Two Fingers

Capitulo Dezenove

(n/a: oi, gente! Só queria mesmo desejar um feliz 2015, e que nesse novo ano todos os sonhos de vocês se realizem. Muito obrigada por todo o apoio e por todos os comentários em Two Fingers. Que tenhamos muitos Larry Moments! hahah Qualquer coisa, meu twitter é @remuslupnx, podem falar comigo a vontade. Grande beijo! x)

Harry's POV

- Você precisa se acalmar, caso contrário vai fazer uma cratera nessa sala, Styles – Gemma reclamou, revirando os olhos, mas no fundo tão preocupada quanto eu.

Hoje sairia o resultado dos exames de Louis e, finalmente, saberíamos se ele estava ou não livre do câncer. Minhas mãos suavam loucamente, enquanto eu corria pela cozinha afim de preparar algo rápido para comer. Minha irmã estava sentada na bancada me observando com seus grandes olhos verdes e uma marca de preocupação ocasionalmente aparecia em sua testa, formando um grande vinco. Eu já estava arrumado, porém procurava motivos para demorar mais um pouco em casa: admito que agir de forma controlada na frente dos pais de Louis seria difícil, tendo em vista que, nos últimos dias, nossa relação estava cada vez mais forte. Apesar de querermos ir mais devagar, era difícil controlar nossos sentimentos e impulsos. Por vezes não conseguíamos disfarçar durante as ligações, o que estava gerando um certo problema para Louis em casa, mesmo com todo o apoio de Lottie.

Ela e Gemma, por sinal, estavam muito próximas: mesmo sendo alguns anos mais velha, Gemma tratava Lottie de igual para igual e a conversa entre as duas não parava nunca, a ponto de começarem a trocar experiências amorosas e conselhos sobre garotos, o que causava em mim e Louis muitas risadas, embora ocasionalmente ele ficasse com ciúmes da irmã. Gemma iria voltar para Londres assim que o resultado saísse e iria para o hospital comigo encontrar Lottie. Ter a presença de minha irmã costumava me deixar mais relaxado, mas o seu olhar preocupado estava me deixando irritado.

- Vamos? – perguntei, respirando fundo e fechando os olhos por alguns segundos – Acho que vou explodir a qualquer momento, Gem – confessei, passando as mãos pelo meu cabelo de forma desesperada – E se o Louis não estiver melhor?

- Você vai permanecer ao lado dele, como vem fazendo desde o início. Mamãe também teve esse mesmo problema, lembra? – minha irmã disse, me dando um longo abraço e encostando seu rosto em meu peito – Vocês não estão a sós nessa, Hazz.

- Obrigado – falei baixinho e funguei, tentando espantar qualquer lágrima que viesse a surgir – Vai dirigindo, por favor?

- Claro, me dá as chaves – Gemma respondeu e eu estendi o molho de chaves para ela. Saímos de casa e fomos em direção ao carro.

O caminho foi como um borrão em minha mente. Gem tentou puxar conversa algumas vezes, mas ao perceber meu olhar perdido, desistiu. O rádio estava desligado e o único som que se ouvia era o barulho do carro em contato com a estrada e as nossas respirações pesadas. Quando chegamos ao estacionamento do hospital, senti meu coração despencar uns dez centímetros e minhas mãos tremeram. Era tão injusto que Louis tivesse que passar por aquela situação!

Estacionamos o carro rapidamente já que, por milagre do destino, o local estava vazio àquela hora e fomos quase correndo em direção ao elevador. Os segundos pareciam virar horas e cada passo nosso parecia mais lento que o normal. Após o que pareceram séculos, chegamos ao meu consultório, onde Amber já me esperava.

- Bom dia, Dr. Styles – saudou, me olhando por cima dos óculos de aro redondo – O resultado dos exames do Sr. Tomlinson já estão em cima de sua mesa – avisou e eu olhei aflito para Gemma, agradecendo baixinho para Amber e correndo para dentro de minha sala.

Em cima de minha mesa estava um envelope branco, com o logo do hospital, de tamanho médio e forma retangular. Senti uma gota solitária de suor escorrer por minhas costas e ir em direção a barra de minha cueca. A sala estava com o ar pesado e Gemma olhava ansiosa para mim.