All the love, H. |h.s|

parte quarenta e três

Vocês pediram tanto para que eu não sumisse que me senti na obrigação de postar esse capítulo o mais rápido possível. Muitíssimo obrigada por tantas palavras de carinho, elas sempre me deixam animadas e me dão inspiração para continuar escrevendo -mas, eu já disse isso um milhão de vezes kkkk.

Espero que gostem desse capítulo feito com tanto amor para vocês. Obrigada por darem vida à minha história; sem leitores, minhas palavras não passariam de registros em uma pasta no meu computador, quase criando poeira e cheia de aranhas fazendo teia. Vocês são incríveis!

Não se esqueçam de clicar na estrelinha -se vocês acharem que meus parágrafos a merecem- e comentar bastante. All the Love, L.

Harry não via a hora de seu motorista finalmente deixá-lo na porta de casa. Não via a hora de finalmente sentar e conversar com Lola. Ele tinha errado, e como sempre tinha medo de conversar, de deixar as coisas claras porque tinha medo de perdê-la. Em todos os seus relacionamentos foi assim, sentia um aperto no peito, uma angústia que não passava, todas as vezes que pensava em ficar sozinho de novo, porque Harry nunca foi bom em ficar sozinho, nunca havia aprendido a ficar sozinho.

E aí ele errou. Batava errar feio uma vez pra querer se fechar, era um paradoxo que nem ele entendia. Tinha medo de se apegar, mas sempre se apegava. Tinha medo de deixar ir, mas sempre deixava. Por que ele tinha medo de sentir tanto amor ele não entendia, mas sabia que tinha alguma coisa a ver com um pai distante, uma mãe que fazia papel de tudo, uma irmã super protetora, e um pai-drasto falecido.

Assim que abriu a porta de casa, sorriu ao ver as orelinhas douradas de Barney correndo em sua direção. E então gritou, meio que no modo automático:

-Amor, cheguei.

Amor. Ele sentia tanto amor por aquela mulher que chegava a ser ridículo, chegava a doer. E não só amor, sentia tantas coisas, tantas coisas boas e algumas ruins. Lola era viva, era um ser humano qualquer com defeitos e qualidades.

Ele a amava tanto que os defeitos eram meras notas de rodapé.

Mas, naquela noite, ninguém respondeu.

"Por que eu sou assim..."

"Tão burro"

Deixou as malas no hall e foi até o quarto, imaginando que ela estava por lá, no banho ou até dormindo. Eram onze horas da noite de uma terça-feira parcialmente fria em Londres.

Estava sentindo algo estranho. Como se aquela casa estivesse mais vazia do que o normal. Achou ainda mais estranho quando entrou no quarto e não viu a caminha de Alice no canto direito da porta. Barney o acompanhava enquanto ele observava aquele quarto que parecia com qualquer outro, menos com o dele. Um cheiro diferente. Um arrumado diferente. Um tudo diferente.

-Lola? -Ele perguntou, espiando o banheiro.

Decidiu checar o celular. Nada.

-Cadê sua mãe, Barney? -Ele perguntou, fazendo um carinho nas orelhas do cachorro e foi até o closet trocar de roupa. Foi então que entendeu o vazio que estava sentindo. Onde antes ficavam as roupas de Lola, agora tinha um espaço. Ela havia ido embora.

O coração de Harry batia tão forte, quase como quando recebia ligações importantes sobre notícias ruins. Quando as coisas mudavam ele sentia medo, o novo lhe dava medo, simplesmente por não saber o próximo passo, a próxima curva. Barney começou a latir quando ele se jogou na cama. Não sabia o que fazer, nem por onde começar.

E era tudo culpa dele. Sempre era. O denominador comum de todos os seus relacionamentos fracassados era ele. Sempre era ele.

Pensou em ligar para ela. Mas, respirou fundo. Lola não atenderia. Ele a conhecia, apesar de tudo. Sabia como ela reagiria, o que falaria, o que não falaria. Ele conhecia todos os seus traços, todos os seus mais pequenos detalhes. Deveria saber o que fazer agora. Mas, aquilo era novo, novo demais para entender. Para onde ela tinha ido? Por que ela tinha ido? Quando ela tinha ido?