Capítulo 5

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Capítulo Cinco

2 dias depois...

Eu estava sentado numa cadeira na Bellagio Conservatory & Botanical Garden. Aparentemente Aisha era fã de plantas e flores e esse é um dos seus locais favoritos em Las Vegas.

Ela estava agora passeando pelas flores com um olhar apaixonado no rosto. Ela mal podia de conter de passar os dedos pelas pétalas. Eu jamais admitiria isso em voz alta, mas ali no meio das flores ela nunca pareceu mais bonita.

Essa programação era muito mais confortável do que as dos últimos dois dias. Para onde Aisha ia, acontecia alguma orgia, ou sexo em público, ou brigas causadas por ciúmes, e outras coisas. Algo do qual ela se divertia muito causando. Claro que as vezes ela intervia quanto algo ficava "demais". A personificação da luxuria não gostava de muitas coisas, e como uma filha de Lúcifer, ela não tinha medo de punir aqueles que extrapolavam a linha do correto. Isso me fez gostar dela um pouco mais, eu tinha que admitir.

As vezes queria ter a liberdade que os filhos de Lúcifer, eu sei que eu mesmo adoraria pegar alguns mortais e puni-los eu mesmo, mas infelizmente, eu não podia. Não cabia a mim interferir, se eles fizessem algo errado, eles seriam punidos por Lúcifer.

Aisha olhou para mim e sorriu, um sorriso sensual como tudo nela. Ela não sabia agir de outra forma. Eu suspirei, sentindo os arrepios na minha nuca que haviam se tornado constantes desde que comecei a prestar mais atenção nela.

Ela veio até mim saltitando feliz e então se jogou no meu colo. Coisa que ela vinha fazendo desde o primeiro dia, automaticamente minha mão segurou seu corpo, e ela riu, passando os braços em volta do meu pescoço. Seus olhos eram totalmente dourado devido a sua constante alimentação. Hoje seus cabelos estavam rosa. Ela estava assim hoje quando fui buscá-la.

— Então, eu estava pensando que eu estou muito tentada a passar um tempo só com você, e acho que vamos ir acampar com vista para o Grand Canyon. Eu e você juntos por 4 dias. Não vai ser divertido e romântico?

— Deve ser – eu falei simplesmente enquanto me levantava e a colocava em pé. Ela me soltou e sorriu para mim, e pegou minha mão — Vamos Azrael, temos uma acampamento para planejar.

— O que você quer?

— Bom, primeiro precisamos de um carro.

— Mas você já tem um carro. – Sim, Aisha todo dia trocava por um carro que se adequasse ao seu humor, todo dia ela aparecia com algum carro de luxo. Hoje ela estava andando com um caríssimo BMW Vision Next 100. Ela passou em torno de todo o caminho do cassino até aqui me explicando o quanto o carro era incrível.

— Azrael, bobinho, a gente não pode ir com essa BMW até o Grand Canyon. Não é o tipo de carro para esse tipo de estrada. Nós precisamos de um Jeep.

Eu suspirei e acenei para ela. Eu não tinha o que fazer, para onde ela ia, eu tinha que ir. Pelo menos eu não podia dizer que ela era entediante, porque não era.

Saímos do Jardim e não foi difícil achar o carro de Aisha, tinha um monte de gente envolta encarando, e os seguranças olhando. Ela sorriu para isso, ela adorava essa atenção. Quando viram ela se aproximando do carro, deram espaço, afinal, ela vestia sua melhor ilusão. Eu fui para o banco do carona e a porta do carro automaticamente se abriu e todos ficaram olhando para ela e para o carro impressionados.

Assim que entramos ela ativou o GPS e o carro começou a se mover, as pessoas deram espaço para o carro e ele saiu andando. Ela suspirou animada.

Eu olhei para o caminho, minha cabeça encostada no banco e suspirei.

— Você parece tenso – ela disse olhando para mim e então suas mãos vieram para minha coxa, muito alto para meu gosto. E eu coloquei a mão na sua.

— Pare com isso, Aisha.

— Mas eu posso te ajudar com sua tensão – ela sorriu — eu aposto que você iria gostar, você não tem curiosidade?

— Não – eu falei.

— Mentira – ela riu — eu aposto que você tem curiosidade, mas não se permite pensar sobre. – Ela riu — Azrael a luxuria é muito natural, o desejo, o sexo, amor. São coisas muito naturais, eu não me vejo como um pecado. Na verdade, nenhum de nós somos pecadores, você sabe, eu e meus irmãos. Eles nos chamam assim, e nos colocaram assim. Somos só a personificação dos seus desejos, dos seus sentimentos. Não é possível que você nunca ficou cheio de raiva a ponto de querer fazer algo ruim, eu vi você quando meu poder afetou um pedófilo, você só se controlou por que você é muito bom nisso e foi treinado por milênios a perfeição. O desejo de impulsionar e chegar ao título de Arcanjo, aposto que teve um pouco de inveja de seus irmãos envolvidos que lhe motivou. Eu aposto que em algum momento você manifestou cada um dos "pecados capitais" e nunca nem mesmo percebeu e ninguém levou isso em conta, porque não são movimentos constantes seus, mas eles são parte de todos nós. Não seja hipócrita.

Ela se afastou, soltando minha perna e me deixando com meus pensamentos. Eu não falei nada depois de sua explosão. Eu não tinha o que falar, e meu medo era pensar se ela não estava realmente certa. 

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