecendo?? Acho que Victor Augusto tá apaixonado por mim mas eu não sei o que eu faço, ele é perfeito de mais pra mim e também ainda não sei se é recíproco, tô muito confusa ainda.

Depois de comer, me deito e vou ler um livro para descansar, meia hora depois Carol entra no quarto.

Milena me contou — ela senta na cama, perto de mim.

Caralho ela virou sua melhor amiga agora? — Digo indignada que a Milena contou.

Ih qual foi Babi? — ela ri.

Desde que você começou a namorar com o Crusher, esqueceu de mim, não faz mais nada comigo, senta com ele nas aulas, no refeitório, e dá "rolês" de casal com o Mob e a Milena — tá, talvez eu tenha surtado — Você tá diferente, Carol.

— Eu dou sim atenção pra você, para os dois, você tá exagerando e sendo tóxica — ela diz.

Tóxica? — é sério isso???

Pelo menos eu assumo meus sentimentos para o Crusher e não tenho medo de me apaixonar — ela diz.

Tudo bem, mas quem tava lá para sempre te apoiar, quem te trouxe aqui foi eu, esqueceu?

— E daí Babi? Não posso ter outras relações? Não quero ser tão fechada quanto você — nós duas já estávamos brigando, eu não queria que fosse assim mas eu tenho que ganhar nos argumentos.

Pelo menos eu não dou a buceta pra qualquer um — Carol fica calada, sinto que machuquei ela, tento chegar perto mas ela sai e bate a porta.

Talvez o que eu tenha falado foi errado, mas era verdade, e não posso me concentrar na nossa amizade, tenho muito trabalho, mas não consigo tirar da cabeça o que ela disse em relação aos meus sentimentos, eu sou realmente muito fechada, mas não vejo problema nisso, tenho que me concentrar no meu futuro, não nos outros.

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Tô começando a tomar raiva da minha própria personagem kkkkkkk

𝐓𝐡𝐞 𝐔𝐧𝐢𝐯𝐞𝐫𝐬𝐢𝐭𝐲Onde histórias criam vida. Descubra agora